Aula 11 – CONSAGRAÇÃO INTERCESSÓRIA


Romanos 8.1-13.

 

1 – Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.

2 – Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

3 – Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,

4 – para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

5 – Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.

6 – Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.

7 – Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.

8 – Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

9 – Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

10 – E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.

11 – E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.

12 – De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne,

13 – porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

 

 

A Carta de Paulo aos Romanos ensina que todo conhecimento correto acerca de Deus nasce da obediência irrestrita aos mandamentos divinos. 


É impossível ao homem manter comunhão com o Criador à parte da submissão a sua santa lei. 


O pecado traz como conseqüência: morte, aflição, servidão e acusação, enquanto a santidade, vida, glória e liberdade (8.13).

 

Consagrar significa dedicar uma pessoa ou algo a Deus. Tudo aquilo que é consagrado é dedicado para o serviço ao Senhor, para honrar Deus, para a santificação de Seu nome. Não é pouca coisa, é algo extremamente sério e profundo.


A consagração de alguém ou algo não é algo automático, é realizada através de algum ato, como por exemplo, uma oração ou algum ritual.

Exemplo disso é quando se consagra algum pastor ou servo de Deus ao santo ministério. Eles são consagrados em um culto especial num momento especial. 

A oração é sempre usada quando se consagra algo ou alguém, pois é através dela que colocamos diante de Deus tal desejo.

Na Bíblia encontramos o povo de Deus consagrando de tudo: 


  • pessoas (Ex 22. 31); 

  • vestes sacerdotais (Ex 29. 29);

  • campos (Lv 27. 21); 

  • ofertas (Dt 12. 26); 

  • dinheiro e utensílios (Js 6. 19);

  • animais (2 Cr 29. 33); 

  • o dia (Ne 8. 9); 

  • lugares (Jr 31. 40). 


Isso mostra que devemos consagrar todas as coisas a Deus em um ato de fé e de busca da vontade Dele.

 

“E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26)


O homem espiritual está capacitado para relacionar-se bem com Deus, com a igreja e com a sociedade, tendo sempre como padrão de santidade divina a Bíblia.

  

Com a expressão “portanto, agora” (Rm 8.1a), Paulo conclui o tema sobre o qual discorreu nos sete primeiros capítulos de sua Epístola aos Romanos: a graça e a justificação providas por Deus. 


A ênfase do presente capítulo está no ensino de que os filhos de Deus, em Cristo, estão livres da condenação (Rm 5.16,18).


Nos versículos 5 a 13, Paulo declara que a nossa salvação está garantida em razão da obra realizada pelo Espírito de Deus em nosso coração (Ef 1.13,14), produzindo, entre outras, a santificação em nosso ser (1 Pe 1.2).

O Espírito, realizando a obra completa de Cristo, liberta-nos do pecado e de todos os seus malefícios; e, finalmente, vivificará inclusive nossos corpos quando o Senhor vier arrebatar a sua Igreja.

 

 

 I. A NATUREZA DA CARNE

 

1. A natureza humana caída. O vocábulo “carne”, no original, ocorre muitas vezes nas epístolas paulinas. O termo, em geral, está associado aos prazeres sensuais e aos pecados ligados ao corpo (Rm 6.12-14; 7.5,23-25; 8.13). Aqui, no entanto, “carne” diz respeito ao mundo, à natureza humana caída e escrava de tudo que se opõe ao Espírito (Gl 5.16-25).

A carne isola o homem de tudo o que é espiritual (v.8) e engloba todas as formas de arrogância. Sempre que o “eu” aparece em oposição a Deus, ali está a carne. João esclarece-nos: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida são opostas a Deus (1 Jo 2.15-17).

2. Os que andam “segundo a carne”. Alguém afirmou, com muita propriedade, que “a tragédia básica da experiência humana caída é que um ser criado por Deus e para Deus, vive agora sem Deus”. Andar segundo a carne é a conseqüência desta tragédia. Não há méritos em viver alheio à vida de Deus (Ef 4.18), seguir os próprios pensamentos e inclinações (Is 53.6) de uma natureza que jaz em iniqüidade (Rm 7.24). Morto em delitos e pecados, o homem é tanto um rebelde quanto um fracassado (Ef 2.1-3). O ser humano nasce em pecado, existe em pecado e continua vivendo em pecado, em eterna rebelião contra Deus.

3. Os que andam “segundo o Espírito”. De acordo com o original, “inclinar-se” indica a ação total da personalidade humana (razão, vontade e sentimento) em sujeição à carne ou ao Espírito (vv.5-7). “Inclinar-se para as coisas do Espírito” é muito mais do que uma mera disposição mental. Trata-se de dispor a razão, a vontade e os sentimentos ao domínio do Espírito. É viver na direção do Espírito de Cristo (vv.9,10). O maior interesse do cristão deve ser as coisas do Espírito. Aquele que se inclina para o Espírito prioriza, acima de tudo, o seu relacionamento com Deus (Mt 6.33). Além de ter consciência do pecado, foge dele (Hb 12.1). Por fim, reconhece sua fraqueza e busca o auxílio do Espírito Santo (Jo 16.13; Rm 8.26,27).

 

II. A VERDADE SOBRE A SANTIFICAÇÃO

 

Nas Sagradas Escrituras, o termo santificar, significa “ser consagrado”, “santo”, “santificado”, “separado”. A palavra é usada para distinguir entre o santo e o profano e entre o especial e o vulgar (Êx 30.29,32,37; Lv 10.10). Quando esta qualidade é aplicada, afirma-se que este objeto, ou pessoa, é separado para o serviço a Deus (Lv 20.26 cf. Êx 40.9; Lv 11.44). A santificação é a ação do Espírito Santo na vida do crente, separando-o e purificando-o para adorar e servir ao Senhor (Tt 3.5-7; 2 Pe 1.4). Por meio dela, o Espírito Santo aplica à vida do crente a justiça e a santidade de Cristo, com vistas ao seu aperfeiçoamento.

1. A santificação. A santificação envolve: a separação do crente em relação ao mundo e a sua completa dedicação ao serviço de Deus: “Assim, pois, se alguém se purificar a si mesmo destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda a boa obra” (2 Tm 2.21). A vontade de Deus para a vida do crente é que este seja santo (1 Ts 4.3,4). A Bíblia afirma que somos santificados tanto pelas Escrituras (Jo 15.3; Sl 119.9; Tg 1.23-25) quanto pelo sangue de Jesus (Hb 10.10,14; 1 Jo 1.7). E que a santificação é uma obra da qual a Trindade participa: O Pai (Jo 15.1,2; 17.5-7); o Filho (Hb 10.10; 2.11) e o Espírito Santo (Rm 15.16; 1 Co 6.11; Gl 5.22-25).

2. “Estar em Cristo”. Esta expressão ocorre cerca de seis vezes nas epístolas paulinas (Rm 8.39; 2 Co 5.17; 2 Tm 1.1,13; 2.1,10). A preposição “em”, no original, é usada para descrever o íntimo relacionamento entre o Pai e o Filho (Jo 10.38; 14.20) e a posição do crente regenerado “em Cristo” (Rm 6.11,23; 1 Co 1.30).

“Estar em Cristo” é desfrutar da mais profunda comunhão espiritual com Jesus (1 Co 1.30; Ef 1.3). É obter a mais completa segurança de salvação (Ef 1.3-14). “Estar em Cristo” significa também estar unido a Cristo; é fazer parte dEle. O próprio Jesus deixou a ilustração da videira e dos ramos para demonstrar esta união íntima e orgânica entre Ele e o seu povo (Jo 15.1-6). Há também a ilustração do corpo, cuja cabeça é Cristo (1 Co 12.27). Se nEle permanecermos, nEle seremos glorificados. Se Ele morreu, morremos com Ele; se Ele ressuscitou, ressuscitamos com Ele (Rm 6.3-11; 8.11,17,29,30). Esta plena identificação com Cristo garante que, finalmente, seremos apresentados perfeitos, sem mácula, diante da sua glória (Jd v.24).

3. A nova vida. Segundo as Escrituras, o crente não apenas foi ressuscitado com Cristo (Rm 6.6-11; 1 Pe 1.3,4), como também participa da natureza divina. Ele possui uma nova vida proveniente de Cristo e em Cristo. Portanto, ser cristão implica uma mudança radical de vida (Cl 1.13), que inclui o repúdio ao “velho eu” com todos os andrajos do pecado.

Como deixamos de uma vez por todas o velho homem, devemos também deixar de lado todo comportamento pertencente à vida passada. Nosso comportamento deve ser coerente com a nova vida que dEle recebemos. É o que nos ensina o Novo Testamento (Ef 4.17-32; Cl 3.5-17; Rm 8.1-13; Tt 3.3-7).

4. Santidade e novidade de vida. A santidade não isola o crente do convívio social; pelo contrário: é demonstrada em nossos relacionamentos cotidianos (1 Co 1.2; 10.31; Cl 3.12; 1 Pe 1.15). Entretanto, não basta deixarmos a conduta da vida passada; é necessário passar a viver a nova vida em Cristo (Rm 6.4). Isto significa que não é suficiente deixar de mentir; é necessário dizer a verdade (Ef 4.25-32). Não basta despojar-se do “velho homem”; é essencial vestir-se do novo (Ef 4.22,24). A santificação, por conseguinte, é viver de acordo com a nova vida que recebemos. Isso exige esforço por parte do crente. Muitos imperativos bíblicos acionam a responsabilidade humana: Operai (Fp 2.12,13); buscai (1 Ts 4.1); mortificai (Cl 3.5); andai (1 Ts 4.1-5); fugi (2 Tm 2.22); segui (Hb 12.14).

 

A Palavra de Deus é enfática em afirmar que o homem que depende unicamente dos seus esforços para se santificar está fatalmente condenado ao fracasso. Se o homem não estiver em Cristo e não contar com a presença do Espírito Santo para suplantar suas tendências carnais, continuará resistindo a Deus; continuará distante do caminho da santificação e fora da dimensão do Espírito Santo.

 

Amor de Deus e Consagração Pessoal

É maravilhoso compreender essa verdade: “Deus nos amou e deu seu Filho para morrer na cruz em nosso lugar”. Ao perceber que fomos comprados por tão alto preço, o nosso coração precisa responder também a esse amor (Jo 3:16).

 

Mergulhar nesse amor é experimentar a verdadeira vida e isto nos leva à consagração total.

 

 

III. O significado da consagração a Deus:

Consagração é o oferecimento de culto a Deus. É um ato de adoração profunda e sincera. Consagrar-se é apresentar-se diante de Deus com as mãos cheias. É ter o que oferecer ao Senhor. O ato de se consagrar ao Senhor significa oferecer-se a Deus para ser apenas um servo, em sacrifício vivo, santo e agradável. Paulo nos diz isto em Rm 12:1: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.

 

Podemos perceber que de maneira tríplice nós nos tornamos propriedade de Deus: 1) porque Ele nos criou (Sl 24:1); 2) porque Ele nos amou e comprou com o sangue precioso de Jesus (I Pe 1:19); 3) porque nós o amamos e nos entregamos a Ele em consagração total, nos demos como “sacrifício vivo” ao Senhor (Rm 12:1).

 

IV. O alvo supremo da consagração

O alvo supremo da consagração é o serviço ao Senhor. O “sacrifício vivo” ficava na presença do sacerdote por tempo indeterminado: no caso de animais, poderia ficar para o serviço do campo ou poderia ser oferecido a Deus em holocausto a qualquer momento.

 

Em termos humanos, temos o exemplo de Samuel, que foi um sacrifício vivo, oferecido por sua mãe, Ana, e seu pai, Elcana. Samuel cresceu na presença de Deus desde pequeno, morando no templo e obedecendo às orientações do sacerdote Eli. Foi chamado para o serviço profético e sacerdotal, e serviu também como juiz e líder em Israel.

Você já vive a nova vida vitoriosa em Cristo? Ele é o Senhor de todo o seu viver? Pense nisso. E, agora mesmo, tome uma firme resolução, a fim de desfrutar das bênçãos provenientes da santificação.

Todo crente deve ser um servo. Deve estar pronto a cumprir a vontade do Pai Celestial. Deve amar como Jesus amou. Deve estar ligado ao “corpo de Cristo” e viver em santidade e prontidão para o Senhor.

 

Quando compreendemos o valor que temos para Deus, o preço que custamos para Ele, o propósito que Ele tem para nossas vidas, então, há grande alegria em dizer: “eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim”.


AÇÃO DA CONSAGRAÇÃO INTERCESSÓRIA

Todos os líderes de intercessão tem a responsabilidade de consagrar a igreja, os objetos, e as atividades que acontecerão na obra do Senhor, através das seguintes atitudes:

 


    1. ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO

    2. UNÇÃO DE CONSAGRAÇÃO

    3. VOLTA PROFÉTICA DE CONSAGRAÇÃO

1. ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO

Trata-se de uma ação espiritual onde o líder juntamente com a sua equipe de intercessores devem realizar uma oração de consagração todos os domingos (1o. dia da semana), como primícia (antes de qualquer atividade da igreja).

O propósito é que todos os domingos, às 7:00 hs da manhã, isto é, 1 hora antes do 1o. culto da igreja na semana, a equipe de intercessão deve se posicionar em oração para cobertura e consagração:


    1. Dos Cultos 

    2. Dos Ministérios

    3. Dos Eventos

    4. Das Atividades

    5. Dos Líderes

    6. Dos Oficiais

    7. Dos Membros

    8. Do Local do culto e dos locais onde ocorrerão as atividades

    9. Dos Eventos

    10. Dos Desafios e Compromissos Espirituais

    11. Dos Propósitos Espirituais

    12. Das Ministrações e Ações Proféticas


Essa oração de consagração dos itens acima, deve ser realizada das 7:00 às 7:40 hs


2. UNÇÃO DE CONSAGRAÇÃO

Das 7:40 às 7:50 hs deve-se ungir todos os objetos, salas e altar (apenas tocar com pouquíssimo óleo nas mãos em áreas que não afete o funcionamento dos objetos.. Ter muito cuidado com isso)

O líder da equipe será responsável por consagrar os objetos do altar e os intercessores ungirão e consagrarão as cadeiras, objetos da nave, hall de entrada e salas do imóvel da igreja (com o mesmo cuidado para não sujar, nem afetar os objetos com óleo).

Também nesse período (7:40 às 7:50 hs) deve-se ungir os intercessores e a equipe de diaconia da manhã, para que estes também estejam consagrados ao Senhor.

3. VOLTA PROFÉTICA DE CONSAGRAÇÃO

Das 7:50 às 8:00 hs, deve-se realizar uma volta profética pelo líder juntamente com alguns dos intercessores para unção e consagração da quadra da igreja, profetizando para liberação de toda a região para o Senhor.

ATENÇÃO

Esses atos são proféticos e não podem deixar de ser realizados. Portanto, nesse horário (das 7:00 às 8:00 hs) reservado para a consagração, não pode ocorrer outra atividade do Ministério de intercessão, como reuniões, ministrações ou qualquer outra atividade que deixe a igreja descoberta em relação à atividade primordial da consagração.

Segue em anexo a essa diretiva 2 vídeos da Escola de Profetas sobre Consagração e Óleo da Unção.

A obediência as diretivas apostólicas faz com que se estabeleça uma liga no céu com o que está sendo realizado na terra, e por isso, cada líder e intercessor tem sua parcela de responsabilidade com tudo o que vai acontecer na igreja a partir desse ato profético, que faz com que o Senhor tenha total autoridade e direito por consagração a Ele.

Pratiquem com zelo o ato consagratório, e se preparem para um tempo de proteção, crescimento e expansão do Reino de Deus na terra.