IGREJA COMO UMA ESCOLA

O ensino sempre teve papel primordial na cultura judaico-cristã, a palavra de Deus sempre ocupou lugar primordial na instrução, desde a infância.

Ensino no Antigo Testamento

Primeiramente, o ensino era ministrado pelos anciões (Nm 22.29), posteriormente, pelos levitas e depois pelos escribas (Ed 7.10).

 

Após o retorno do exílio babilônico de setenta anos, o povo judeu havia se esquecido do ensino da lei do Senhor.

 

Diante dessa situação Esdras, o escriba, leu a lei perante o povo, desde a alva (cinco horas da manhã) até aproximadamente o meio-dia e um grupo de escribas traduziam o ensino, para que o povo, que falava aramaico, pudesse compreender  o real sentido do texto.

 

Esta passagem é considerada por muitos especialistas, como sendo a primeira escola bíblica, pois foi a primeira vez que houve interpretação de passagens bíblicas, praticando-se o exercício tanto da hermenêutica como da exegese.

 

O verdadeiro ensino bíblico produz arrependimento e confrontação, o que gerou um grande avivamento espiritual entre o povo de Israel.

Ensino no Novo Testamento e na Igreja atual.

Já no período do Novo Testamento o ensino era ministrado nas sinagogas pelos rabinos e pelos mestres, e além destes, podemos observar claramente o ministério do ensino na vida de Apolo, que era poderoso em palavras (At 18.24-28); no ministério do apóstolo Paulo, que ministrava sempre doutrinando as Igrejas; e em nosso Senhor Jesus, nosso maior exemplo, sendo chamado 50 vezes de mestre nos evangelhos (Jo 3.1) e 16 vezes de mestre dos mestres.

Seu ensino era ministrado por meio de parábolas e através de ensinamentos pessoais e no templo.

Portanto, dentro do ensino claro do Novo Testamento, fica evidente que o Senhor chamou uns para mestres (Ef 4:11) e outros para ensinadores (Rm 12:7), sendo que o ensino é uma das tarefas mais importantes da igreja cristã e contribui para a sua edificação.

Na Igreja primitiva os mestres e ensinadores eram grandemente usados pelo Senhor para ensinar e contribuir com a edificação das comunidades do NT.

2Tim 2.2 “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.”

Escola de Profetas

A escola dos profetas, ao que tudo indica, teria sido o primeiro seminário teológico dos tempos bíblicos.

Essa escola teria sido organizada por Samuel, que acumulou o ministério de profeta, sacerdote e Juiz (I Sm. 10.5; 19.20).

Elias e Eliseu foram os responsáveis pela consolidação da escola dos profetas, a contribuição deles fez com que essa escola funcionasse como resistência à apostasia que havia se estabelecido no reino do norte (II Rs. 2.3; 4.38; 6.1).

A escola dos profetas estava fundamentada no ensinamento bíblico, por isso, as instruções eram tanto morais quanto espirituais.

Não era uma escola apenas para dotar os alunos com conhecimento, mas, sobretudo, para que esses tivessem uma profunda experiência com Deus.

Os profetas não aprendiam apenas conteúdo bíblico, eles também eram inseridos no sobrenatural, nos milagres de Deus.

A escola dos profetas foi estabelecida em Ramá, e provavelmente, em Gibeá (I Sm. 19.20; 10.5,10).

Centros de estudos também estavam espalhados em Gilgal, Betel e Jericó (II Rs. 4.38; 2.3,5,7,15; 4.1; 9.1).

Cerca de cem estudantes faziam parte da escola dos profetas comandada por Eliseu em Gilgal (II Rs. 4.38,42,43).

Quando Elias e Eliseu foram ao rio Jordão encontrava-se com eles cinquenta estudantes da escola dos profetas (II Rs. 2.7,16,17).

O estilo de vida deles era em comunidade, em uma casa comum, na companhia dos profetas (II Rs. 6.1).

Alguns deles eram casados e tinham filhos (II Rs. 4.1) e acompanhavam os homens de Deus, por isso eram chamados de filhos dos profetas.

A escola dos profetas dava também aos estudantes uma formação musical, a fim de que pudessem oferecer ao Senhor música de qualidade para a adoração a Deus (I Sm. 10.5).

FUNDAMENTOS CRISTÃOS PARA O ENSINO NA IGREJA

O ensino bíblico-teológico sempre teve relevância na igreja cristã, não podemos esquecer que a Grande Comissão destacava a necessidade de fazer discípulos, e de ensiná-los a Palavra de Deus (Mt. 28.20).

Os próprios mestres, aqueles que ensinam na igreja, são dádivas de Deus, e portanto, devem ser considerados como ministros do Senhor (Ef. 4.11).

A ausência de ensinamentos bíblicos bem fundamentados é danosa para a igreja, já que possibilita a entrada de falsos mestres, e a manifestação da apostasia (Hb. 6.1).

Por isso Paulo orienta o jovem pastor Timóteo para que esse invista no ensino, que escolha mestres para ensinaram e repassarem a mensagem às novas gerações (II Tm. 2.2).

Tais pessoas devem se esmerar no ministério do ensino, ou seja, a ele se dedicarem (Rm. 12.7).

Elas devem ensinar não apenas com palavras, mas também com o exemplo (At. 12.25).

Paulo é um modelo de mestre na Palavra, um homem que não se esquivou de ensinar os decretos de Deus (At. 20.20).

Não por ocaso conclamava seus ouvintes e leitores a serem seus imitadores (I Co. 4.15; 11.1; Fp. 3.17).

Mas o maior Ensinador foi o próprio Jesus, reconhecido como Mestre da parte de Deus (Jo. 3.2).

Aqueles que O ouviam ficavam pasmos diante dos seus ensinamentos, com a autoridade com a qual falava (Mt. 7.28,29).

As pessoas se dirigiam a Ele com o título de Rabi, mestre (Mt. 26.15,49; Mc. 9.5; 11.21; Jo. 1.38,49; 4.31; 9.2; 11.8).

 Jesus mesmo se reconhecia como tal (Mt. 23.8; Jo. 13.13). Seu ensino era eficaz, por isso muitos se maravilhavam (Jo. 7.46), também dos seus feitos, associados ao ensino (At. 1.1,2).

Seus ensinamentos partiam de temas simples do cotidiano, recorria com frequências às parábolas (Mt. 22.1); indagações (Mt. 22.46), discursos (Mt. 5-7), citações (Mt. 5.18; 22.41-45; Lc. 24.27) e símbolos (Jo. 13.4-7; Mc. 6.11).

Os temas tratados por Jesus em seus ensinamentos eram: Deus (Mt. 22.34-40); Ele mesmo (Jo. 8.42; 8.58; 16.28); o Espírito Santo (Jo. 3.5; 7.38,39; Mt. 12.27,28; 14.16,17); as Escrituras (Mt. 5.18; Mc. 2.1,2; Mt. 7.13; Jo. 17.17); a vida cristã (Jo. 5.24; 6.35; 8.12; 14.6; 11.25; 17.17; Mc. 12.30,31); o Reino de Deus (Lc. 17.17; Mt. 6.10; 4.23); a igreja (Mt. 16.18); e a escatologia (Mt. 12.30,31; Jo. 10.28).

A IMPORTANCIA DO ENSINO SISTEMÁTICO DA BÍBLIA

A igreja cristã não pode fugar da responsabilidade do ensinamento sistemático da Bíblia.

Ciente da importância desse ministério, muitas igrejas fundaram universidades e investiram maciçamente na educação.

Nesses últimos anos a igreja se distanciou dessa tarefa, e o secularismo ganhou espaço.

O movimento pentecostal, desde o princípio, orientou sua liderança para que obtivesse formação bíblica. Os cursos teológicos eram poucos, tendo em vista o contexto distinto, mas havia escolas bíblicas para obreiros e escolas dominicais.

Sobre o CEAR

O Centro de Estudos Apostolico Renascer (CEAR) foi idealizado para ser um lugar formador de homens e mulheres estabelecidos, através do MOVER APOSTÓLICO.

A Igreja Apostólica Renascer em Cristo é pioneira na fundamentação do Chamado de Cristo, por meio da Visão Apostólica entregue, por Deus, ao Apóstolo Estevam Hernandes.

Acreditamos na Cobertura da Igreja Apostólica e, através do envio, na obra de restauração, reconstrução e restituição de Deus em nossas vidas.

A origem do CEAR data de meados de 1985, quando a Bispa Sônia ministrava aulas aos recém-chegados, membros da Igreja Renascer em Cristo, sendo que atualmente é composto por 12 Sedes Estaduais assim distribuídas pelo Brasil: cinco na cidade de São Paulo, além de Recife, Salvador, Manaus, Brasília, Florianópolis, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A Sede do CEAR na cidade de São Paulo está localizada na Avenida Lins de Vasconcelos 1.310, no bairro do Cambuci. Em um prédio com quatro andares, contamos com uma estrutura física capaz de atender diariamente um contingente de 270 alunos, distribuídos em mais de 15 cursos, contendo mais de trinta matérias para a formação pessoal, ministerial e bíblica.

Nosso objetivo é gerar crescimento, desenvolvimento e fortalecimento do Corpo de Cristo, através da palavra de Deus e da implantação do Mover Apostólico.

Nossa grade de cursos inclui 5 Modelos de cursos – Formação na Palavra, Formação para Constituição, Formação Pessoal, Formação Ministerial e Formação de Mestres conforme segue.

Salientamos que todos os nossos cursos são modulares e cada módulo pode ser cursado de maneira independente.