REVERENCIAR

Salmos 22:3 Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.


Deus habita no meio dos louvores, e procura adoradores que o adore em espírito e em verdade.


Como podemos adorar ao Senhor em espírito e em verdade?


Em primeiro lugar, refletindo sobre quem é Deus e agradecendo-lhe pelas coisas que nos revelou a respeito de Si mesmo, pelo seu Espírito que em nós habita.


Adorar em oração significa permitir que nosso espírito celebre o que Deus revelou a respeito de Suas obras no passado – tanto recente como distante – e o que Ele nos contou sobre Si mesmo.


Lentamente, ao revermos essas coisas com um espírito de gratidão e de reconhecimento, podemos sentir que nosso espírito começa a se expandir, a absorver a ampla realidade da presença de Deus.


Lentamente nossa consciência se capacita para aceitar o fato de que o universo à nossa volta não é fechado nem limitado, mas, na verdade, ele se expande tanto quanto o Criador deseja.


Ao adorar, lembramo-nos quanto Ele é Grande, Poderoso, Soberano, Absoluto, mas bem próximo, amigo, Fiel, companheiro, ajudador.


A palavra ”adorar” tem diferentes significados e sentidos, de acordo com o contexto em que são colocadas.


Tipo: “adoro peixe defumado”; “Rodolfo Valentino foi um ídolo adorado”;


ou


“Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal; sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.” (Apo.19:10).


Vamos falar sobre adoração, no sentido bíblico, e não no sentido coloquial ou gramatical da palavra.


Adoração, não se confunde com louvor. São duas coisas distintas, muito

embora essa distinção não seja do conhecimento da maioria dos participantes da igreja.


Enquanto que o louvor é “fruto de lábios que confessam o nome de Jesus” (Heb.13:15)


a adoração não precisa de motivos.


Não existe amor à primeira vista. Existe paixão à primeira vista.


Precisamos aprender a amar as pessoas. Elas precisam cativar nosso amor. Nós precisamos cativar seu amor.


Mas há certas pessoas que não precisam fazer nada para que as amemos. Nós as amamos simplesmente pelo que elas são: nossos filhos.


Nossos filhos não fizeram nada para que os amássemos. E nós os amamos pelo simples fato de serem nossos filhos. Quem tem filhos e os ama entende o que quero dizer.


Por que amamos nossos filhos desde antes de nascerem? Não sei. Não há explicação. Ao contrário das demais pessoas que precisam cativar nosso amor, o amor pelos filhos nasce com eles. Aliás, já existe antes mesmo que nasçam (mas nós temos que cativar o amor de nossos filhos).


Assim também deve ser a adoração. Não precisa de motivos, de fundamentos.


Deus não precisa fazer nada para que O adoremos. Senão não é adoração. É louvor.


Para que um cristão comece a ADORAR a Deus, precisa ter comunhão, conhecimento, contato, ligação com Deus.


Se assim não for, estaremos na mesma adoração dos habitantes de Atenas

(Atos 17).


Adorar a Deus é reconhecer e confessar a sua glória, o seu poder, a sua majestade, a sua magnificência, não importando o que Ele faça ou deixe de fazer.


A adoração é pelo que Deus é, e não pelo que Ele faz.


Na adoração, nos humilhamos diante de Deus, reconhecemos e exaltamos a glória, majestade e poder. Às vezes mesmo sem palavras.


Na adoração nada se pede, nada se reivindica, nada se agradece. Apenas se exalta, se glorifica ao Senhor nosso Deus.


Apenas… se adora, e se alegra pela simples presença de Deus.


“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado, todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos.” (Hab.3:17-19)