ARMAS ESPIRITUAIS DO MAL

ROUBO

Êxodo 20:15 Não furtarás.

A proibição do roubo pressupõe o direito à propriedade. Isso é muito claro no princípio da criação e em toda a lei de Israel.

Devemos nos lembrar que não estamos mais debaixo da lei civil de Israel, mas que a lei civil foi instituída sobre a lei moral de Deus e, portanto, podemos aprender com a lei civil a cerca dos princípios de aplicação.

Vejamos alguns princípios envolvidos:

O princípio da Restituição:

Se alguém pecar, cometendo uma ofensa contra o Senhor, enganando o seu próximo no que diz respeito a algo que lhe foi confiado ou deixado como penhor ou roubado, ou se lhe extorquir algo, ou se achar algum bem perdido e mentir a respeito disso, ou se jurar falsamente a respeito de qualquer coisa, cometendo pecado; quando assim pecar, tornando-se por isso culpado, terá que devolver o que roubou ou tomou mediante extorsão, ou o que lhe foi confiado, ou os bens perdidos que achou, ou qualquer coisa sobre a qual tenha jurado falsamente. Fará restituição plena, acrescentará a isso um quinto do valor e dará tudo ao proprietário no dia em que apresentar a sua oferta pela culpa.(Levítico 6:2-5)

Vemos que deve haver restituição em casos de estrago de propriedade ou de roubo com ou sem a reposição do (próprio) artigo roubado.

No caso de um bem roubado e não recuperado, a restituição também deveria ser baseada na importância daquele bem, por isso há a diferenciação na imagem sobre 4 ou 5 vezes o valor do bem original.

E é importante notarmos que mesmo no caso do bem ser recuperado, o ladrão tem a obrigação de devolver o “valor” em dobro.

Fica então muito claro quão grandes eram as consequências para os roubos, e os ladrões certamente não se sentiriam “à vontade” para cometer tais crimes..

Princípio da responsabilidade sobre a propriedade:

Se por negligência a propriedade de outra pessoa era destruída, aquele por quem veio a destruição se tornava responsável pelo pagamento, até mesmo tornando-se um trabalhador involuntário, um escravo, até que fosse pago o valor devido.

Princípio da mordomia:

O princípio do direito à propriedade e, por consequência, a proibição do roubo, está calcado sobre o princípio de que Deus é o dono, possuidor, de todas as coisas. Logo, o roubo não ofende somente àquele que foi roubado, mas ofende a Deus, o soberano sobre tudo o que criou.

COMO VIOLAMOS ESTE MANDAMENTO?

Furto ou roubo não diretos

O furto ou o roubo não são apenas tomar uma posse de outra pessoa, mas quando tiramos vantagem de outro.

Deus proíbe não apenas aqueles roubos e furtos que são puníveis pelo magistrado, mas Ele engloba sob o nome de roubo todos os truques mal intencionados e fraudes através das quais planejamos nos apropriar dos bens que pertencem ao nosso próximo; seja por força, ou sob a aparência de direito, como por pesos e medidas injustos, mercadoria fraudulenta, moedas falsas, usura, ou por qualquer outro meio proibido por Deus; como também toda cobiça, todo desperdício e abuso de suas dádivas.

Roubo direto

O roubo direto não acontece apenas quando se entra em um lugar e leva-se um bem ou propriedade de outra pessoa. Nossos tratos que envolvem bens ou dinheiro devem ser cumpridos. Temos que ter a certeza de que se entramos em um negócio, entramos nele para ir até o fim, contando com suas consequências.

Roubo por implicação

Gasto supérfluo e mesquinho daquilo que Deus nos dá. O comércio em si não é algo errado ou inescrupuloso, mas o cinismo das estratégias de marketing é algo extremamente imoral e inescrupuloso.

Roubo por desperdício e ociosidade

O trabalho é um valor divino. Deus trabalhou e descansou na criação do mundo. Nisso pode-se incluir também o mal-uso do tempo que lhe é pago com a desculpa de que sejam atividades espirituais, ou ainda – e mais grave – quando se usa o nome de Deus requerendo bens de terceiros.

CONSEQUÊNCIAS:

Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. (1 Corintios 6:9-11)

COMO AGIR:

E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. (Lucas 19:8)

Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. (Efésios 4:28)

Ladrão

Alguém que deliberadamente se apossa do que pertence a outrem sem permissão, especialmente alguém que pratica a fraude e o engano, ou que rouba secretamente.

O modo de agir dos ladrões no passado era praticamente o mesmo que o do presente. Roubavam geralmente à noite (Jó 24:14; Je 49:9; Mt 24:43; Lu 12:39; Jo 10:10; 1Te 5:2-5; 2Pe 3:10; Re 3:3; 16:15), e uma das formas comuns de entrar na casa era pela janela. (Jl 2:9)

Por outro lado, ladrões e salteadores armavam emboscadas e caíam sobre suas vítimas em áreas desertas, onde era virtualmente impossível obter ajuda.

Raramente hesitavam em empregar violência ou em ameaçar e pôr em perigo a vida daqueles de cujos objetos de valor se apoderavam. — Jz 9:25; Lu 10:30, 36; 2Co 11:26.

Os termos das línguas originais traduzidos “roubar” e “salteador” podem também referir-se a reter de outrem o que de direito lhe pertence, ou conseguir coisas de outros por meios fraudulentos ou por apropriar-se, para o seu próprio uso, daquilo que a pessoa estava obrigada a dar a outros.

Por deixarem de pagar os dízimos que sustentavam a verdadeira adoração no templo, os judeus dos dias de Malaquias ‘roubavam a Deus’. (Mal 3:8, 9) Provérbios 28:24 fala de uma pessoa roubar de seu pai ou de sua mãe, significando, evidentemente, privar de algum modo os pais do que lhes pertence de direito.

Jesus Cristo condenou os cambistas por terem transformado o templo num “covil de salteadores”. Isto sugere que os cambistas cobravam taxas exorbitantes por seus serviços. — Mt 21:12, 13.

Em sua segunda carta aos coríntios, o apóstolo Paulo escreveu: “A outras congregações roubei, por aceitar provisões, a fim de ministrar a vós.” (2Co 11:8)

Não havia nada de fraudulento em Paulo receber de outros as provisões para seu sustento.

Mas, evidentemente, ele se referiu a isso como se tivesse roubado aquelas congregações no sentido de ter usado o que recebera delas para suprir suas necessidades enquanto labutava, não com elas, mas em favor dos coríntios.

Em alguns casos, roubar pode referir-se ao ato justificado de se apoderar daquilo a que se tem direito, sendo dada ênfase à maneira furtiva em que tal ato é executado.

Para exemplificar, alguns israelitas ‘furtaram’ o corpo de Saul da praça pública de Bete-Sã. (2Sa 21:12) A tia do jovem Jeoás salvou-lhe a vida por ‘furtá-lo dentre os seus irmãos’, que foram mortos pela iníqua Atalia. — 2Rs 11:1, 2; 2Cr 22:11.

Condenado por Deus. A maioria das referências bíblicas ao roubo, contudo, refere-se à apropriação ilícita daquilo que pertence a outrem.

A lei de Yehowah dada a Israel dizia explicitamente: “Não deves furtar.” (Êx 20:15; Le 19:11, 13; De 5:19; Mt 19:18) O ladrão tinha de fazer uma compensação dupla, quádrupla ou até mesmo quíntupla, dependendo do que a Lei delineava.

Caso não pudesse fazê-lo, era vendido como escravo, recuperando, evidentemente, sua liberdade quando fizesse a plena compensação. (Êx 22:1-12)

Além de fazer uma compensação, o ladrão que caíra em descrédito (Je 2:26) tinha de trazer uma oferta pela culpa e pedir ao sacerdote que fizesse a expiação pelos seus pecados. — Le 6:2-7.

Por fim, a nação de Israel passou a desconsiderar estas leis e, consequentemente, Yehowah permitiu que ladrões e assaltantes, tanto de dentro como de fora, assolassem aquela nação. (De 28:29, 31; Ez 7:22)

Práticas fraudulentas, especialmente a opressão dos pobres e dos necessitados, tornaram-se comuns. — Is 1:23; 3:14; Je 7:9-11; 21:12; 22:3; Ez 22:29; Miq 2:2.

Ao passo que o ladrão que furta para matar a fome talvez não seja tão repreensível como aquele que, como Acã e Judas Iscariotes, rouba por ganância e por causa dum coração ruim (Jos 7:11, 20, 21; Pr 6:30; Mt 15:19; Jo 12:4-6), os que desejam ter a aprovação de Deus não podem ser culpados de roubar.

(Is 61:8; Ro 2:21) Embora os cristãos não estejam sob a Lei mosaica, estão sob o mandamento de amar o próximo. “O amor não obra o mal para com o próximo”, por conseguinte, não há lugar para o roubo entre os cristãos. (Ro 13:9, 10; Mt 22:39; Tg 2:8)

Qualquer ladrão que deseje viver sob o governo do Reino de Deus tem de arrepender-se de seu anterior proceder e aprender a trabalhar arduamente para ganhar seu sustento. (1Co 6:10; Ef 4:28; 1Pe 4:15)

E o ex-ladrão genuinamente arrependido pode ficar seguro do perdão de Deus. — Ez 33:14-16.

Uma expressão idiomática hebraica que literalmente significa “furtar o coração” tem o sentido de “ludibriar”. — Gên 31:20, 26 n; compare isso com 2Sa 15:6.

CONCLUSÃO:

Dependemos de Cristo, somos justificados mediante a Fé NEle como Senhor e Salvador, e como parte da nossa salvação existe a conversão que consiste em abandonar práticas antigas e também odiar o pecado e lutar contra ele, visando fazer apenas o que agrada a DEUS.

Então que estamos cientes de qual é essa Vontade de Deus para cada um de nós individualmente e também para todos nós enquanto sociedade, e busquemos essa realidade dentro daquilo que podemos fazer.