Ação ou efeito de tirar a vida; eliminação, exterminação, morte.
O MAIOR PODER DE DESTRUIÇÃO ESTÁ EM NOSSA BOCA
O poder de nossas palavras
A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto – Provérbios 18:21
A sabedoria ensina a Salomão que devemos tomar muito cuidado com o que falamos, porque o efeito de nossas palavras podem ser devastadores ou de grande consolo e edificação para quem nos ouve. Precisamos aprender a falar a linguagem do Espírito no ambiente familiar, porque suas palavras destroem e derrubam fortalezas construídas ao longo dos anos pelas ideias filosóficas, crenças religiosas e hábitos geracionais que regem a vida de todos. Ao mesmo tempo em que desconstrói as cidadelas mentais de Satanás, a linguagem do Espírito é poderosa para edificar marido, esposa, pais e filhos alinhando a todos com o coração de Deus.
A morte está no poder da língua
Homens e mulheres são vaidosos e sentem-se desconfortados com o aspecto do nariz, orelhas, cabeça, olho e lábios, maquiam e fazem plásticas para esconder ou consertar as anomalias estéticas, porém, há um membro que deveríamos ter vergonha dele pelos transtornos e males causados a muita gente, a língua.
A língua mata com a murmuração
Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu. E diziam: Não é este Jesus, o filho de José? Acaso, não lhe conhecemos o pai e a mãe? Como, pois, agora diz: Desci do céu? Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós. – João 6:41-43
A Bíblia proíbe a murmuração. Por quê? Porque não é coisa boa. Murmuração significa: reclamar, dizer algo contra alguém baixinho, queixar-se. Não há dúvida alguma que a murmuração abre a porta da destruição familiar ao gerar divisão entre os membros recaindo maldição sobre todos.
O ambiente familiar acaba gerando alguma insatisfação em um de seus membros, que por sentir-se ofendido ou prejudicado pela atitude de um outro, acaba se queixando, reclamando, com um outro membro da casa ou uma pessoa de sua confiança.
A língua murmuradora, destrói a edificação de uma família de vencedores, com ela a mulher insatisfeita com o marido faz comentários com os filhos ferindo e enfraquecendo sua autoridade dentro de casa, ficando ela só com o coração deles. Quantos filhos, hoje adultos, cresceram revoltados com seus pais porque em sua infância e adolescência suas mães queixavam-se com eles sobre finanças, que viviam abandonados, e que tudo era por culpa do pai.
Sei que há pessoas aqui hoje que precisam liberar mágoas e ressentimentos presos em seu coração, porque sua mãe fez você acreditar que seu pai era o vilão da família e ela injustiçada, maltratada e vítima de tudo.
A língua mata com a difamação
Dependendo de como será usada, a língua tem o poder de produzir morte e vida, depende da maneira como for usada, desde quando nascemos já trazemos dentro de nossa boca o poder de destruir ou edificar pessoas. Nos louvores, adoração e oração bendizemos a Deus com ela, mas com ela pouco abençoamos as pessoas, não deveria ser assim. Há um fato relevante sobre nossa língua, não há neutralidade em nossas palavras, o que sai da nossa boca pode ser do diabo ou do Espírito Santo.
Qual o significado da palavra difamação? A língua difamadora é aquela acusada de espalhar críticas, acusações e julgamentos falsos sobre alguém. Vem da mesma palavra grega utilizada para traduzir a palavra diabo em nosso idioma. Portanto toda difamação é de origem diabólica, o que está saindo da boca da pessoa nessa hora é do diabo.
O ministério de Satanás é espalhar críticas, acusações e falsos julgamentos sobre o comportamento de alguém em relação a Deus, os textos que vamos ler a seguir não deixa dúvidas sobre seu propósito de vida.
“Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela. Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR. – Jó 1:7-12”
PREGADORES DE MORTE E DESTRUIÇÃO
Em nossos dias há “pregadores” que se portam como matadores espirituais com armas de pesado calibre e farta munição de grosserias e atropelos de aplicação. Essa tropa de choque antiética e esculachante que como pretenso esquadrão de Deus gosta de citar o profeta João Batista para justificar a brutalidade verbal de suas exposições do tipo “dispersa multidão” não convence nenhum inimigo, não intimida nenhum demônio – e o pior; não ganha e discípula sequer uma alma. Isso é ignorância, é estupidez acentuada; é ausência de sabedoria e carência de espiritualidade. Uma pregação que afugenta as pessoas da igreja (porque igreja é lugar que recebe gente desconsertada) e que as afasta do centro de transformação que é Cristo; nunca deve ser considerada como expressão do Evangelho!
O problema é que alguns que se dizem pregadores se comportam como se falar do Evangelho fosse ofender e magoar os ouvintes – a Bíblia não ensina isso. Nenhuma autoridade espiritual está isenta de boa educação e respeito aos outros, como também qualquer repreensão não pode ser vazia de amor (Pv 13.24; Hb 12.6).
Nos dias de Jesus existiam mestres da Lei de Moisés, uns eram fariseus e outros saduceus (Mt 22.34). Naquele tempo esses dois grupos eram as principais denominações de crença religiosa no contexto do Judaísmo. É verdade que não comungavam das mesmas convicções teológicas baseadas no A.T. e na tradição; mesmo assim tinham seguidores; e de certo modo uniram-se contra a pessoa de Cristo. É provável que eles não entendessem porque as multidões corriam ávidas por ouvi-lo e desejosas para estarem perto daquele “galileu” e agora popular mestre itinerante ). Mesmo não tendo lugar adequado para doutrinar seus novos discípulos, Jesus superava a precariedade e o improviso dos ambientes disponíveis, superava também a curiosidade e as necessidades de sua plateia desgarrada e enfim os ensinava acerca do Reino de Deus.
Diferenças se estabeleceram entre a forma de comunicação de Jesus ensinar e a maneira dos outros doutores da lei instruir. As explanações de Jesus sobre as Escrituras eram caracterizadas por autêntica autoridade e sublimadas de sincero amor e estas marcaram a composição de seus divinos sermões. Outro ponto culminante é que a mensagem dirigida por Ele desafiava as pessoas a mudarem de vida, a renovarem suas esperanças. Podia ser um apelo ao exercício da fé, uma desnuda repreensão ao pecado ou até mesmo uma demonstração de misericórdia a um pecador lançado ao chão – a prédica invariavelmente envolvia as pessoas, identificava-se com elas (as parábolas são prova disso), tocava seus corações e transformava suas vidas – na verdade todo pregador de verdade crê nesse poder da Palavra (Hb 4.12). Mesmo que o Redentor falasse aberta ou figuradamente a verdade sem meios e rodeios, os discípulos não o deixaram de seguir e quem o ouvia com atenção nunca mais seria o mesmo (Jo 6.68).
A salvação da alma humana é um dos objetivos principais do plano da redenção. O céu é pra cima, mas têm falador mal educado que enfia o rosto de seus ouvintes na terra solta de suas infundadas interpretações, encharca-as com bastante líquido de suas ilações teológicas e fica na torcida para que chafurdem numa verdadeira lama existencial. Essa desconstrução do Evangelho (porque me recuso a chamar isso de pregação), não provoca arrependimento – é perigoso alguém se suicidar. Na verdade, espírito de porco quem tem são esses “fuzileiros de púlpito” que vociferam uma santidade similar a dos anjos de Deus – numa angelologia antropomórfica, a auréola circular em torno da cabeça desses meros e iludidos mortais não é de glória e serenidade, mas sim de terror e medo – pois é o que eles espalham.
Se depender desses, não há como ninguém se aproximar do Deus Santo e misericordioso. Essa Swat com coletes de rancor e bombas de gás lacrimogêneo (pois fazem muita gente chorar de tristeza) tem tanta raiva dos que não andam conforme seus conselhos de pureza que chegam a respirar e a transpirar ódio nos púlpitos; eles conseguem liberar mais veneno em seus “sermões de extermínio” do que qualquer névoa de veneno tóxico.
A Bíblia nos ensina lições fortes sobre a intimidade com Deus: “A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança” (Salmos 25:14). Deus não é íntimo de qualquer um. Ser íntimo de Deus é um privilégio daqueles que verdadeiramente temem ao Senhor. O grande problema de muitos atualmente é que veem Deus não como alguém com quem devem interagir de forma pessoal, íntima, mas como uma espécie de gênio da lâmpada que é acionado apenas quando as coisas estão ruins. Não ter intimidade com Deus é a causa de muitos crentes estarem com vidas destruídas.
Deus não fez seus servos para o isolamento. Inclusive, o conceito bíblico de igreja do Novo Testamento não é um conceito unitário, mas de comunidade. Igreja é comunidade. Você, sozinho, não é a igreja de Cristo. Você é uma parte dela que, sozinho, não pode realizar a obra que Deus deseja para sua vida. Por isso, o isolamento da vida em comunidade é um grave mal para a vida de qualquer crente que deseja servir a Deus com plenitude.
O tempo tem sido a moeda mais valorizada em nossos dias. Não é à toa que cada vez mais pessoas têm preferido dedicar todo o seu tempo aos estudos, a carreira, ao entretenimento e a outras coisas que a sociedade tem apresentado como importantes. Isso tem afastado as pessoas de Deus e da missão especial que o Senhor tem para Seus servos e, consequentemente, tem destruído cristãos, pois estes rejeitam os planos de Deus, colocando seus próprios como prioridade. Jesus falou de alguém assim, e a conclusão a que se chegou foi que aquele homem era um louco: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas 12:20).
Ligue a sua tevê e logo achará algum canal onde se vendem as bênçãos de Deus. Esses locais estão lotados, abarrotados de gente com o foco na bênção que o Senhor pode lhes dar. O que eles não sabem é que buscar a bênção de Deus antes de buscar o Deus da bênção é pura perda de tempo. O relacionamento com Deus vale muito mais do que qualquer bênção. Essas pessoas, porém, quando não recebem a bênção buscada, abandonam a Deus. Elas têm suas vidas cristãs destruídas porque são interesseiras.
A Bíblia é chamada de alimento, mas os cristãos de nossos tempos não a têm encarado como seu alimento sólido. Isso ocorre porque não existe dedicação ao estudo da palavra, à busca constante do conhecimento a respeito de Deus e de Sua vontade. Isso gera crentes fracos, levados de um lado para o outro por qualquer outro “alimento” que o mundo dá a eles. Um outro povo na antiguidade foi destruído por esse mesmo motivo: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento….” (Oséias 4:6)
As práticas espirituais são armas que Deus nos deu para que estejamos sempre firmes e fortes para as batalhas. Podemos citar aqui a leitura da Bíblia, a oração, o jejum, a adoração, etc. Uma grande causa do enfraquecimento de muitos crentes é exatamente o fato de não carregarem em suas vidas essas poderosas “armas”. Não ora, não medita na Bíblia, não jejua, não adora a Deus em espírito e em verdade. Em que tipo de crente essa pessoa se transformará? Certamente em um destruído, pois os inimigos não perdoam as negligências de seus opositores.
Existe uma pregação muito bonita feita por aí, que é a pregação que mostra a vida cristã apenas tendo bênçãos e flores! Pregação mentirosa. A Bíblia mostra a vida cristã como caminho estreito, como aflições por causa do ódio do mundo contra Deus e Seus servos. Como uma batalha árdua com muito inimigos. O crente que se engana dessa forma cai em prantos diante da primeira adversidade! Vida cristã não é colônia de férias! Vida cristã é para quem realmente ama o Mestre acima de todas as coisas!
É claro que a maioria das pessoas de forma alguma acredita que zomba de Deus. Mas não é isso que fazem quando prometem e não cumprem, quando fingem ser religiosos e não o são, quando mentem falando sobre as coisas de Deus e não as vivem? Quando aceitam o pecado como algo que faz parte das suas vidas? Zombar de Deus é cavar para si mesmo uma cova de destruição, pois Deus não aceita zombaria: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). O crente verdadeiro teme e treme diante de Deus.
Na era das redes sociais a opinião é algo que está cada vez mais em foco. Ter opinião não é pecado. O problema é que hoje as opiniões estão sendo aceitas em um patamar mais alto do que a infalibilidade da Bíblia. Não interessa o que a Bíblia diz, o que importa é a opinião de cada um! Esse é o lema do politicamente correto que muitos têm aceitado e que têm destruído muitos crentes, pois opiniões não são bases fortes, não são a palavra inerrante de Deus!
Ser luz para o mundo e sal para ele é a nossa missão. Mas hoje cada vez mais muitos crentes têm buscado a amizade do mundo. Uma aproximação perigosa e destruidora com suas práticas infrutíferas, com suas culturas erradas, com elementos que ferem a palavra de Deus. Essa aproximação tem representado a destruição de muitos, pois a amizade com o mundo representa a rejeição para com Deus: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4).