LOUVOR COMO ARMA DE GUERRA
II Crônicas 20.1-26 – Encontramos na Palavra de Deus exemplos de pessoas que enfrentaram as lutas diárias de maneiras bem diferentes dos padrões da cultura em que vivemos.
No texto em destaque, encontramos o rei Josafá humilhando-se diante de Deus com jejum e oração. Encontramo-lo ainda reconhecendo que não tinha forças para vencer seus inimigos em batalha. Ao saber das nações inimigas que vinham para destruí-lo, ele não pôs a sua confiança em seu grande exército, mas reconheceu que era dependia de Deus para vencer aquela batalha. Esse homem tinha algo precioso em seu coração que transformou a situação aparente de perda em ganhos, ele tinha FÉ. Por isso disse:
“os nossos olhos estão postos em ti (Senhor)”v.12. Josafá obteve através da sua fé uma vitória inusitada: ele venceu uma batalha sem usar as armas, apenas LOUVANDO! Ele colocou os levitas à frente dos soldados, e nesse ato de fé pôde contemplar o agir de Deus, que de uma forma poderosa confundiu os exércitos inimigos levando-os a se autodestruírem.
Todos os dias travamos batalhas espirituais; aparentemente, parece que são as pessoas que nos afrontam, parece que nossos inimigos são os seres humanos. No entanto, usando pessoas ou circunstâncias o inimigo nos aflige e tenta nos derrubar.
Muitas vezes, vem aquela tristeza, a angústia, a ansiedade, a solidão, as incertezas quanto ao futuro e as tentações. Justamente nessas horas que pensamos em culpar pessoas, culpar a Deus por que as coisas não estão do jeito que gostaríamos. É aí que entra o louvor a Deus. Quando você louva, algo novo acontece; o louvor do coração move a mão de Deus a seu favor!
Vencedores consideram as batalhas travadas e buscam estratégias para vencer. A estratégia do servo que confia no seu Senhor é o Louvor a Deus.
É muito fácil louvar em tempos de bonança, vitória e alegria, entretanto, louvar na hora da dor, da decepção e da provação é muito difícil. Em determinados momentos da vida não temos nem vontade de louvar e de orar, pois a tristeza é muito grande, a ansiedade já tomou conta do coração e só se tem olhos para o problema.
Justamente nas horas em que estamos ansiosos, abatidos, Deus quer tirar de nós um som único, um som de um coração quebrantado diante dEle, o som de um coração que reconhece que só Ele é a saída.
Invocarei o nome do Senhor, que é digno de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos. (Salmos 18.3)
Você tem duas escolhas diante de qualquer batalha da vida: Ser encontrado por Deus como um verdadeiro Adorador e vencer ou Perder a batalha por engrandecer o inimigo.
A atitude de louvar a Deus deve ser uma constante em nossa vida. Devemos, pois, louvar a Deus antes, durante e depois das dificuldades. Queremos ainda destacar alguns homens que tiveram a atitude de louvor diante das lutas e foram vitoriosos:
Um fato marcante do louvor durante a tribulação foi a espetacular libertação de Paulo e Silas quando perseguidos e presos puderam louvar a Deus e aquele louvor libertou-os da prisão literalmente, pois houve um terremoto e os alicerces se moveram, e as portas se abriram, e todos foram livres (At 16.25).
Encontramos também Moisés, que confiou no Senhor e obedeceu-lhe, e pôde ver e ouvir o estrondoso barulho do milagre do mar se abrindo, esse livramento fez com que Moisés colocasse para fora através do louvor todo o peso de 400 anos de escravidão do seu povo (Êx 15).
Durante tribulações, guerras, perseguições ou dificuldades de ordem material, emocional ou física, cantar pode parecer um contrassenso, mas, quando se está cheio do Espírito Santo, o louvor flui produzindo uma paz e uma segurança tão grande que gera a fé necessária para esperar a resposta de Deus. O profeta Habacuque disse que se alegraria no Senhor mesmo que tudo lhe faltasse (Hb 3.18); Jó teve uma fé especial, uma fé que o fez suportar aquele duro momento de perdas sem blasfemar ou murmurar contra Deus (Jó 1.20 e 21).
Esses cânticos representam a superação de homens e mulheres de Deus, que em algum momento de extrema dificuldade creram, sem duvidar, obedeceram à voz de Deus e através do louvor puderam expressar todo o contentamento por terem recebido vitória das mãos de Deus sobre as lutas enfrentadas.
O Louvor é uma potente arma de guerra! O louvor a Deus constitui-se em fazer menção dos seus feitos poderosos, reconhecer a sua soberania e poder e, acima de tudo, trazer diante dEle um coração grato por tudo que Ele tem dispensado com a sua graça e bondade, independente das circunstâncias.
Louvar a Deus em meio a crises é um ato de fé, e Deus se agrada disso. Diante das batalhas da vida, o inimigo quer nos abater, nos enfraquecer e nos fazer mergulhar em uma onda de desânimo.
O louvor genuíno ao Senhor Deus o afugenta, ele pode ver que seu jogo não funciona quando os filhos de Deus escolhem louvá-lo.
Quando o Senhor se levanta como General de Guerra, a vitória é certa! Cumpre-se a Palavra: Mil cairão ao teu lado e dez mil a tua direita, mas tu não serás atingido!
Somente com os teus olhos olharás e verás a recompensa dos ímpios Sl 91.7-8 Em Judá, Deus veio guerrear pelo seu povo enquanto louvavam.
E, hoje, isso continua a se repetir. Em meio às batalhas da vida, levantemo-nos com ousadia com cânticos de louvores ao nosso Deus, e a vitória é garantida.
Como crentes no Senhor Jesus a nossa vida tem que ser um constante louvor. O louvor liberta, acalenta a alma, traz paz ao coração e enche a boca de riso. “Louvai ao Senhor. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder. Louvai-o pelos seus atos poderosos…” (Sl 150).