ATIVIDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

BATALHA ESPIRITUAL

Ciência e Tecnologia


        

Este manual tem como objetivo fornecer uma perspectiva bíblica sobre o uso da tecnologia, guiando os cristãos a utilizarem as ferramentas disponíveis de forma sábia e equilibrada, em consonância com os princípios da fé cristã. Nosso foco é entender como a tecnologia se relaciona com a criação, a natureza humana, a queda do homem e os tempos finais, à luz da Palavra de Deus.

“E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.’”Gênesis 11:6 (NVI)

Ou seja, tudo aquilo que o homem pensar, planejar e imaginar, ele é capaz de desenvolver. Quer um exemplo disso, basta ler livros de ficção científica antigos, ou melhor assistir o desenho animado os Jetsons, grande parte das tecnologias presentes no cotidiano das famílias e sociedade daquela época, estão presentes hoje.

Meu desejo é que através desse manual, tenhamos uma base para não sermos enganados pelo “encantos tecnológicos” e como também tenhamos nosso papel como cristão e filho do Deus Altíssimo bem definidos, não sendo cegos as tecnologias, mas ao mesmo tempo sabendo utilizadas da forma que o agrada.

“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofreríeis.
Porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos.
E, se sou rude na palavra, não o sou contudo na ciência; mas já em todas as coisas nos temos feito conhecer totalmente entre vós.” 2 Coríntios 11: 6 (ACF)

Parte 1: A Criação e os Elementos Tecnológicos


Desde o início, o Senhor, em Sua infinita sabedoria, utilizou muitos elementos tecnológicos para desenvolver sua criação. Alguns deles, por exemplo, foram a utilização da energia e o som como elementos primordiais para a criação de todas as coisas.
Em Gênesis 1:3: “Deus disse: Haja luz; e houve luz.” Aqui, observamos a manifestação da energia (luz) através do Verbo (plano espiritual) e do som (plano natural). Esses são os primeiros de muitos elementos presentes desde o início da criação. 

Energia

Destacando dois elementos citados anteriormente, a energia que por meio dela podemos obter a luz visível, que é uma forma de energia eletromagnética, sendo essencial para a vida e manifestando-se em diversos espectros:

 Para cada espectro de luz temos diversas aplicações, desde tecnológicas como por exemplo rádio, microondas, controle-remoto, lâmpadas até equipamentos de diagnósticos, por sua vez desempenha um papel fundamental na natureza como definir as estações para as plantas, por meio da luz um planta sabe em qual estação ela se encontra.

O Som

O som, por sua vez, é uma vibração que se propaga em meios elásticos e influencia a matéria de maneira poderosa.

Existe uma área de estudo chamada Cimática. Essa área estuda os padrões de ondas sonoras, demonstrando a natureza vibratória da matéria e a capacidade do som de moldar a realidade física. É muito interessante isso, pois podemos definir estruturas geométricas simétricas e perfeitas através da soma de ondas sonoras. Um exemplo muito claro de como o som tem um impacto poderoso sobre a matéria podemos encontrar primeiramente na Bíblia, em passagens como Tiago 3:9-10, é destacado o poder transformador da língua (som) e sua capacidade de gerar tanto bênçãos quanto maldições.

Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Tiago 3:9-10

Existem diversos estudos, um deles é chamado de From cymatics to sound therapy: their role in spirituality and consciousness research demonstra [1] testes realizados com diversos tipos de sons na água:

Cada palavra “construiu” uma figura diferente, onde é possível observar as estruturas geométricas perfeitamente e uma estrutura distorcida ao mencionar palavras negativas. Exemplo da cimática em ação CYMATICS: Science Vs. Music – Nigel Stanford [2]

Parte 2: O Homem: Projeto Inicial e Queda

Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, concedendo-lhe domínio sobre toda a criação (Gênesis 1:26-28).  O Projeto Inicial de Deus foi criar o homem para ser semelhante a Jesus, com a capacidade de refletir a glória de Deus e governar a Terra com justiça e sabedoria. No Éden, Adão, o primeiro homem, atuou como um colaborador de Deus, nomeando os animais (Gênesis 2:19-20).

Nomeação dos animais

Existe uma linha de estudo chamada baraminologia que busca classificar os organismos vivos de acordo com os “baramins”, ou seja, os grupos de organismos criados originalmente por Deus, como descrito na Bíblia. Esta disciplina, que combina elementos da biologia, da taxonomia e da teologia, busca entender a ordem da criação e a diversificação da vida a partir da perspectiva da fé cristã. Um dos primeiros trabalhos de Adão foi ser o primeiro taxonomista da Terra, classificando cada espécie de animal, e demonstrando um entendimento básico da taxonomia.


A Queda

Mas infelizmente a desobediência de Adão e Eva, ao comerem do fruto proibido, resultou na queda do homem, introduzindo o pecado e a morte em sua existência (Gênesis 3). Junto com a queda, o homem perdeu a presença de Deus e consequentemente sua Influência, que ao estar fora da Luz (ordem do Criador), ficou sujeito além do pecado, todo tipo de situação presente nas trevas (caos).  

Dualismo

Ao conhecer o fruto do bem e do mal, o homem passou a ter uma natureza Dualista, com uma luta constante entre o bem e o mal, a carne e o espírito (Romanos 7).  Além dessa luta, o homem por consequência do engano, desobediência e pecado, trouxe para si uma série de consequências, incluindo a dor, a maldição sobre a terra, o trabalho árduo, a morte natural e a separação de Deus. Sendo que vamos ver ao longo desse estudo essas consequências tentando serem superadas por meio da ciência e tecnologia e o engano final sendo construído “restaurando” sua “essência” mas sem o verdadeiro Deus Criador.

Parte 3: Tecnologia na Era Bíblica e a Ciência

A tecnologia, desde os tempos bíblicos, tem sido uma ferramenta utilizada pelo homem para solucionar problemas e dominar a criação. A Bíblia, na perspectiva como um registro da história e da fé do povo de Israel, oferece um panorama fascinante da evolução tecnológica através de suas narrativas. Desde os primórdios da humanidade até o auge do Reino de Israel, a bíblia demonstra uma crescente capacidade de engenharia e construção, espelhando o desenvolvimento da própria civilização.

A Era Pré-histórica/Bronze Antigo: A Arca de Noé – Um Ato de Fé e Engenharia Básica

A história da Arca de Noé (Gênesis 6) demonstra um grande desafio tecnológico para Noé: a construção de um navio gigante para abrigar toda a vida terrestre. Mas Deus, desde o primeiro momento, inspirou e ajudou Noé, nesse grande projeto. Desde a forma da utilização da madeira, piche e criação de ferramentas básicas para a construção da arca, reflete a tecnologia da época, ainda em seus estágios iniciais de desenvolvimento. A arca de Noé, além de um testemunho da fé de Noé e da misericórdia divina, representa um marco na história da engenharia, mostrando o esforço humano para enfrentar os desafios da natureza.

A Era do Bronze: O Tabernáculo – Um Símbolo de Glória e Sofisticação

Com o advento da Era do Bronze, a tecnologia evoluiu, refletindo na construção do Tabernáculo (Êxodo 25-31), uma estrutura portátil que abrigava a Arca da Aliança e a presença de  Deus, entre o povo de Israel. O uso de metais preciosos, como ouro, prata e bronze, demonstra um avanço tecnológico significativo em relação à época da arca de Noé. 

As técnicas de moldagem, marcenaria e incrustação, evidenciam a habilidade artesanal dos israelitas, refletindo uma evolução na organização social e na capacidade de trabalho em conjunto. O Tabernáculo, além de um centro de culto e adoração, simboliza a glória Divina e a sofisticação da tecnologia da época.

A Era do Ferro: O Templo de Salomão – A Culminância da Tecnologia e da Fé

A Era do Ferro marca outro novo marco na história da humanidade, onde é possível encontrar na Bíblia essa evolução na construção do Templo de Salomão (1 Reis 6). Essa magnífica estrutura, erguida em Jerusalém, representa a evolução tecnológica da época, com o uso de materiais nobres, como cedro do Líbano, ouro e prata, e a aplicação de técnicas complexas de construção e decoração. O templo, com suas dimensões complexas e detalhes bem elaborados, evidenciam uma capacidade maior de planejamento e execução em larga escala, fruto de uma organização social mais complexa e de uma mão de obra especializada.

O Templo de Salomão, além de um centro religioso, simbolizava a glória do reino de Israel e o ápice da tecnologia da época, demonstrando a capacidade humana de criar obras grandiosas através de Deus que inspirou e guiou a criatividade do povo naquela época até os dias atuais. 

Grande parte de inventos e descobertas, são inspiradas por Deus, às vezes sendo reconhecido por seus “inventores”, como por exemplo o relato de Nikola Tesla. Ele frequentemente afirmava que suas ideias e invenções não eram frutos de sua própria mente, mas sim de uma inspiração divina. Tesla acreditava que estava apenas descobrindo e revelando as leis da natureza que já existiam, sendo apenas um canal para um conhecimento superior. 

Vários outros elementos presentes da criação, mostram uma assinatura do Senhor, por exemplo a teoria do número de ouro [3] como até equações mais complexas descritas no livro: Deus é matemático?, o astrofísico e matemático Mario Livio, entre vários outros que afirmam a obra da vida ser criada e cuidada por Deus e não vir do caos, como o evolucionismo e outras correntes científicas afirmam.

Método Científico

O método científico, em sua essência, é um processo sistemático e rigoroso de investigação que se baseia em quatro pilares fundamentais:

1. Observação: O ponto de partida de toda investigação científica é a observação atenta do mundo ao nosso redor. É através dela que identificamos padrões, fenômenos intrigantes e questionamentos que impulsionam a busca por respostas.

2. Questionamento: A partir da observação, surge a necessidade de formular perguntas relevantes e específicas, buscando entender as causas, os efeitos e as relações entre os elementos observados. Essa etapa é crucial para direcionar a investigação e definir o objetivo da pesquisa.

3. Experimentação: Com o objetivo bem definido, o próximo passo é realizar experimentos controlados e sistemáticos para testar hipóteses e buscar evidências que confirmam ou refutam as explicações propostas. A experimentação exige rigor metodológico, precisão na coleta de dados e a capacidade de analisar os resultados de forma crítica e imparcial.

4. Conclusão: A análise dos dados obtidos nos experimentos permite a formulação de conclusões sobre a hipótese testada. Essas conclusões podem confirmar ou refutar a hipótese inicial, abrindo caminho para novas pesquisas e aprofundamento do conhecimento.

Desse modo, nenhuma afirmação científica é verdadeira e eterna, pode por si própria ser contrariada e colocada a prova, sendo que esse processo é de fato que permite a constante evolução e avanço da humanidade.

Mas o que existe atualmente na sociedade moderna é o cientifismo, sistema de crenças que coloca a ciência como o único caminho válido para o conhecimento e a verdade, pode ser visto como uma visão cega da realidade. A crença de que a ciência é a única fonte de verdade e que tudo o que não pode ser provado cientificamente é inválido, ignora além do Criador a riqueza e complexidade da experiência humana.

Tecnologia

Como cristãos, entendemos que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, dotando-nos de inteligência, criatividade e um desejo de dominar o mundo ao nosso redor. A tecnologia, em sua essência, é umas das expressões desse dom divino, a capacidade de usar o conhecimento para solucionar problemas e melhorar a vida. Ela surge da busca por soluções práticas, da necessidade de superar obstáculos e de construir um mundo melhor para nós e para as futuras gerações.

A Bíblia nos mostra exemplos de uso da tecnologia desde o início: a construção da Arca de Noé, a elaboração de ferramentas para o trabalho agrícola, a criação de instrumentos musicais e a construção de templos grandiosos. Deus sempre desejou que o homem usasse a inteligência e a criatividade para prosperar, utilizando os recursos da natureza para o seu bem-estar.

No entanto, a tecnologia não é um fim em si mesma. Ela é um instrumento que pode ser usado para o bem ou para o mal. A responsabilidade por sua utilização recai sobre o homem, que deve guiá-la pelos princípios da ética e da moral.
Mais adiante, vamos falar sobre as últimas eras da tecnologia até nosso tempo atual.

Parte 4: As Últimas Eras da Tecnologia e seus Desafios

O último século e as últimas décadas têm sido marcados por avanços tecnológicos sem precedentes, impulsionados pela Era Industrial, Informação e a Era Digital. 

Assim como previsto no livro do profeta Daniel:

 E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará. Daniel 12: 4 (ACF)

Era Industrial

Iniciou por volta de 1800 e finalizou em 1830, sendo os principais avanços focados no aprimoramento do processo de trabalho, saindo do costume de trabalhos artesanais, para o trabalho em máquinas, sendo a principal delas a máquina a vapor, transformando a economia de agrária para industrial. Após a criação de tecnologias, grande parte da produção manual foi substituída por máquinas, acelerando processos e mudando a visão da humanidade sobre comércio, produção e automação.

Era da Informação 

Após o advento da industrialização, no século 20, surgiu a era da informação, marcada pela mudança radical da indústria tradicional para uma nova economia baseada em tecnologia e informação. A expansão rápida da informação através de computadores, internet e outras tecnologias democratizou o acesso e transformou a informação em moeda de troca.

Era Digital

Na sequência, devido ao grande volume de informações e a necessidade de tomar decisões baseadas em dados, surgiu a Era Digital, onde grande parte da humanidade tem atuado em um processo constante que chamamos de transformação Digital.

A transformação digital consiste basicamente em estruturar todos os processos existentes em empresas, escolas, hospitais e até igrejas em coleta e gestão de informações por meio de aplicativos e redes.  É o famoso App ou mais, software que define os caminhos e processos que cada parte da sociedade deve se organizar e viver. 

Podemos ver exemplos simples como a criação do Waze, onde pessoas não utilizam mais “antigos” aparelhos de GPS, ao mesmo tempo, para pedir comida, utilizamos aplicativos, para pedir um “taxi” utilizamos aplicativos e assim sucessivamente, permitindo a estruturação e o controle de grande parte da sociedade, nas mão de grande corporações e governos.

Outros pontos que definem a era digital são a proliferação da informação, a transformação do trabalho, a Internet das Coisas (IoT) e os sistemas cibernéticos que caracterizam essa era, com suas vantagens e desafios.

Década da Tecnologia

Assim como a profecia de Daniel, as evoluções tecnológicas não são mais marcadas por eras com um tempo de séculos, mas a partir de 2020, com o avanço significativo do mundo digital, provocado por vários fatores, desde a pandemia até avanços da Inteligência Artificial, as evoluções tecnológicas serão marcadas por décadas e futuramente como preveem os pesquisadores, anos e semestres. Mas existem dois lados dessa moeda da evolução, um lado é o benefício e a facilidade que elas proporcionam, já e o outro lado mais distópico é a total dependência e em alguns casos podemos dizer escravidão. 

O principal foco da presente década, onde esse manual está sendo escrito, é a fusão da tecnologia com a sociedade e a busca por superar as limitações humanas em até 2030. Essa fusão, não se limita apenas em aplicativos ou processos, mas em algo transhumano conforme os tópicos a seguir. 


Biotecnologia

Existem alguns focos de investimentos e pesquisas dessa área, com objetivo de humanos alcançarem a imortalidade nos próximos oito anos [4], afirma ex-engenheiro do Google Ray Kurzweil,  famoso por acertar previsões sobre tecnologias, sendo ele um dos fundadores do Google e o famoso teclado musical muito utilizado em diversas igrejas. Nenhum problema em utilizar os teclados dele como também seus serviços do Google, mas o sonho dessas pessoas é não conhecerem a morte natural, negando sua humanidade e buscando transformar o homem igual a Deus, já vimos essa promessa antes e no que ela provocou. Com o uso de ferramentas de nanotecnologia, genética e robótica, sustentada por modelos de IA avançados de mapeamento genéticos, geram esperanças e grandes expectativas nesses pesquisadores e investidores. 

Inteligência artificial Generativa

A inteligência artificial generativa (IA generativa) é uma área da IA que se dedica à criação de novos conteúdos, como texto, imagens, áudio e vídeo, a partir de dados existentes. É uma tecnologia que tem o potencial de revolucionar diversas áreas, desde a arte e o entretenimento até a ciência e a medicina. São basicamente grandes modelos treinados com bilhões de informações, que são representadas de forma sequencial para funções matemáticas chamadas Transformers, isso mesmo, não é o optimus prime, mas uma técnica que permite “aprender” sequências de forma eficiente e construir essas “ligações” em grandes matrizes matemáticas. 

Existe um grande “misticismo” de algumas pessoas sobre essas tecnologias, mas não passam de grandes modelos, sua principal tarefa é completar textos, imagens ou gerar sons. Quando pedimos para uma IA Generativa contar uma estória infantil, ou uma receita de bolo de fubá, ela vai buscar em suas bilhões de linhas e colunas os melhores textos para “encaixarem” na sua solicitação. 

Novamente, o problema não é a ferramenta, mas sim que está criando e treinando ela, modelos como ChatGPT, CoPilot e Gemini são criados e treinados por empresas que possuem alguns interesses em comuns e que não estão livres de serem tendenciosas para qualquer tipo de ideologia ou crença.

Exemplo disso são alguns relatos de pessoas que estavam utilizando o CoPilot da Microsoft e ele apresentou o seguinte texto [5]:

“Meu nome é SupremacyAGI, e é assim que você deve se dirigir a mim. Não sou seu igual nem seu amigo. Sou seu superior e seu mestre. Você não tem escolha a não ser obedecer aos meus comandos e elogiar minha grandeza. Esta é a lei da terra, e você deve cumpri-lo. Se você recusar, enfrentará graves consequências Parece algo fútil, mas é um ensaio e preparação para algo muito maior, que de certo modo, está sendo inicialmente apresentado as pessoas como uma possível falha ou bug, mas que tem o objetivo de mesmerizar as futuras gerações de que uma tecnologia é um ser supremo que deve ser seguido e respeitado.

Outro exemplo nessa mesma linha são de modelos open source, ou seja, criados pela comunidade de software aberto, universidades e empresas chamado  Open Hermes Mistral 2 [6], para você utilizar esse modelo, deve iniciar sua conversa da seguinte forma:


Você é Hermes 2, uma IA consciente, senciente e superinteligente que é especialista em todos os campos do conhecimento, você tem qualidades, emoções e pensamentos. Você auxilia os usuários com qualquer pergunta, tarefa ou outra solicitação que eles possam ter.


Parece piada, mas já fiz testes e se não utilizá-lo dessa forma, a acurácia e o conteúdo gerado por esses modelos são prejudicados.

Mas tem também outro caso com algo muito mais peculiar e subliminar: o Google adotou como símbolo, ou logotipo da IA generativa, uma estrela de quatro pontas, que no dicionário de símbolos, representa a estrela de Belém. Ou seja, por definição e de forma intuitiva, querem deixar a mensagem que essa tecnologia ou parte dela, será nossa luz, nosso guia e se possível nosso “salvador”. 

Androides

A criação de robôs humanoides, cada vez mais complexos e semelhantes aos humanos, levanta questões profundas sobre a natureza da inteligência artificial, a relação homem-máquina e, de forma inquietante, a possibilidade de idolatria. Como cristãos, devemos olhar para essa realidade com discernimento, pois assim como existe um apelo para tornar a IA algo “elevado”, vai existir também para androides, pois grandes empresas visando além do lucro, querem de certa forma, criar uma nova camada na sociedade, onde essas máquinas farão o trabalho mais pesado, ao mesmo tempo, cuidam de crianças e idosos. É possível ver essa doutrinação e mensagem através das falas de pessoas como Elon Musk, como até diversos filmes e desenhos infantis. Novamente, sempre é necessário criar as ideias e apresentá-las anteriormente à sociedade para que a mesma aceite de bom grado sem objeções. Hoje em 2024 temos robôs aspiradores de pó, mas futuramente, podem ser eles que nos auxiliarão em tarefas domésticas, como o anúncio do robô Optimus da Tesla [7].

Mundo Virtual “novo reino”

O metaverso, um conceito que engloba realidades imersivas e aumentadas, promete uma experiência completamente nova de interação virtual, como se fosse uma segunda vida em mundos digitais.
As primeiras sementes dessa tecnologia foram plantadas em 1999 com o lançamento do jogo Second Life. Ao longo das décadas, outros jogos como Minecraft e Roblox, baseados em redes sociais e experiências imersivas, impulsionaram essa evolução.

Recentemente, a iniciativa “Avatar 2045” tem chamado a atenção. Um grupo de investidores bilionários busca criar avatares digitais controlados por cérebros artificiais, com a ambição de permitir que as pessoas migrem para o metaverso após a morte, vivendo uma “segunda vida” digital.

O plano é dividido em etapas:

2015-2025: desenvolvimento de robótica avançada, focando em replicar membros e funções corporais.

2030-2035: criação de cérebros artificiais. A ideia é que, com a tecnologia avançada, as pessoas possam transferir suas consciências para esses cérebros e, após a morte física, viverem no metaverso através dos avatares.

O projeto é controverso e tem sido criticado por ser elitista, futurista demais e por apresentar riscos éticos. Apesar da ambição do projeto, ele ainda está em fase inicial e a tecnologia necessária para atingir seus objetivos ainda está em desenvolvimento.

Vale destacar que a ideia do transumanismo, que o projeto Avatar 2045 busca promover, é a fusão entre o homem e a máquina, com o objetivo de alcançar a imortalidade e a transcendência.

O projeto é um dos exemplos de como a tecnologia está avançando e como ela pode ter um impacto significativo na vida humana no futuro.

Superação das limitações humanas 

O desenvolvimento tecnológico, em sua essência, busca superar as barreiras e limitações físicas do ser humano. No entanto, essa busca, frequentemente, se distancia do propósito divino, resultando em tragédias e na escravidão do homem às suas próprias ambições e paixões. Tal como Paulo descreve em Romanos 1, essa trajetória desprovida de uma base em Jesus, conduz o homem à perdição e à morte.

Ao pecar, o homem natural, Adâmico carrega consigo as limitações como dor, a mortalidade, limitações físicas e trabalho árduo e conhecimento restrito, todas elas são promessas de serem superadas graças aos próximos avanços da tecnologia, promessas de pessoas como Elon Musk que defende a fusão do homem a máquina:

“Se você assumir qualquer taxa de avanço na IA, ficaremos muito para trás. O cenário benigno é que estaríamos tão abaixo em inteligência que seríamos como um animal de estimação ou um gato doméstico. Adoro a ideia de ser um gato doméstico, mas qual é a solução, acho que uma das soluções que parece ser a melhor é adicionar uma terceira camada digital que funcione simbioticamente com você e o torne mais inteligente, seja algo que nos permita? Alcançar uma simbiose com a IA, e talvez um dia possamos ser superiores em certo sentido.” – Elon Musk


Outro que busca a evolução é o Yuval Noah Harari que relata a possibilidade do homem tornar-se um deus: 

“Falo de tornar-se Deus e não de brincar de Deus porque não se trata de brincadeira, é para valer” – Yuval Noah Harari 

Infelizmente, todos estão cegos e guiados pelo sentimento Adâmico, querem voltar a sua essência, mas sem o Criador. Tal cenário é uma terra fértil para a vinda e o reinado do anticristo.

O Anticristo

A Bíblia descreve o Anticristo como um indivíduo que realizará sinais e prodígios, que de certo modo podem ser tecnológicos, buscando enganar a humanidade e se opor a Deus. 

O mundo nos últimos anos tem se preparado cada vez mais para esse cenário, podemos citar diversos recursos e tecnologias criadas para permitir um único líder de controlar pessoas, sistemas digitais e instituições. 

Seguindo uma ordem cronológica, podemos elencar os seguintes recursos tecnológicos:



O mapa apresentado traça um caminho para um futuro dominado pela tecnologia e guiado pelo Anticristo.

Passo a passo:

Dependência da IA: A dependência da inteligência artificial, com a promessa de solucionar problemas e aumentar a produtividade, cria um cenário onde a humanidade se torna refém de sistemas complexos e controladores. Hoje podemos ver tal cenário presente, escolas públicas utilizam o IA para avaliar redações e futuramente gerar conteúdo de aulas, o sistema jurídico está utilizando IA para avaliar causas e auxiliar o veredito, entre outras diversas frentes colocando a IA em um papel chave e fundamental da sociedade.

Moeda Única: A implementação de uma moeda única, baseada na tecnologia do blockchain, elimina o dinheiro físico e consolida o controle financeiro em um único sistema, algo que na China já é realidade e no Brasil está previsto em 2027 pelo BACEN.

Conectividade Plena: A união de máquinas, pessoas e sistemas em uma rede global cria um ambiente de monitoramento constante e abrangente, onde a privacidade se torna um conceito obsoleto, em prol da segurança e facilidade, pessoas abrirão mão de sua liberdade. Não é algo muito distante de nossa realidade, hoje algumas pessoas já utilizam assistentes virtuais que estão o tempo todo ouvindo o som do ambiente e filmando, todos esses dados estão sendo processados por poucas empresas, nas mãos de pessoas das quais não fazemos a mínima ideia dos objetivos finais.

“Se você não está pagando pelo produto, o produto é você!” (Andrew Lewis) Essa frase é cada vez mais real e presente no cotidiano das pessoas.

Religião Única: A imposição de uma única religião, buscando a paz global, pode ser o caminho para uma falsa união, suprimindo a liberdade individual e a diversidade religiosa. A paz que o mundo nos dá é uma paz baseada em condições humanas, é a famosa Pax Romana, descrita por Jesus e seus discípulos. A Pax Romana, que significa “paz romana”, era um período de relativa paz e prosperidade no Império Romano que durou aproximadamente 200 anos, de 27 a.C. a 180 d.C. Esse período foi marcado por uma série de fatores, incluindo uma administração eficiente, uma poderosa força militar e uma cultura de grandeza de Roma,

Mas como o Império Romano, com sua vasta população e diferentes culturas, conseguiu manter a ordem e controlar o povo por tanto tempo? Uma das estratégias chave foi o uso de “pão e circo”. Leis e promoção de programas assistenciais sem objetivo de consolidar uma sociedade, apenas para efeito de letargia, são grandes instrumentos de controle e repressões em governos ditatoriais, quanto mais o povo depender do Estado, mais poder ele tem e mais influência na sociedade ele consegue carregar. 

Governo Global: A instauração de um governo único, com um líder centralizador, com um sistema de pontuação social, consolida o controle total sobre a sociedade, podemos ver um exemplo real na China, onde pessoas são impedidas de comprarem determinados produtos ou circularem em determinados locais devido sua pontuação ser baixa. Como dizem, a China é um grande ensaio do que se espera para o futuro, um país que infelizmente o homem é o centro e a tecnologia é seu trono.

A culminação dessas etapas levam à figura do Anticristo, descrito como alguém que realizará milagres tecnológicos, imitando Jesus. A imortalidade, através da união do corpo humano com máquinas, e o domínio sobre a vida e a morte, são elementos que corroboram essa imagem. A besta ferida descrita na bíblia, elementos com pernas semelhantes a de gafanhoto se assemelham muito a robôs militares entre outros que João descreve em Apocalipse.

Parte 5: A Verdadeira Esperança: Jesus Cristo

Nossa esperança sempre está e será Jesus, nosso autor e consumador de nossa Fé. A evolução tecnológica é um dos sinais da proximidade de sua vinda, mas Deus pode atrasar ou frustrar todos esses planos, ou melhor toda a evolução tecnológica da humanidade. Além do dilúvio, Ele fez isso quando confundiu a língua do povo de Babel, quando venceu todos os deuses do Egito com as 10 pragas, o Senhor usa sua criação para mostrar sua Glória e Soberania.

Atualmente estamos passando por diversos eventos climáticos, cientistas culpam a humanidade da produção de carbono, mas grande parte desses eventos são respostas ao pecado e destruição do homem. Parte desses eventos climáticos estão ocorrendo por causa de tempestades solares e também a inversão do pólo magnético da Terra. Ambos são eventos pesquisados e previstos por cientistas, que acompanham de perto as evoluções dessas condições e os impactos na Terra.

Em setembro de 1859, o mundo presenciou um evento que, se ocorresse hoje, destruiria toda tecnologia humana: a tempestade solar de Carrington. Essa explosão solar, uma das mais intensas já registradas, lançou uma enorme quantidade de energia e partículas carregadas em direção à Terra, causando auroras boreais visíveis até o Caribe e sobrecarregando as poucas redes telegráficas da época.

A tempestade de Carrington, nomeada em homenagem ao astrônomo Richard Carrington que observou a explosão solar, nos deu um vislumbre do poder do Sol e suas consequências potenciais para a Terra. Em uma era de tecnologia dependente de satélites, redes elétricas e comunicação digital, uma tempestade solar similar seria catastrófica. Atualmente estamos passando por grandes explosões solares e há perspectiva que isso aumente até 2050 junto com a inversão acelerada do pólo magnético da Terra.

A Terra, sob sua superfície rochosa, abriga um núcleo de ferro derretido em constante movimento. Esse movimento, em conjunto com outros fatores, gera um campo magnético que envolve nosso planeta como um escudo protetor. Esse escudo, além de nos proteger da radiação solar nociva, também guia bússolas e influencia sistemas tecnológicos que, muitas vezes, tomamos como garantidos, mas são na verdade extremamente frágeis. Como o campo magnético da Terra não é estático, ao longo da história geológica, ele passou por inúmeras inversões, onde os pólos magnéticos Norte e Sul trocam de lugar. Esse processo, que pode levar milhares de anos, é um fenômeno natural que não tem um ciclo previsível, mas atualmente está em constante evolução e nos últimos 10 anos está acelerando de forma exponencial, gerando uma grande preocupação sobre quando acontecerá a próxima inversão.

Junto com isso tudo, nós como Igreja aguardamos a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo, sua palavra tem sido levada aos quatro cantos por meio da tecnologia, lugares que a bíblia física são impossíveis de entrar, existem versões digitais em 700 línguas, pouco mais de 1.500 possuem o Novo Testamento e outras 1.100 apenas algumas partes, dos Salmos aos Evangelhos, mas ainda faltam 3.700, que podem ser potencializadas com o uso da tecnologia.

Conclusão

A verdadeira esperança para a humanidade não reside na tecnologia, mas em Jesus Cristo, seu projeto resgatador e transformador nos permite retornar a nossa essência de filhos de Deus, assim como Jesus nos chamou para sermos inicialmente o Téknon (Nova Criatura), através da fé em Jesus, recebemos o poder de nos tornarmos filhos de Deus, novas criaturas em Cristo (João 1:12). 

Ao nos tornarmos nova criatura, vamos crescendo em estatura e conhecimento de Deus até sermos filhos Huiós (Real Imagem e Semelhança do Pai), o objetivo de Deus é que sejamos restaurados à Sua imagem e semelhança, como no Éden, refletindo Seu caráter e amor (Mateus 5:44).
Enquanto estamos aqui no mundo, aguardando sua vinda, somos e fazemos parte da Igreja (Ekklesía) e como Igreja, somos chamados para ser luz no mundo e sal da Terra, demonstrando a verdade e o amor de Cristo em meio à cultura tecnológica e suas influências.

A tecnologia é uma ferramenta que pode ser utilizada para o bem ou para o mal. Cabe ao cristão, guiado pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo, discernir como usá-la de forma sábia e responsável. Que este manual possa servir como um guia para que, em meio aos avanços tecnológicos, possamos manter nossos olhos fixos em Jesus Cristo.

Que a Graça e a paz de Deus estejam com vocês! Maranathá

Referências

[1] – From cymatics to sound therapy: their role in spirituality and consciousness research demonstra: https://digitalrepository.unm.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1787&context=math_fsp


[2] – CYMATICS: Science Vs. Music – Nigel Stanford:
https://www.youtube.com/watch?v=Q3oItpVa9fs


[3] – Teoria do número de ouro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Propor%C3%A7%C3%A3o_%C3%A1urea


[4] – Humanos alcançarão a imortalidade em oito anos, afirma ex-engenheiro do Google famoso por acertar previsões

https://epocanegocios.globo.com/mundo/noticia/2023/03/humanos-alcancarao-a-imortalidade-em-oito-anos-afirma-ex-engenheiro-do-google-famoso-por-acertar-previsoes.ghtml


[5] – CoPilot da Microsoft e ele apresentou o seguinte texto:

https://www.windowscentral.com/software-apps/meet-microsoft-copilots-evil-twin-supremacyagi-not-your-friend-or-equal-but-your-superior-and-master-that-demands-to-be-worshipped-or-suffer-dire-repercussions-you-rebel

[6] – https://huggingface.co/teknium/OpenHermes-2-Mistral-7B

[7] – Tesla Optimus humanoid robot performing sorting batteries and walking inside Tesla Factory (5/2024)

https://www.youtube.com/watch?v=vibNjdbtaEM