CONCEITOS

Há milhares de anos, Satanás entrou no belo jardim de Deus, na forma de uma serpente, e pegou Adão e Eva em sua armadilha. 

 

Desde aquele dia até agora, Satanás tem sido o principal inimigo do homem. 

 

Até mesmo nestes dias, o diabo anda rugindo como um leão que nos quer devorar (1 Pedro 5:8). 

 

Ele emprega muitos métodos. Usando vários disfarces, ele tenta, seduz e engana (2 Coríntios 11:14-15; 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Coríntios 7:5). 

 

Ele também aflige, persegue e ataca (2 Coríntios 12:7; Apocalipse 2:10; 1 Tessalonicenses 2:18). 

 

Ele usa aliados tais como principados e poderes, e o próprio mundo (Efésios 2:1-2; 6:11-12; 1 João 5:19). 

 

Muitos dos que enfrentam esta batalha espiritual poderiam prontamente fazer eco à exclamação de Paulo: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24).

A Vitória de Cristo sobre Satanás

No próprio jardim onde o homem primeiramente sucumbiu à armadilha do diabo, Deus prometeu um libertador. 

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15). 

É muito incomum ver na Bíblia uma referência ao descendente de uma mulher. 

Quase sempre a linhagem foi contada através do pai. 

Em toda a história humana depois de Adão, só houve um que não teve um pai humano: Jesus Cristo. 

E assim este texto fala do conflito entre Jesus e Satanás. 

Mantendo a imagem da serpente, o texto fala de Jesus pisando nele, por assim dizer. 

Fazendo isto, ele teria seu calcanhar ferido (um dano relativamente pequeno), mas também esmagaria a cabeça do tentador (um ferimento mortal). 

Através do Velho Testamento, a humanidade permaneceu amarrada por Satanás, aguardando o cumprimento desta promessa gloriosa.

Finalmente nasceu o Salvador. 

Ele passou alguns anos “curando a todos os oprimidos do diabo” (Atos 10:38). 

Olhe especialmente para os exemplos em que Jesus expulsou demônios (note Marcos 1:23-28; 5:1-20; 9:14-29; Mateus 9:32-37; 12:22; Lucas 13:10- 17). 

É notável que Jesus subjugou os demônios com autoridade. 

Ele não gritou, não lutou, não usou nenhum encantamento ou instrumento mágico. 

Ele simplesmente disse uma palavra, e os demônios saíram. 

Jesus ligou sua expulsão de demônios a seu trabalho maior de esmagar Satanás. 

“Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa” (Mateus 12:28-29). 

Jesus veio ao mundo para roubar do diabo as almas que tinham estado sob seu domínio. 

Mas primeiro ele teve que amarrar Satanás, o que ele estava fazendo ao expulsar demônios. 

Então o cenário estaria preparado para que ele tomasse o domínio do diabo, o domínio que este exercia sobre os homens.

Em repetidas ocasiões, especialmente próximo do fim do seu ministério, Jesus indicava que a crise estava se aproximando. 

“Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago” (Lucas 10:18). 

“Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (João 12:31). 

“Do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado” (João 16:11, veja também 14:30).

Textos incontáveis, escritos depois da ressurreição de Cristo, mostram-no como o vencedor que derrotou a Satanás.

Jesus afirmou: 

“Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28:18). 

“O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as cousas debaixo dos pés . . .” (Efésios 1:20-22). 

“. . . Por meio da ressurreição de Jesus Cristo; o qual, depois de ir para o céu, está a destra de Deus, ficando-lhe subordinados os anjos, e potestades, e poderes” (1 Pedro 3:21-22). 

“E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (1 João 3:8). 

Apocalipse apresenta esta grande vitória de Jesus sobre o diabo em forma simbólica (capítulo 12). 

Nosso Senhor Jesus Cristo derrotou totalmente o antigo inimigo do homem. O Senhor seja louvado!

Nossa Libertação

Nossa própria vitória sobre Satanás está intimamente ligada com o triunfo de Cristo. 

“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14:15). 

Jesus veio para destruir o diabo e libertar seus súditos. 

Depois de descrever sua batalha sem sucesso contra a lei do pecado e da morte em Romanos 7, Paulo mostrou que, em Cristo, somos libertados da escravidão (Romanos 7:25; 8:1-4). 

Cristo é nosso meio de vitória nesta luta aparentemente sem esperança: 

“Em todas estas cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37). 

Ele continuou citando principados e poderes como duas forças que não podem separar-nos do amor de Deus em Cristo (Romanos 8:38-39). 

“E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco” (Romanos 16:20). 

Gálatas 4 e Colossenses 2 também mostram como Cristo nos liberta do domínio do diabo.

Isto não significa, obviamente, que derrotamos o diabo em Cristo, sem esforço. 

Lutamos contra “principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6:12). 

Mas apesar da ferocidade do oponente, o Senhor dá a força do seu poder, com a qual podemos resistir firmemente ao diabo. 

Ele também nos diz exatamente que armadura usar na batalha: 

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo- vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica . . .” (Efésios 6:13-18). 

Note, por favor, que a armadura é especificada. 

Freqüentemente, nestes dias, as pessoas tentam travar batalhas espirituais contra o diabo e seus servos com outros instrumentos, que a palavra de Deus nunca menciona. 

Neste texto, é a própria Escritura que recebe a principal atenção: “a verdade”, “o Evangelho”, “a palavra de Deus”.

Conceitos Errados Sobre a Libertação

Algumas pessoas põem demasiada ênfase no poder de Satanás. 

Nos seus cultos eles dão mais atenção aos demônios do que ao próprio Cristo. 

Deste modo, eles minimizam a responsabilidade humana e oferecem desculpas para o pecado. 

O diabo não pode ser culpado pelo pecado. 

Ele de fato tenta, mas o pecado ocorre quando nos permitimos ser seduzidos pelos nossos próprios desejos (Tiago 1:14-15). 

Somos capazes de resistir ao diabo e, se o fizermos, ele fugirá (Tiago 4:7). 

Deus não permitirá que sejamos tentados acima de nossas forças para resistir; para cada tentação há uma maneira de escapar que é dada pelo Senhor (1 Coríntios 10:13). 

É um erro sério dedicar mais atenção ao diabo do que ao Senhor. 

É errado pensar que, em certos casos, somos impotentes para resistir a algum tipo de força superior que o diabo emprega. 

Eu sou responsável por minhas ações, e quando eu peco não tenho ninguém a quem culpar senão a mim mesmo.

Outro ponto de vista errado é que palavras mágicas ou objetos especiais são necessários para expelir o poder de Satanás da vida de uma pessoa. 

A feitiçaria nos dias do Novo Testamento se apoiava na repetição de palavras especiais para superar a influência do diabo, mas Jesus condenou esta idéia (Mateus 6:7). 

A repetição até mesmo do nome de Jesus, de modo supersticioso, virou contra aqueles que o tentaram (Atos 19:13-16). 

É o poder de Cristo, não a mágica de alguma frase ou objeto que supera Satanás.

Também não podemos superar o diabo através da obediência a regras e leis humanas. 

Este foi, basicamente, o problema sobre o qual Paulo escreveu em Colossenses 2. 

Ele falou de regras que os homens inventam para tentarem ser mais espirituais, e disse que elas não dão certo. 

Através dos séculos, homens têm tentado repelir o diabo através de ascetismo. 

Jejum, auto-flagelação, e a negação de prazeres lícitos são frequentemente vistos como maneiras de superar o diabo. 

Mas o argumento de Paulo em Colossenses 2 é que Cristo e seus mandamentos são tudo o que necessitamos para superar “todo principado e potestade”(Colossenses 2:10, veja 16-23).

Finalmente, o diabo não é superado por espetáculos teatrais. 

Confrontos verbais com o diabo e gritaria não têm base na Bíblia. 

Cristo e os apóstolos tinham poder especial para ordenar aos demônios que saíssem das pessoas, mas ordenavam calma e deliberadamente. 

As Escrituras que Jesus e seus discípulos nos deixaram nos ensinam a usufruir de seu poder em nossas vidas pela submissão a ele e pelo uso da armadura que ele nos deu.

 

Jesus venceu Satanás. Em Cristo, nós também podemos vencer.

 

João 8:31-21 Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

João 8:36 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. […] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. 

Gálatas 5:1 Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. 

Quando Jesus fala sobre liberdade, é sempre em um sentido de sermos livres para vivermos a vontade de Deus para a nossa vida. 

Quando compreendemos isso, vamos descobrir que aquilo que mais nos aprisiona e limita nossa liberdade é o pecado.

Libertação

Ao traduzir para o português e apresentar a expressão “tira o pecado”, os responsáveis pela mensagem tinham a intensão de trazer o peso da verdade que literalmente Ele levou o pecado de todos sobre si e nessa condição se fez pecador maldito aos olhos do Pai em nosso lugar. 

Jesus experimentou todos os sofrimentos sentenciados ao mundo, desde a dor física à ira de Deus contra o pecado. 

Jesus, na cruz no calvário, por exemplo, sentiu toda a opressão e provou das enfermidades para que o mundo fosse livre e curado. 

Portanto, é possível afirmar sem medo que a libertação e a cura verdadeira só está em Jesus, apenas Nele é possível experimentar essa graça que troca a condenação pela salvação (Efésios 2.8).

O mundo jaz no maligno (1ª João 1.19), ou seja, está sob influência das trevas porque o homem decidiu por si mesmo abandonar os princípios de Deus para seguir os princípios do seu próprio coração influenciado. 

Jesus veio ao mundo para mostrar O caminho inverso dessa realidade e a mensagem do evangelho está acessível a todo que ouvir e crer.

Onde Jesus não está, o caos está reinando, não existe meio termo, sendo assim uma nova vida é possível em Jesus, bem como a libertação do jugo da escravidão do pecado.

Libertação “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”

Jesus é a verdade e Ele veio para mostrar a verdade para o coração humano

João 14.6 Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. 

Nele somos reconciliados e temos paz com Deus (Romanos 5.1, 10-11).

Em Jesus há libertação e essa libertação vem de uma mudança de mente e postura que passa por conhecê-lo, pois 

João 8.32  conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

Quem está em trevas não reconhece que em trevas está, pois se acostuma com esse estado de coisas e acha que a prática do pecado é normal. 

Esse quadro muda exatamente no momento em que a luz invade essa escuridão para mostrar um novo caminho.

Permanecer em pecado é permanecer na prática de tudo aquilo que a Palavra de Deus reprova e quem permanece na prática, na verdade não está vivendo em plena liberdade, pelo contrário, está escravizado por uma junção de coisas 

João 8.34 Jesus explicou-lhes: Em verdade, em verdade vos asseguro: todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado.

Ele veio para nos libertar do poder do pecado e nos conduzir a uma vida de santidade. 

Libertação Espiritual

Agora é possível que tenhamos no processo de restauração da vida de uma pessoa que lidar com questões espirituais delicadas e que merecem nossa atenção e destaque.

É possível que uma pessoa esteja com demônios em seu corpo, a Bíblia oferece vários exemplos, aqui destacamos um:

Leia: Marcos 5.1-20

Há poder no nome de Jesus e todo o inferno lhe obedece quando uma ordem vem da sua parte/em seu nome. 

Nesse caso, esse homem não tinha apenas um demônio em seu corpo, mas vários, contudo foi liberto por Jesus.

É possível afirmar que todos os que não estão em Jesus, estão sob influência do mal e podem alojar em si demônios?

Entendam essa colocação: podem! Contudo não estamos afirmando que todos estão possuídos, porém apenas o fato de não estar Nele, por mais boa que uma pessoa possa ser, já lhe coloca na condição de estar sob influência do mal, baseamos essas palavras nessa declaração bíblica:

Tiago 4.4 Adúlteros! Ou não estais cientes de que a amizade com o mundo é inimizade contra Deus? Ora, quem quer ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus.

Se não esta com Deus, teoricamente está contra Ele. A expressão “adúlteros” carrega o sentido de desleais e infiéis.

Libertação e Cura

Certa vez, Jesus deu as seguintes recomendações aos doze apóstolos: 

Mateus 9.5-8 Não vos encaminheis aos gentios, nem entreis em cidade alguma dos samaritanos. Antes, porém, buscai as ovelhas perdidas da casa de Israel. E, à medida que seguirdes, pregai esta mensagem: O Reino dos Céus está a vosso alcance! Curai os enfermos, purificai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios. Graciosamente recebestes, graciosamente dai.

As enfermidades existem como fruto do pecado lá no Éden, contudo não significa que todo o enfermo está precisando de libertação no âmbito espiritual ou que toda enfermidade é porque alguém está na prática do pecado, às vezes a enfermidade vem “naturalmente” do corpo corruptível que todos nós temos, de toda a sorte, nós cremos que Deus usa a medicina para abençoar, porém cremos que cura que vem do Alto também.

É verdade ainda que há pessoas que sofrem alguns tipos de enfermidades por estarem na prática do pecado, é possível ainda que alguns venham a óbito, pense no caso de Ananias e Safira já sob o tempo da graça, eles brincaram com Deus e de Deus não se zomba, e o que aconteceu com eles não foi castigo de Deus, mas consequências inevitáveis de seus errôneos atos carregados de malandragem achando que podiam enganar o Espírito Santo (Atos 5.1-11; Gálatas 6.7).

Há uma recomendação 

Tiago 5.14-16 Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da igreja, a fim de que estes orem sobre a pessoa enferma, ungindo-a com óleo em Nome do Senhor, e a oração, feita com fé, curará o doente, e o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, será perdoado. Portanto, confessar vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados. A súplica de uma pessoa justa é muito poderosa e eficaz.

A oração vem para a libertação e cura da enfermidade no corpo do ser humano. 

A Palavra ainda recomenda a confissão de pecados, se for o caso, para o perdão dos pecados, que promove a libertação da culpa e a maior das curas que é a salvação eterna.

Libertação no Nome de Jesus

No decorrer dos evangelhos vemos Jesus salvando, ressuscitando, curando e libertando.

Nele há nova vida e essa novidade não é passageira, mas permanente, é eterna. 

Você está longe Dele? Então se permita experimentar a verdadeira liberação que Nele existe. 

Estar com Ele não significa estar ausente de problemas, mas significa estar seguro e suprido independente da situação (Salmo 23), bem como experimentar o que só em Jesus é possível viver

Diferentes necessidades de libertação

Mateus 17:19-21 E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado. Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo? E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível. Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.

Prestem atenção neste episódio.

Os discípulos de Jesus foram incapazes de ministrar libertação àquele menino. 

Quando Jesus fez o que eles foram incapazes de fazer, veio o questionamento: “Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?”

A resposta de Jesus é que eles não souberam fazer o diagnóstico da situação. 

Aquela era uma casta diferente, um tipo de problema que eles ainda não tinham enfrentado.

Você pode administrar remédio para dor de cabeça em uma pessoa que está com azia? 

Claro que pode. Mas não espere que ela seja curada. 

Nós precisamos diagnosticar corretamente, para aplicarmos o tratamento adequado.

Os discípulos poderiam dar palavras de ordem durante horas contra aquele demônio, mas a criança apenas seria liberta por meio da oração e do jejum.

Parte fundamental do processo de libertação, é fazermos o diagnóstico correto, identificarmos a origem da prisão que impede que alguém viva uma vida de acordo com a vontade de Deus.

Tomemos, por exemplo, a depressão ou ansiedade. Elas podem ter origens muito diferentes.

Podem ter origem em uma enfermidade física. 

Muitas vezes, pessoas sofrem de ansiedade ou depresão por deficiências físicas na produção de hormônios ou absorção de vitaminas. 

Pessoas que enfrentam este tipo de enfermidade, podem ter muita dificuldade de viver a vontade de Deus para a vida delas.

Nesse caso, a libertação deve ser ministrada repreendendo a própria enfermidade, seguindo o exemplo de Jesus:

Lucas 4:39 Inclinando-se ele para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou; e logo se levantou, passando a servi-los. 

Entretanto, depressão e ansiedade, como outras enfermidades, podem ter sua origem em uma opressão espiritual. 

Frequentemente ouvimos de pessoas que, mesmo não sendo habitadas por espíritos malígnos, são influenciadas pelas trevas, e isso pode causar diferentes tipos de enfermidades e desordens que impedem uma pessoa de viver a vontade de Deus para a vida dela.

Nesse caso, a libertação deve ser ministrada repreendendo, não a enfermidade, mas o espírito causador da enfermidade, como fez Jesus:

Marcos 9:25 Vendo Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele. 

Mas a depressão, ansiedade, e muitas outras prisões que nos impedem de viver a vontade de Deus para a nossa vida podem ter uma outra origem que possivelmente seja a mais comum: a prática do pecado

Jesus disse: todo aquele que pratica o pecado, é escravo do pecado. 

Essa escravidão do pecado é um fator que tem mantido um número incontável de pessoas longe do que Deus imaginou para elas, e essa pessoa pode ser você, ou alguém muito próximo.

Qual o caminho para a libertação nesse caso? Conhecer a verdade.

Libertos pela verdade

Assim como o assunto da liberdade, esse assunto da verdade também pode ser muito amplo, mas Jesus nos oferece uma definição clara e objetiva sobre qual é a verdade que liberta:

João 17:17 Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. 

A Palavra de Deus é a verdade que liberta.

E de que forma ela pode nos libertar? Paulo explica:

2 Coríntios 10:4-5 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo. 

Quais são os atributos da Palavra de Deus que são usados para nos trazer libertação?

Ela é poderosa em Deus

Em Romanos aprendemos que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação, mas aqui aprendemos que ele também é o poder de Deus para libertação.

Ela destrói fortalezas. 

O que é uma fortaleza? É um tipo de construção que impede que aquilo que está dentro saia, e aquilo que está fora, entre. 

Em outras palavras: uma fortaleza na mente, impede que aconteça a renovação da mente.

 Mas glória a Deus porque a Palavra é poderosa para derrubar as fortalezas do medo, da insegurança, do orgulho e muitas outras prisões que temos na mente.

Ela anula sofismas. 

Sofisma é um tipo de mentira complexa, bem elaborada, que mantém as pessoas afastadas da verdade.

Todos que vêm do mundo para o Reino trazem junto muitos sofismas na mente que precisam ser anulados. 

A mentira de que não são amados, a mentira de que dependem da sorte para que as coisas funcionem, a mentira de que precisam fazer coisas para serem aceitos por Deus. 

Mas louvado seja o Senhor, porque a Sua Palavra anula todas as mentiras em nossa mente! Ela é a verdade que liberta! Nela encontramos a liberdade!

Ela anula toda a altivez. 

Altivo é alguém que vê as coisas do alto para baixo, inclusive a Palavra de Deus. 

Pessoas que gostam de um versículo, porque concordam com ele, e rejeitam outro versículo, porque discordam dele, são pessoas que se colocam acima da Palavra. 

Qual a consequência? 

Sofismas e fortalezas vão se firmar em suas mentes. 

Mas quando decidimos nos colocar abaixo da Palavra, ela anula nossa altivez e nos livra das mentiras e fortalezas!

Ela leva todo pensamento cativo à obediência de Cristo.

Hoje vivemos em um mundo de pensamentos acelerados. Não podemos nos dar o direito de parar. Tudo deve ser rápido e instantâneo. 

Se nos deixarmos levar pelo ritmo do mundo, dos aplicativos e das redes sociais, qual a consequência disso? 

Nossos pensamentos vão ficar desordenados.

Muitas pessoas hoje sofrem por hábitos causadas por pensamentos descontrolados: depressão, ansiedade, distúrbios de imagem, gula, sensualidade e muitos outros. 

Podemos e devemos orar por pessoas que passam por dificuldades como essas. 

Mas como ministrar a verdadeira libertação? 

Devemos ministrar mudança de mente através da Palavra.

A verdadeira mudança de hábito, só pode acontecer se for fruto de uma mudança de mente.

A igreja, com toda certeza, ainda é imperfeita, mas ela é o lugar onde você vai encontrar alguém que possa fazer um diagnóstico correto do seu problema e ministrar a libertação de forma adequada.

Por fim, lembre-se que a finalidade da libertação não é apenas sentir-se bem. 

Deus pode nos curar e trazer alívio, mas a libertação tem um objetivo: que você viva a vontade de Deus para a sua vida!

Que Deus nos leve a tal libertação!

A definição mais comumente aceita do “Especialista em libertação” geralmente se concentra na expulsão de demônios ou espíritos na tentativa de resolver problemas relacionados a demônios específicos. 

 

Por exemplo, um libertador pode procurar ajudar alguém a superar a raiva ao expulsar um espírito de raiva. 

 

Os especialistas em libertação também se concentram em derrubar fortalezas espirituais na vida de alguém, em encontrar a cura interior e reivindicar a vitória em Cristo sobre todos os inimigos. 

 

Muitos se referem aos vínculos da alma, maldições e aos “direitos legais” dos demônios. 

 

Biblicamente, demônios ou espíritos malignos são conhecidos como anjos caídos que se rebelaram no céu com Satanás (Apocalipse 12:4, 9, Isaías 14:12-20, Ezequiel 28:1-19).

 

Há certamente um bocado nas Escrituras sobre Satanás e sua horda de demônios.

 

Pouco é dito sobre a libertação de estar sob o seu domínio, e nada dito sobre a libertação como uma “especialização”. 

 

Os ofícios da igreja são encontrados em Efésios 4:11. Primeiro foram os apóstolos e profetas – o fundamento da igreja – com Jesus sendo a Pedra Angular (Efésios 2:20). 

 

Em seguida estão os evangelistas, pastores e mestres. A capacidade de expulsar demônios não está listada como um dom espiritual ou um dever ministerial.

 

Os Evangelhos e Atos relatam que Jesus e os discípulos expulsaram demônios. 

 

As porções de ensino do Novo Testamento (de Romanos a Judas) se referem à atividade demoníaca, mas não discutem o método de expulsá-los, nem os crentes são exortados a fazê-lo. 

 

Temos a instrução de vestir toda a armadura de Deus para enfrentar a maldade espiritual (Efésios 6:10-18). 

 

Também nos é dito que devemos resistir ao diabo (Tiago 4:7) e não dar-lhe espaço em nossas vidas (Efésios 4:27). 

 

No entanto, não nos é dito como expulsar ele ou seus demônios de outras pessoas, ou que sequer devamos fazê-lo.

 

É interessante que não temos registro das instruções de Jesus aos Seus discípulos sobre como expulsar demônios, com a possível exceção de Mateus 12:43-45, onde recebemos algum conhecimento. 

 

Quando os discípulos descobriram que os demônios estavam sujeitos a eles no nome e autoridade de Jesus, ficaram alegres (Lucas 10:17, ver Atos 5:16; 8:7; 16:18; 19:12). 

 

Entretanto, Jesus disse aos discípulos: 

 

Lucas 10:20 Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.

 

Em vez de receber um “ministério de libertação” específico, temos uma autoridade no poderoso nome de Jesus. 

 

Um dia, João disse a Jesus: 

 

Marcos 9:38-40 Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco. Mas Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós. 

 

A autoridade sobre os demônios é claramente o poder do Senhor trabalhando, quer o exorcista tenha ou não um ministério especial de libertação.

 

A ênfase na guerra espiritual é ressaltada em versículos como 

 

1 João 4:4 “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.” 

 

A vitória é nossa por causa do Espírito Santo que habita em nós. 

 

Os crentes podem superar suas lutas com o passado, hábitos e vícios porque 

 

1 João 5:4 todo o que é nascido de Deus vence o mundo. 

 

Precisamos de oração, de conselho santo e do apoio de uma boa igreja, mas não necessariamente de um “ministro da libertação”.

 

Somos advertidos: 

 

1 Pedro 5:8-10 Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé… Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.

 

A chave para a vitória na vida cristã deve ser preenchida (controlada e fortalecida) pelo Espírito Santo em cada momento (Efésios 5:18). 

 

CONCLUSÃO

 

O Pai sabe quem são Seus: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8:14). 

 

O Espírito Santo não habitará em alguém que não tenha nascido de novo (João 3:3-8, 2 Timóteo 2:19, Atos 1:8, 1 Coríntios 3:16). 

 

Sendo assim, o primeiro passo na vitória espiritual é colocar nossa fé em Jesus Cristo. 

 

Então, alegre-se que Jesus está em você e que você tem o Seu poder e Sua vitória.