Apocalipse 8:3-5 E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos.
Quando o povo de Deus se reúne em oração, adoração e louvor; quando a Palavra de Deus é proclamada, os anjos vêm, enviados por Deus.
Foram criados para adorar, louvar e bendizer a Deus. Também são mensageiros: levam a Palavra, a salvação e a cura que vem d Ele.
Além desse mundo visível, há um mundo espiritual que nos rodeia, que não vemos e, às vezes, nem percebemos. Vivemos envolvidos por um mundo espiritual, e tudo é muito real. O que a Bíblia nos mostra é uma realidade.
No Antigo Testamento vemos a presença dos anjos no começo da criação, na vida de Abraão e Sara, e juntos a tantos outros.
Com Moisés, o povo de Deus caminha do Egito à Terra prometida acompanhado, continuamente, por eles.
Vemos os anjos presentes na vida de cada um dos profetas.
Eles são constantemente apresentados na Bíblia porque realmente acompanham os homens, segundo a ordem de Deus.
Também no Novo Testamento atestamos a beleza da presença dos anjos: é um anjo que fala a Zacarias anunciando que Deus vai dar a ele e a Isabel um filho, que é João Batista. É um anjo que anuncia a Maria que ela vai ter um filho que será o Filho de Deus.
Quando Jesus nasce, na gruta de Belém, são os anjos que cantam: “Glória a Deus no mais alto dos céus e sobre a terra paz para os seus bem-amados” (Lc 2,14).
São eles que anunciam aos pastores que o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, nasceu numa gruta em Belém. Mais tarde, logo após a tentação que Jesus sofre, são os anjos que vêm e O servem.
No Horto das Oliveiras quem vem consolá-Lo é um anjo.
Quem anuncia à Maria Madalena e àquelas mulheres que Jesus havia ressuscitado foram os anjos.
Também foram eles que disseram aos apóstolos e aos discípulos, após a ascensão de Jesus: “Por que ficais aí a olhar para o céu? Este Jesus, que vos foi arrebatado para o céu, há de vir do mesmo modo como o vistes partir”. (At 1,11).
Os Evangelhos e toda a vida de Jesus foi marcada pela presença dos anjos.
Daí para frente, a vida dos apóstolos e dos primeiros cristãos experimentam a mesma graça, porque realmente eles estão em nossas vidas.
Pedro não foi uma exceção; nem Paulo, nem Maria, nem Zacarias ou João Batista.
E por que Jesus precisaria da presença dos anjos?
É simples! Os anjos se manisfestaram a Jesus porque era homem e, como homem, também tinha um caminho a seguir, uma missão a realizar; por isso os anjos de Deus estavam constantemente com Ele, como estão constantemente conosco, não por vontade própria, mas sempre porque são enviados e dirigidos por Deus.
No Antigo Testamento, o Livro do Êxodo diz assim:
“Enviarei um anjo adiante de ti para te guardar no caminho e te fazer entrar no lugar que eu preparei. Presta-lhe atenção e ouve a sua voz. Não deves contrariá-lo. Ele não suportaria a vossa revolta, pois nele está o meu nome. Se ouvires a sua voz e fizeres o que eu digo, serei o inimigo dos teus inimigos e o adversário dos teus adversários” (Ex 23,20-22).
Percebemos, então, que tudo é muito sério.
Anjo não é estória de contos de fada; é um espírito celeste e com sua própria personalidade.
São muitos e diferentes uns dos outros; exatamente como nós que, como pessoas, somos diferentes uns dos outros e temos a nossa própria personalidade.
São superiores a nós pois são apenas espírito: não precisam de um corpo e, por isso, não estão sujeitos às limitações que nosso corpo nos impõe.
Deus envia anjos, que estão ao nosso lado para nos proteger, amparar e conduzir-nos para o lugar que Deus preparou. E esse lugar é o Céu; é o próprio Deus.
Salmos 34:7 O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.
O anjo de Apocalipse 8.
Quanto a passagem de Ap 8.3-5 há uma demonstração da ação de um outro anjo, além dos anjos que tinham as 7 trombetas, que tinha um incensário de ouro na mão.
Um incensário é um recipiente ou vaso de metal pendente de candeias, no qual se queimam substâncias aromáticas em honra de Deus.
Quem era esse anjo não é mencionado, nem temos meios de determinar.
O propósito parece ser o de representar as orações dos santos como ascendentes na antecipação da série de maravilhas que se aproxima no mundo.
E estava no altar – no céu – representado como um templo com um altar, e com o conjunto habitual de coisas empregadas na adoração a Deus. O altar era o local apropriado para ele ficar quando estava prestes a oferecer as orações dos santos, pois esse é o lugar onde o adorador estava sob a antiga dispensação.
Compare com Lucas 1:11 nota. Neste último lugar, um anjo é representado como aparecendo a Zacarias “do lado direito do altar de incenso”.
Lucas 1.8-13 Ora, aconteceu que, exercendo ele diante de Deus o sacerdócio na ordem do seu turno, coube-lhe por sorte,
segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar o incenso;
e, durante esse tempo, toda a multidão do povo permanecia da parte de fora, orando.
E eis que lhe apareceu um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do incenso.
Vendo-o, Zacarias turbou-se, e apoderou-se dele o temor.
Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João.
Assim como aconteceu com Daniel, a oração de Zacarias, fez com que Deus enviasse um anjo para trazer a resposta ou uma revelação.
A Bíblia não esclarece que são os anjos que levam as nossas orações diante de Deus, mas esses podem ser mensageiros de Deus para trazer a resposta ou sinal.
Tendo um incensário de ouro – Veja-o descrito e ilustrado em Hebreus 9: 4 .
Hebreus 9.1-4 Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre.
Com efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde estavam o candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o Santo Lugar;
por trás do segundo véu, se encontrava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos,
ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, o bordão de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança;
Parece haver razões para supor que o incenso oferecido no culto antigo foi projetado para ser um simbolismo das orações dos santos, pois era costume que os fiéis se envolvessem em oração no momento em que o incenso era oferecido pelo sacerdote.
Lucas 1.8-13 Ora, aconteceu que, exercendo ele diante de Deus o sacerdócio na ordem do seu turno, coube-lhe por sorte,
segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar o incenso;
e, durante esse tempo, toda a multidão do povo permanecia da parte de fora, orando.
E lhe foi dado muito incenso – Uma grande quantidade foi dada aqui a ele, porque a ocasião era aquela em que muitas orações poderiam ser oferecidas.
Que ele deve oferecê-lo com as orações – A ideia é clara: quando as orações dos santos subissem, ele também queimaria o incenso, para que subisse no mesmo momento e fosse um simbolismo deles.
Medite nessa comparação com:
Apocalipse 5.8 e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,
O que podemos notar é que o incenso oferecido a Deus, é uma representação das orações dos santos, que estão diante de Deus.
De todos os santos – De todos os que são filhos de Deus. A ideia parece ser que, neste momento, todos os santos se uniriam invocando a Deus devido a manifestação da sua ira. Como os eventos que estavam prestes a ocorrer eram uma questão de interesse comum para o povo de Deus, supunha-se que eles se unissem em súplicas comuns.
Sobre o altar de ouro – O altar do incenso. Isso no tabernáculo e no templo foi coberto de ouro.
Que estava diante do trono – É representado como um serviço no templo, e o altar de incenso é, com propriedade, colocado diante de seu assento ou trono, como no tabernáculo e no templo. No templo, Deus é representado como ocupando o propiciatório no santo dos santos, e o altar do incenso está no lugar santo antes disso.
Mt 21.12-13 Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.