A cura divina é uma promessa feita pelo Senhor Deus desde os dias de Israel no deserto (Êxodo 15:26).
A presença de Deus entre o povo era a garantia de provisão e saúde (Êxodo 23.25), em todos os aspectos: físico, emocional e espiritual.
A doença entrou no mundo após a queda do homem.
O pecado de Adão e Eva introduziu a morte, a enfermidade e a debilidade na humanidade.
A Soberana Vontade de Deus não incluía a doença na criação.
No entanto, quando o Senhor Deus reúne seu povo, Israel, ele lhes faz a promessa de que enquanto houvesse culto sincero no deserto haveria alimento, água e cura. Para que isso acontecesse os servos de Deus deveriam apenas olhar para Ele e crer na promessa (Êxodo 15:26).
A Cura e a Vontade de Deus
Essa é uma parte bastante delicada da cura divina.
É a vontade de Deus curar a todos ou não?
O ministério do Senhor Jesus Cristo é marcado por grande poder e autoridade.
Os trechos bíblicos citados mostram que durante suas cruzadas evangelísticas Ele sempre curava a todos ou a maioria dos enfermos (devido a tempo e possibilidades de logística) e expulsava demônios (Lucas 4:40; Mateus 8:16).
Não há nenhum relato bíblico de que Jesus Cristo tenha deixado um único enfermo sem ser curado, ou oprimido sem ser liberto.
Ao contrário “todos procuravam tocar nele, porque dele saía poder que curava a todos”. (Lucas 6:19)
O Senhor Jesus disse que desceu do céu para fazer a vontade de Deus (João 6:38).
Essa é uma declaração muito importante, que dá muito suporte a esse assunto.
Por meio das curas, o Senhor nos mostra qual é a vontade de Deus, no assunto.
Por fim, há um episódio em que um leproso o procura para ser curado dizendo -“Senhor, se quiseres, podes purificar-me!” – sem hesitar, Jesus tocou nele e disse: “Quero. Seja purificado! “(Mateus 8:2,3).
No mesmo instante, a pele do homem ficou nova como a de um bebê.
O leproso aproximou-se de Jesus exatamente com a dúvida da maioria dos cristãos dos nossos dias. “O Senhor quer? ”, e Jesus respondeu: “Eu quero! ”.
Podemos declarar com certeza que tudo que Ele fez foi a Vontade de Deus.
Logo posso supor que Deus quer curar a todos. Lembrando que é a minha opinião. É assim que eu creio.
E Por Que Deus Não Cura a Todos?
Acredito que é uma questão de conhecimento de Deus e fé (Lucas 9:40,41).
Na ocasião descrita por Lucas, havia um pai com o filho sendo oprimido pelo diabo.
O homem foi falar primeiro com os discípulos, que não conseguiram sarar o menino.
O pai do garoto fala com Jesus e conta o ocorrido, algo que deixa o Filho de Deus profundamente irritado.
Em seu desabafo Jesus esbraveja: “Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês e terei que suportá-los? Traga-me aqui o seu filho”.
Jesus atribui a ausência de cura divina a falta de fé. Em seguida ele cura o menino.
Sabemos que a fé é produto do conhecimento de Deus (Romanos 10:17).
Se não temos conhecimento de que é a vontade de Deus curar a todos, logo não creremos.
Se não cremos não há glória de Deus.
Perceba que em Nazaré, o Senhor Jesus não pode operar muitos milagres, não porque lhe faltou poder, mas porque o povo não acreditou nele (Mateus 13.58).
Áreas de Atuação da Cura Divina
Há pelo menos três áreas em que a cura divina atua:
A cura espiritual;
A cura interior;
A cura física.
A seguir veremos um pouco mais sobre cada uma delas.
A Cura Espiritual
O diabo é um dos maiores responsáveis por semear enfermidades entre as pessoas (Lucas 13:11).
Ele faz isso, pelo menos de quatro maneiras: opressão, possessão, influência, pecado.
O Senhor Jesus já proveu cura para cada uma delas, graças a Deus.
Opressão (Lucas 13.11)
Possessão (Lucas 8.27-36)
Influência maligna (Mateus 4.16)
Pecado (I Pedro 2.24)
A Cura Interior
Depressão – Um dos grandes adversários dos brasileiros é a depressão. Em 16 anos ela cresceu 705% (fonte: Exame).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 121 milhões de pessoas sofrem de depressão, mas o Brasil é o primeiro dos países em desenvolvimento (Fonte: Plan-Assiste).
Ansiedade – Uma outra doença emocional grave e comum. Um estudo mostra que 25% da população mundial sofre com ansiedade aguda. Isso representa uma em cada quatro pessoas no mundo.
“A ansiedade é a percepção de que algo ruim pode acontecer a qualquer momento, é um mecanismo de proteção e de defesa do organismo. O que irá caracterizar os transtornos é a presença de um nível de ansiedade capaz de gerar prejuízos em alguma esfera da vida da pessoa”, explica Michelle Vieira, presidente da Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade (Aporta). (Fonte: O Tempo)
Medo – O medo faz parte do nosso dia-a-dia. Violência. Guerras. Assaltos. Homicídios. Ataques terroristas. Crises políticas. Zika Vírus, coronavirus… O medo bate a nossa porta manhã após manhã.
Quando o medo assume o controle de nossas vidas, ele nos enfraquece de muitas maneiras. Ele destrói a nossa esperança e acaba com a nossa vontade de lutar.
Embora sejam muitas e graves as doenças emocionais, há cura divina para a alma. O Senhor Deus é aquele que restaura e fortalece.
Só ele cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas. (Salmos 147.3). Observe:
Cura Para a Depressão (Josué 1.1-9)
Cura Para a Ansiedade (Mateus 6. 25-34 / Filipenses 4.6-9)
Cura Para o Medo (Salmos 91 / Salmos 121 / Salmos 125)
A Cura Física
A cura divina foi e é algo que acompanha a presença do Senhor Jesus por onde quer que ele vá (Ver estudo: Bartimeu a e Fá que Nunca se Cala!)
O seu ministério é repleto de testemunhos de pessoas que foram curadas por suas mãos, vestes, palavras, enfim.
Isso se deu de forma tão abundante que o apóstolo João disse que nem todos os livros do mundo poderiam conter todos os relatos (João 21:25).
O Senhor Jesus sempre demonstrou muita prontidão para curar, quem quer que fosse (Mateus 8:7). Nunca se negou ou pôs impedimentos. Quando não houve curas não foi por sua culpa, foi causada pela incredulidade dos que o cercaram.
A Cura Divina e os Remédios
No momento em que o diabo mandou o Senhor Jesus se jogar do alto do Templo, com o argumento de que não iria acontecer nada com ele porque estava escrito que Deus o guardaria, Ele rebateu: ‘Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus’ (Mateus 4:6,7).
Esse ensino é muito importante nos nossos dias, principalmente nesse assunto.
Muitas pessoas se negam a tomar remédios e a fazer tratamento porque a Palavra de Deus promete a cura. A minha resposta é a mesma: ‘Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus’.
Perceba que o diabo manda que Jesus se jogue do alto do Templo com base na promessa bíblica. Jesus, no entanto, se recusou.
Observe que o Senhor não seguiu o conselho diabólico porque não havia a menor necessidade. Não podemos brincar com o poder de Deus.
Ou seja, se há possibilidades de tratamento humano, eu acredito que você deve fazer a sua parte. Com isso não quero dizer que abra mão da sua forma de crer.
A mulher do fluxo de sangue já estava a doze anos buscando sua cura (Marcos 5.25 – 28). A medicina não pôde fazer nada, ela gastou tudo que tinha e se desgastou muito até que ouviu falar sobre Jesus.
Obviamente não precisamos chegar a esse ponto. Já conhecemos o poder do nosso Deus. A medicina não deve ser nossa esperança soberana (Ver artigo: Jesus Filho de Davi Tenha Compaixão de Mim!). O que quero dizer é que a nossa parte deve ser feita.
Devemos cuidar bem da nossa saúde. Boa alimentação, caminhadas, exames de rotina. Lembre-se, seu corpo é sua responsabilidade.
Fecho essa parte dizendo: faça a sua parte, e tenha certeza que quando as coisas fugirem ao seu controle o seu Deus não o desamparará.
Conclusão
A cura divina é uma das grandes bênçãos do Senhor Deus para a humanidade. Em uma era de tantas enfermidades, pestes, e etc., é com certeza reconfortante saber que o Senhor nos promete cura (Êxodo 15:26).
Todos nós precisamos de cura.
Quando Jesus andou aqui na terra há 2000 anos atrás, as pessoas duvidaram da sua capacidade de “salvar”, mas ninguém duvidava do seu poder para curar.
Hoje, parece que isso se inverteu.
Os cristãos confiam que Jesus pode salvá-los do pecado e do inferno, mas muitos duvidam da sua capacidade de curar.
A Bíblia diz que “Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13:8) Por isso, devemos crer que se Jesus curou no passado, Ele pode curar hoje!
Abaixo eu coloquei um das histórias de cura mais conhecidas da Bíblia e algumas medidas simples que podemos aplicar em nossas vidas:
“Jesus foi com ele. Uma grande multidão o seguia e o comprimia. E estava ali certa mulher que havia doze anos vinha sofrendo de uma hemorragia. Ela padecera muito sob o cuidado de vários médicos e gastara tudo o que tinha, mas, em vez de melhorar, piorava. Quando ouviu falar de Jesus, chegou-se por trás dele, no meio da multidão, e tocou em seu manto, porque pensava: “Se eu tão-somente tocar em seu manto, ficarei curada.” Imediatamente cessou sua hemorragia e ela sentiu em seu corpo que estava livre do seu sofrimento. No mesmo instante, Jesus percebeu que dele havia saído poder, virou-se para a multidão e perguntou: “Quem tocou em meu manto?” Responderam os seus discípulos: “Vês a multidão aglomerada ao teu redor e ainda perguntas: Quem tocou em mim?” Mas Jesus continuou olhando ao seu redor para ver quem tinha feito aquilo. Então a mulher, sabendo o que lhe tinha acontecido, aproximou-se, prostrou-se aos seus pés e, tremendo de medo, contou-lhe toda a verdade. Então ele lhe disse: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz e fique livre do seu sofrimento” (Marcos 5:24-34).
Um encontro com Jesus traz libertação e cura
“Então ele lhe disse: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz e fique livre do seu sofrimento” (Marcos 5:34).
Acredito que a maioria de nós quer ter um encontro com Jesus.
Queremos a cura (física, emocional e espiritual), mas nem sempre sabemos como receber as bênçãos que Jesus nos oferece gratuitamente.
Abaixo estão alguns passos simples para seguirmos.
Mas lembre-se: Jesus não é um “gênio da lâmpada” ou uma “máquina de bênçãos” que existe somente para dar aquilo que você quer.
Ele é o seu Salvador amoroso que tem planos para a sua vida muito melhores do que os seus.
Nem sempre a cura que Ele traz, será exatamente como você acha que deveria ser, mas em relação à eternidade, Ele sempre dará o que você precisa, para o seu bem e para glória de Deus.
Abaixo estão 3 passos para receber um milagre:
1) Creia no poder de Deus
“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hebreus 11:6).
2) Ore com fé
“E a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado” (Tiago 5:15).
3) Confie em Deus mesmo em circunstâncias contrárias
“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas” (Provérbios 3:5,6).
Alternar conteúdo1 – II Reis 5:10 e 14
“Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo. Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como carne de uma criança, e ficou limpo.”
Contexto:
Israel estava em profunda apostasia; Acabe e Jesabel haviam enlameado a fé do povo, a ponto de a feitiçaria assumir o lugar da fé no Deus vivo; morto Acabe, Acazias assumiu o poder; doente, o novo rei deu a seguinte ordem a seus servos: Ide e consultai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença. Mas o Anjo do SENHOR disse a Elias o tesbita: Dispõe-te, e sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom? “(II Rs 1:1-2).
Foi nesse ambiente de enfrentamento da falsa espiritualidade pagã com a verdadeira espiritualidade do Deus vivo que Elias exerceu seu ministério. No lugar desse profeta, Deus levantou Eliseu.
Elias enfrentou a falsa e arrogante espiritualidade interna dos reis de Israel; por sua vez, internamente, Eliseu teria de lutar contra a arrogância espiritual dos reis e dos sacerdotes de Israel, e, externamente, teria de lutar contra a arrogância espiritual dos reis e sacerdotes pagãos. Naamã, por exemplo, comandante do poderoso exército da Síria, cujo rei era Bem-Hadade (II Rs 8:7), com a permissão de Deus, havia tido grande vitória contra um inimigo de Israel; isso o deixou famoso entre seu povo. Por ser comandante de uma grande potência mundial, Naamã pensava que Eliseu iria admirá-lo como um “grande homem”, como um “poderoso general”, que iria jogar-lhe confetes ou ainda recepcioná-lo, abaixando-se, etc. (v.11); contudo, o profeta de Deus sequer o recebeu; apenas mandou-lhe um recado: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.”.
O arrogante general ficou indignado: “Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação” (v.12). Os rios Abana e Farfar da Síria, eram limpos; suas nascentes estavam nas montanhas alimentadas por colinas; o rio Jordão, de Israel, era barrento, lamacento e sujo, sua nascente era nos vales. Ora, se as águas tivessem poder de curar, certamente Deus usaria as águas limpas da Síria. Como as águas não tem poder de curar e o problema tratado no texto não é a qualidade delas, mas, sim, a arrogância do general sírio, Deus decidiu humilhá-lo, fazendo-o mergulhar num rio lamacento e fedorento, para, depois, curá-lo, não com a água suja, mas com seu imenso poder e sua misericórdia.
E assim foi feito: ao mergulhar sete vezes (o numero que expressa a perfeição, na Bíblia), Naamã aprendeu que só há um Deus perfeito, verdadeiro e Todo-Poderoso, o Deus daquele rio sujo de Israel: “Aí Naamã disse:…de agora em diante eu não vou oferecer sacrifícios e ofertas que são completamente queimadas a nenhum deus, a não ser a Deus, o SENHOR. Mas
Eu gostaria que ele me perdoasse uma coisa, que é a seguinte: quando eu tiver de acompanhar o meu rei ao templo de Rimom, o deus da Síria, para ali adorar, eu vou ter de adorá-lo também. Que o SENHOR Deus me perdoe por isso! Eliseu disse: – Adeus! Boa viagem!(vv.17-19 NTLH).
Na sequência, por não conhecer corretamente a Deus e nem o sentido de suas ações espirituais, Geazi, conhecido pelo povo como homem de Deus (v.27), recebeu castigo divino no próprio corpo: a lepra que era de Naamã passou para ele e para seus descendentes (v.27). Nem sempre os que são conhecidos e proclamados pelo povo como “homens de Deus” agem como tais.
2 – Marcos 8:23:
“Jesus, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa?
Ao lermos os versículos anteriores
Contexto: (1-21) e posteriores (27-38) do capítulo 8, verificamos que o texto refere-se à revelação de Cristo como Messias para os discípulos, através de sofrimentos (31). Para revelar, Jesus fez um grande milagre, ao mesmo tempo em que conversou com seus discípulos (1-9), enquanto os fariseus exigiam sinais para o tentarem, o que lhes foi negado com veemência (10-13). Ocorre, porém, que os discípulos não compreenderam espiritualmente as palavras do Mestre e nem a malícia dos fariseus (14-21).
Diante da incompreensão espiritual dos discípulos, Jesus decidiu realizar um milagre em que suas ações pudessem “chocar” aquelas mentes endurecidas: passou saliva nos olhos do cego, impôs-lhe as mãos e curou seus olhos (22-23); mas como o rapaz viu as pessoas e pensou que eram árvores, Jesus voltou a impor-lhe as mãos e o homem passou a distinguir corretamente as pessoas. Primeiro Jesus curou os olhos; depois, a mente, para ilustrar a situação espiritual dos discípulos, ou seja: eles tinham olhos, mas não viam; tinham ouvidos, mas não ouviam o que Jesus falava e fazia (18). Ao forçar a mente dos discípulos com este milagre “diferente”, Jesus alcançou seu alvo: os discípulos o reconheceram como o Messias, enviado de Deus (27-29), que, através de muito sofrimento, redimiria a humanidade de seus pecados (30-38).
3 – Atos 19:11-12:
“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.”
Contexto:
A leitura dos versículos anteriores (vv. 1-10) e posteriores (vv. 13-40) do capítulo 19 mostram que o ambiente em que Paulo e seus companheiros estão pregando é de profunda idolatria, feitiçaria, espiritismo, etc. Até mesmo os poucos crentes que havia pela região de Éfeso não sabiam nada sobre o batismo cristão nas águas e nem sobre a pessoa do Espírito Santo e sobre o batismo no Espírito Santo (vv.1-7). Havia, também, uma total ignorância a respeito do reino de Deus (v.8). Não menos intensa era a oposição à verdade (v.9), o que consumiu dois anos da vida do apóstolo com ensinamento bíblico (v.10). “Diante de um ambiente profundamente afetado por Satanás,” Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários “(v.11)”.
O falso poder era combatido com o verdadeiro poder, sem a necessidade de elementos materiais. Mas aquelas pessoas vindas do paganismo, da feitiçaria, do esoterismo, do sincretismo, do xamanismo, do animismo, não conhecendo o poder do verdadeiro Deus, pensavam que Paulo era o detentor do poder (como aconteceu em Listra – Atos 14:8-19), e, por essa razão, pegavam os lençóis e aventais de uso pessoal do apóstolo, e crendo que esses objetos tinham sido afetados pelo poder que saía do corpo de Paulo, tocavam o corpo do apóstolo com esses elementos, a fim de serem curadas e libertas (v.12). Os versículos seguintes comprovam o total desajuste espiritual dessa gente (vv. 13-40).
Mateus 8:13) Além de tudo isso, o texto em questão não é normativo, mas descritivo.
4 – Números 21:8-9:
“Disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido qual a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.”
Contexto:
Ao mandar Moisés fazer uma serpente de metal e levantá-la numa haste, para que os israelitas mordidos por víboras fossem curados, ao olharem para ela, Deus estava lembrando ao povo liberto do Egito que é poderoso para cumprir a promessa feita a Adão e a Eva no Éden (Gn3: 14-15); isto é, ser propício aos seres humanos decaídos pela ação da serpente maligna; aquela serpente de metal, didaticamente, ilustrava, de forma profética, um novo tempo que estava chegando, ou seja, a hora em que o ministério da morte perderia a sua força no mundo.
De que maneira?
Através do povo eleito, tirado do Egito, com poderosa mão, para ser luz das nações, Deus pretendia exterminar o reinado da morte. Mas o povo falhou amargamente, transformando a serpente de metal num Deus: Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Nesta.” (II Rs 18:4). Por esta razão, Deus desistiu de usar um povo como instrumento de salvação e enviou seu Filho Amado, o Messias, para cumprir essa missão: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”(Jo 3:14-15).
5 – Marcos 5: 27-29:
“tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. Porque, dizia: Se eu apenas tocar as vestes, ficarei curada. E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo.”
Contexto:
Neste conhecido texto de uma mulher com hemorragia, entendemos que nem é necessário usarmos o contexto para explicá-lo, basta prestar atenção no próprio texto para compreendermos que Jesus, compadecendo-se daquela mulher, curou-a, não porque ela tocou nas suas vestes, mas porque tinha fé. E, para que seus discípulos e a multidão não viessem a crer que suas roupas tinham poder de curar, Jesus parou a caminhada e afirmou a mulher: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.” (v.34 – grifo nosso). Foi à fé da mulher em Cristo, não a roupa dele, que proporcionou ao Mestre a satisfação em curá-la.
6 – Tiago 5:14:
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.”
Contexto:
As palavras de Tiago estão inteiramente alinhadas com as palavras de Cristo, em Mc 5:27-29, e, por assim dizer, dispensam o detalhamento do contexto para serem entendidas corretamente. O apóstolo afirma:
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. Esta oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (v.15 – grifo nosso).
O texto é claríssimo: Quem cura não é o óleo, mas a fé no Senhor, que, por sua vez, levanta o doente. O óleo é apenas um símbolo de que aquele que está aplicando a unção, no caso, o presbítero, é uma pessoa de Deus, como no Antigo Testamento, em que os sacerdotes eram ungidos para serem representantes de Deus.
Conclusão
Na Bíblia Sagrada, as pessoas são limpas de seus pecados pelo poderoso sangue de Jesus (I Jo 1:7; I Pé 1:2; Hb 10:19) e curadas de suas enfermidades e libertas de suas opressões pelo poderoso nome de Jesus (Mc 16:17; Jo 14:13, 15:16, 16:23).
O próprio Cristo lamenta o fato de muitos de seus seguidores não usarem seu santo nome para pedirem e obterem as bênçãos do Pai: “Até agora nada tendes pedido em meu nome.” (Jo 16:24).
Portanto, em quaisquer circunstâncias, sejam elas as mais difíceis e dolorosas, peçamos ajuda do Pai, indo até Ele em nome de Jesus.
É Jesus o sumo sacerdote, é Jesus que advoga diante do Pai por nós, é Jesus que profetisa vitorias e conquista e não o homem, não receba a palavra do homem, receba a palavra de Jesus que revelou a todos nós desde a fundação do mundo.
“O que disto passar, vem do maligno.” (Mt 5:37).
Deus sempre se manifestou como aquele que cura seu povo.
Através de Moisés, Deus prometeu curar os filhos de Israel e poupá-los das doenças dos egípcios (Êxodo 15:26; Deuteronômio 7:15).
Davi louvou a Deus como aquele que cura todas as moléstias (Salmo 103:3).
Provérbios ensina que a obediência ao Senhor dá saúde e longa vida (Provérbios 3:2,8; 4:22, etc.).
No Novo Testamento também, João orou pela saúde e prosperidade de Gaio (3 João 2).
Mas essas promessas tinham certas limitações:
Essas promessas não imunizaram totalmente o povo de Deus contra a doença.
Homens justos como Jó, Epafrodito e Trófimo adoeceram (Jó 2; Filipenses 2:25-30; 2 Timóteo 4:20).
Não houve um tempo, desde o jardim do Éden, em que o povo de Deus teve completa liberdade das enfermidades.
Tanto cristãos quanto incrédulos experimentam a doença e a morte.
Essas promessas não foram garantias absolutas.
Como regra geral, Deus abençoa os fiéis com uma vida mais prolongada e melhor saúde.
Considere, por exemplo, a promessa de que aqueles que honram os pais viverão muito tempo (Êxodo 20:12; Efésios 6:1-3).
Sabemos que, em geral, aqueles que honram os pais vivem mais.
Mas isso não significa que todos que honram seus pais vivem até aos 80, nem que todos os que morrem cedo desonraram seus pais.
Eclesiastes mostra claramente que a relação de um homem com Deus não pode ser determinada pela sua saúde ou pelas bênçãos físicas (Eclesiastes 9:1-3).
Os amigos de Jó estavam certos de que a enfermidade dele fora causada por causa de sua desobediência; mas isto não era verdade.
Os discípulos queriam saber quem teria pecado para causar a cegueira do homem.
Jesus replicou que a cegueira não fora causada nem pelo seu pecado nem pelo de seus pais (João 9:1-4).
A ênfase das Escrituras não está nas bênçãos físicas.
O foco principal das promessas de Deus é espiritual.
Estamos, freqüentemente, mais interessados nas promessas de bênçãos físicas, mas uma leitura séria do Novo Testamento nos mostra que o principal interesse de um cristão deve ser sua comunhão com Deus e seu lar eterno (veja Filipenses 3:20-21; Colossenses 3:1-4; Hebreus 11:13-16, 35-38).
Além do cuidado geral de Deus para com a saúde de seu povo, houve certas épocas nas quais Deus operou milagres especiais de curas. Através de Moisés, por exemplo, Deus tornou uma água amarga em doce, curou lepra e levantou uma serpente de bronze para curar mordeduras de cobras.
Através de Elias e Eliseu, Deus curou lepra, ressuscitou mortos, etc.
Através de Jesus e dos apóstolos, Deus curou os cegos, os coxos, os surdos e muitos outros.
Os tempos extraordinários das curas milagrosas corresponderam às novas revelações que Deus estava dando ao povo.
Os sinais que Moisés operou atestaram suas credenciais para apresentar a nova lei de Deus aos filhos de Israel.
Os sinais de Elias e Eliseu deram o carimbo da aprovação de Deus ao trabalho dos profetas de revelar uma outra maior porção da palavra de Deus.
Os sinais de Cristo e dos apóstolos mostram que a revelação do Novo Testamento foi enviada por Deus.
Deus cura hoje em dia?
Sim, Deus cura seu povo através da oração, da providência e da ação de sua vontade, como ele sempre fez.
Muitas vezes as pessoas glorificam médicos e remédios, quando Deus é aquele que deve receber o crédito.
Todas as boas dádivas vêm de Deus e devemos sempre lembrar de dar a ele a glória e o agradecimento (Tiago 1:17).
As muitas advertências contra os falsos sinais e maravilhas precisam ser examinadas. O diabo sempre simula as obras de Deus (examine Deuteronômio 13:1-5; 2 Coríntios 11:13-15; 2 Tessalonicenses 2:9-12; 2 Timóteo 3:13; Apocalipse 13:13-14; 16:13-14).
E, também, o diabo é muito hábil em trabalhar através da religião (Mateus 7:15-23; 2 Coríntios 11:13-15; Colossenses 2).
Portanto, a presença de supostas curas miraculosas na atualidade, as quais são totalmente diferentes das curas na Bíblia, não deve nos surpreender.
Diferenças entre as curas de hoje e as na Bíblia
Tipo.
As curas especiais na Bíblia incluíam todos os tipos de moléstias. Jesus e os apóstolos podiam curar qualquer pessoa de qualquer doença ou enfermidade (Atos 5:15-16; Marcos 1:32-34; Mateus 4:23-24; 9:35).
Cegos de nascença recebiam a visão imediatamente; coxos de nascença começavam a andar e saltar; lepra, mãos definhadas, orelhas cortadas e outros males perfeitamente visíveis eram curados diante dos próprios olhos daqueles que observavam (Atos 3:1-10; 4:22; João 9; Marcos 3:1-6; Mateus 8:1-4; Lucas 22:50-51).
Ainda mais admirável era a ressurreição dos mortos (Lucas 7; João 11; Atos 9; 20). As curas de agora são diferentes.
Os que fazem curas hoje em dia se especializam em dores de cabeça, dores lombares e outras enfermidades invisíveis. Sim!
Algumas vezes ouvimos falar de um cego que recebeu sua vista ou de mortos sendo ressuscitados, mas nunca, ninguém, parece testemunhar esses eventos.
Eles sempre ocorreram em outro tempo ou lugar e ninguém parece se lembrar exatamente de quando e onde.
Sem dúvida, as “curas milagrosas” que você e eu vemos hoje são de uma natureza muito diferente dos milagres na Bíblia.
Maneira.
As curas na Bíblia eram instantâneas. Não havia reação retardada.
Os cegos recebiam sua vista na hora; os coxos começavam a andar, correr e saltar; a pele dos leprosos era purificada instantaneamente (Mateus 8:3; 12:13; Atos 3:7-8; João 9:7).
As curas miraculosas foram sempre completas. Não havia curas parciais (Atos 3:16).
A maneira de Jesus e dos apóstolos era simples.
Não havia fanfarras; não havia nada encenado.
Aqueles com a verdadeira capacidade de curar faziam seu trabalho calmamente, simples e completamente.
Poderá alguém que testemunhou “curas”, hoje, dizer que elas são feitas da mesma forma?
Freqüência.
Nenhum dos que, hoje em dia, “curam” sempre têm êxito. Geralmente, atribuem a culpa pelos insucessos à falta de fé por parte dos que querem ser curados.
Mas na Bíblia, aqueles que realmente tinham o poder de curar conseguiam seu intento.
Há uma única exceção registrada (Mateus 17) e, nesse caso, o problema foi uma falta de fé por parte dos que pretendiam curar.
Nem todos aqueles que recebiam as curas tinham fé; de fato, alguns que nem esperavam ser curados o foram (João 5; Atos 3).
Deus nunca falha. Se houvesse, nestes dias, pessoas que verdadeiramente tivessem poderes especiais de Deus para curar, eles também não falhariam.
Propósito.
Na Bíblia, os milagres e as curas eram sinais para confirmar a mensagem do homem que os operava.
Deus autenticou cada nova mensagem com sinais (Hebreus 2:3-4; Marcos 16:20).
Gerações posteriores tinham que confiar na mensagem escrita daqueles que demonstravam as credenciais para revelá-la (João 20:30-31).
Há muitos textos que mostram que a mensagem do evangelho foi completamente revelada no primeiro século (João 16:13; Judas 3) e que não haveria revelação adicional (Gálatas 1:6-9).
Considere esta ilustração: O Cristo ressuscitado foi visto por várias testemunhas que escreveram sobre o que viram. Hoje, não vemos Cristo; confiamos na evidência registrada por aqueles que o viram.
Os aparecimentos de Cristo depois de sua ressurreição serviram precisamente ao mesmo propósito que as curas e milagres: para provar que ele é o Filho de Deus e que devemos confiar na mensagem do Novo Testamento.
Não há mais razão para esperar que alguém terá poder para curar hoje em dia, do que pensar que Cristo reaparecerá nestes dias.
Efeito.
Quando homens tinham, verdadeiramente, poderes para curar, todos se maravilhavam e ficavam admirados com os resultados (Atos 3:9-11; Lucas 7:16-17).
Até mesmo os inimigos do evangelho tinham que admitir que as curas realmente aconteciam (João 11:48; Atos 4:16).
Afinal, como poderiam negá-las?
Havia os mortos que Jesus tinha ressuscitado, os coxos que ele havia curado e os cegos que agora viam, dando testemunho visível do seu poder.
Os inimigos do evangelho sempre tentaram se opor e desacreditar o ensinamento, mas nunca tentaram negar que as curas e os milagres realmente aconteceram.
Às vezes, questionavam quando Jesus curava (por exemplo, no sábado) ou pelo poder de quem (por exemplo, do diabo, diziam eles) o fazia, mas nunca negavam a autenticidade dos milagres.