RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NO CORPO DE CRISTO
Mateus 18:15-18 Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.
Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça.
E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.
A resolução de conflitos no corpo de Cristo é crucial por várias razões.
Evitar o conflito, sem esforço para resolvê-lo, adia uma resposta adequada e agrava o problema porque os conflitos evitados, mas não resolvidos, acabam crescendo em tamanho e terão efeitos negativos nos relacionamentos dentro do corpo.
O objetivo da resolução de conflitos é a união, e a união na igreja representa uma ameaça para o diabo, o qual usará todas as oportunidades para tirar vantagem de questões não resolvidas, especialmente as que envolvem a ira, amargura, autopiedade e inveja.
Essas emoções estão envolvidas na maioria dos conflitos da igreja.
As escrituras nos dizem que devemos manter
Efésios 4:31 Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.
A falha em obedecer a este comando resulta em divisão no corpo de Cristo e pesar ao Espírito Santo. Também nos é dito para não permitir que uma “raiz de amargura” surja entre nós, levando a problemas e contaminações (Hebreus 12:15).
Claramente, um método bíblico de resolução de conflitos é necessário.
O Novo Testamento tem múltiplos mandamentos aos crentes que demonstram como viver em paz uns com os outros.
Somos repetidamente instruídos
a amar uns aos outros (João 13:34; Romanos 12:10),
a viver em paz e harmonia uns com os outros (Romanos 15:5; Hebreus 12:14),
a resolver nossas diferenças entre nós mesmos (2 Coríntios 13:11),
a ser pacientes, gentis e demonstrar ternura um para o outro (1 Coríntios 13:4),
a considerar os outros antes de nós mesmos (Filipenses 2:3),
a carregar os fardos uns dos outros (Efésios 4:2)
e a nos alegrar na verdade (1 Coríntios 13:6).
O conflito é a antítese do comportamento cristão conforme descrito nas Escrituras.
Lidando com conflitos à luz da bíblia
Tiago 4. 1 – 21 Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que os vossos membros guerreiam?2 Cobiçais e nada tendes; logo matais.Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras. Nada Tendes, porque não pedis.
O conflito é da natureza humana lidando com conflitos à luz da bíblia Assim também acontece no Corpo de Cristo. Já nos primeiros anos da era cristã, aconteciam desentendimentos e colisões humanas na igreja.
Em Atos 15.39 temos o relato de um desacordo entre Paulo e Barnabé. Outro exemplo é o que acontecia na igreja de Corinto.
Paulo disse que havia entre eles dissensões (I Cor.11.18).
O mesmo apóstolo escreveu aos gálatas comparando-os aos animais, tamanha era a agressividade entre eles (Gálatas 5.15)
O que é um conflito?
Trata-se da divergência de interesses, ou de objetivos, valores, percepções, ideias e ritmos, etc., entre duas ou mais pessoas.
Quatro são suas possíveis causas:
1.Causa pessoal;
2.Causa doutrinária;
3.Causa carnal;
4.Causa diabólica.
Mateus 5.23, 24 Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.
Sintoma do conflito
Quando ocorre conflito, geralmente lançamos culpa na direção oposta.
Criticamos os outros, enquanto nos defendemos.
“Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?
Solução para o conflito
Frequentemente tentamos “manter a paz” ignorando o conflito ou com algum tipo de arranjo.
Contudo, os sentimentos hostis permanecem.
O melhor não é simplesmente fazer arranjos para uma acomodação, mas para uma reconciliação ?
Cura e restauração de um relacionamento.
Você tem experimentado conflitos em sua vida cotidiana?
Em que área você encontra mais conflito: no trabalho, em casa ou outra área?
Como você geralmente lida com conflitos quando eles surgem?
Você os confronta e procura resolvê-los, ou ao contrário, tenta evitá-los ou ignorar sua existência?
Por que você acha que o conflito, seja no nível pessoal, profissional ou até mesmo internacional, é tão universalmente difundido?
Qual, se for o caso, das referências bíblicas sobre conflitos está mais relacionada a você: a fonte, o sintoma ou a solução de conflitos?
Administrando o conflito
1. Coríntios 6.7 Na verdade já é uma completa derrota para vós o terdes demandadas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes a fraude?
Princípios preventivos
Filipenses 2.3 Nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo.
Como conduzir o conflito?
Provérbios 15.1 1 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
Tito 2.8 8 linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós.
O que fazer depois da tempestade
Mateus 6.12 – 15 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; 13 e não nos deixes entrar em tentação; mas livra- nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém. 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 15 se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.
Existem dois lugares no Novo Testamento que abordam de forma clara e inequívoca a resolução de conflitos onde o pecado está envolvido.
Em Mateus 18:15-17, Jesus dá os passos para lidar com um irmão pecador.
De acordo com esta passagem, no caso de conflito envolvendo pecado declarado, devemos abordá-lo primeiro um a um, então, se ainda não resolvido, deve ser levado a um pequeno grupo e, finalmente, perante toda a igreja, se o problema ainda permanecer.
A outra passagem em que isso é explicitamente abordado é Lucas 17. Nos versículos 3-4, Jesus diz: “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.”
Uma parte essencial da resolução de conflitos é o perdão.
Qualquer tipo de procedimento disciplinar deve sempre ter a restauração da pessoa pecadora como o objetivo final.
Às vezes o conflito tem mais a ver com preferências de estilo ou confrontos de personalidade do que com o pecado em si.
Em tais casos, fazemos bem em verificar nossos próprios motivos e lembrar-nos de fazer nada
Filipenses 2:3-4 por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
Se tivermos um desacordo genuíno com alguém sobre as preferências estilísticas – a melhor maneira de cumprir uma determinada meta do ministério, o orçamento da igreja, como um culto da igreja deve fluir, etc. – devemos conversar e chegar a um acordo mútuo.
Em Filipenses 4:2–3, Paulo pede que Euodia e Síntique “que pensem concordemente, no Senhor” e que outros as ajudem. Devemos nos humilhar para verdadeiramente ouvir uns aos outros, lutando pela paz dentro do corpo (Romanos 12:16, 18).
Devemos também buscar a sabedoria e direção de Deus (Tiago 1:5).
É verdade que às vezes é melhor separar-nos com o reconhecimento de que Deus tem chamados diferentes para nossas vidas.
No entanto, devemos fazer o nosso melhor para nunca nos dividir com ira.
A razão pela qual a resolução de conflitos é tão difícil é que hesitamos em nos colocar em situações desconfortáveis.
Frequentemente, não estamos dispostos a nos humilhar o suficiente para admitir que podemos estar errados ou fazer o que for necessário para corrigir erros se estivermos, de fato, errados.
Aqueles que melhor resolvem conflitos são frequentemente aqueles que prefeririam não confrontar os outros sobre seus pecados, mas ainda assim o fazem por obediência a Deus.
Se a questão for relativamente pequena, talvez a melhor coisa a fazer seja praticar a tolerância e ignorar a ofensa (Provérbios 19:11).
Se não pode ser negligenciado, deve-se buscar a reconciliação.
Essa é uma questão tão importante para Deus que a paz com Ele e a paz com os outros estão inextricavelmente entrelaçadas (Mateus 5:23–24).
Na vida diária podemos nos encontrar envolvidos em conflitos com outras pessoas.
Não é fácil reagir da forma correta no meio de uma briga feia mas a Bíblia tem bons conselhos para acalmar os ânimos e resolver o conflito:
Muitas discussões ficam feias porque ninguém está ouvindo o que o outro está dizendo! Procure entender a razão do aborrecimento antes de responder.
Provérbios 15:1 A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira.
Gritar só piora a briga. Quem respira fundo e fala com calma retoma o controle da conversa.
Provérbios 12:16 O insensato revela de imediato o seu aborrecimento, mas o homem prudente ignora o insulto.
Durante uma briga as pessoas dizem coisas que não deviam, para fazer o outro perder o controle. Ignorar o insulto mostra maturidade e que o outro não lhe pode afetar.
Romanos 12:17 Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos.
Quando você retribui mal por mal, você perde toda a razão. Retrucar só piora a briga. Se você agir de forma correta, você terá a vantagem moral.
Provérbios 11:12 O homem que não tem juízo ridiculariza o seu próximo, mas o que tem entendimento refreia a língua.
Ridicularizar o outro só o vai enfurecer mais. Quando a outra pessoa se sente respeitada, vai se acalmar.
Provérbios 15:18 O homem irritável provoca dissensão, mas quem é paciente acalma a discussão.
Muitos conflitos acontecem porque as pessoas envolvidas não estão com paciência. Ter um pouco de paciência para tentar entender o que se passa acalma o conflito.
Colossenses 3:13 Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.
No fim de todo conflito é preciso perdão. Quando não há perdão, vem ressentimento e mais conflitos podem acontecer. Perdoar restaura amizades.
Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.