MINISTÉRIO INTERCESSÓRIO DA TRINDADE

JESUS INTERCESSOR

“Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” (Lc 22.32).

“… vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25).

Todo crescimento na vida espiritual está relacionado com uma percepção mais clara daquilo que Jesus significa para nós.

Quanto mais eu compreendo que Cristo deve ser tudo para mim e em mim, e que de fato tudo que está em Cristo foi designado para mim, mais eu aprendo a viver a verdadeira vida de fé, que consiste em morrer para mim mesmo e viver totalmente em Cristo.

A vida cristã deixa de ser o fútil esforço para viver corretamente, e passa a ser descansar em Cristo e encontrar força nele como nossa vida, para batalhar e conquistar a vitória da fé.

À medida que ela, também, se coloca somente debaixo da lei da fé e é vista à luz da plenitude e perfeição que há em Jesus, a oração não precisa mais ser motivo de esforço ou ansiedade.

Pode ser, pelo contrário, uma experiência constante daquilo que Cristo fará por nós e em nós, uma participação da vida de Jesus que, assim na terra como no céu, sempre ascende ao Pai como uma oração.

Sendo assim, começamos a orar não apenas confiando nos méritos de Jesus ou na intercessão que torna nossas pobres e limitadas súplicas aceitáveis a Deus, mas firmados naquela união íntima e estreita que permite que ele ore em nós e nós nele.

Participação com Cristo na intercessão

Todo o significado e a obra da salvação estão contidos no próprio Cristo.

Ele deu a si mesmo por nós e vive em nós. Porque ele ora, nós oramos também.

Quando os discípulos viram Jesus orar, pediram que os fizesse participar de tudo o que ele conhecia na oração.

Do mesmo modo, ao vê-lo como intercessor no trono, nosso desejo é participar, juntamente com ele, de sua vida de oração.

Portanto, não participamos somente dos benefícios de sua obra de salvação, mas da própria obra. Afinal, somos seu Corpo.

O Corpo e os membros são um só. A cabeça não pode dizer aos pés: “Não preciso de vocês” (1 Co 12.21).

Fazemos parte com Jesus de tudo o que ele é e tudo o que ele tem. “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado” (Jo 17.22).

Somos participantes de sua vida, sua justiça, sua obra. Também, participamos com ele de sua intercessão; não é uma obra que ele realiza sem nós.

Nossa fé na intercessão de Jesus não deve ser apenas no sentido de que ele ora no nosso lugar quando não oramos ou não conseguimos orar.

Como autor da nossa vida e da nossa fé, ele nos leva a orar em uníssono consigo mesmo.

Nossa oração deve ser uma obra de fé neste sentido também.

Como sabemos que Jesus transmite toda sua vida a nós, não é difícil aceitar que ele possa soprar em nós aquela vida e atitude de oração que pertence somente a ele.

Ele é o centro e a personificação de toda oração, que só pode ser comunicada pelo Espírito Santo a nós.

“Vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25).

Como Cabeça do Corpo, como o líder do novo e vivo caminho, que ele abriu como autor e consumador da nossa fé, ele provê tudo para seus redimidos, comunicando-lhes a própria vida.

Ele cuida da vida de oração de cada um de nós, incluindo-nos em sua natureza celestial, implantando e mantendo seu espírito de oração em nós.

“Eu, porém, roguei por ti”, não para tornar sua fé desnecessária, mas “para que a tua fé não desfaleça” (Lc 22.32).

Nossa fé e nossa oração são fundamentadas na fé e na oração dele.

A única condição é “se permanecerdes em mim”, naquele que é o intercessor que vive para sempre, e se orarmos com ele e nele. Assim, “pedireis o que quiserdes, e vos será feito”.

Intercessão pela salvação de outros

O conceito de nossa comunhão com a intercessão de Jesus nos faz lembrar do que ele nos ensinou em mais de uma ocasião – como todas essas maravilhosas promessas de oração têm como alvo e motivação a glória de Deus na manifestação do seu Reino e na salvação dos pecadores.

Enquanto orarmos somente por nós mesmos, as promessas da última noite de Jesus com seus discípulos antes da cruz terão de permanecer como livro lacrado para nós.

Essas promessas foram dadas aos ramos da videira que produzem fruto e aos discípulos que foram enviados ao mundo, assim como o Pai enviou o Filho, para viver em favor daqueles que perecem.

As promessas foram dadas para os servos fiéis e amigos íntimos que assumiriam a obra que o Mestre lhes deixou, que se tornariam, à semelhança de seu Senhor, como o grão de trigo, perdendo sua vida para multiplicá-la muitas vezes mais.

Ó maravilhosa intercessão de nosso bendito Senhor Jesus, não só porque garantiu nossa aceitação e perdão pelo Pai, mas também porque nela nos tornamos parceiros e cooperadores atuantes.

Agora, entendemos melhor o que é orar em nome de Jesus e por que tal ação possui tanto poder.

Em seu nome, em seu Espírito, incluídos em sua própria vida, em perfeita união com ele!

Ó maravilhosa, sempre operante e perfeitamente eficaz intercessão do homem Jesus Cristo!

Quando seremos de fato totalmente imersos nele, a fim de podermos sempre orar como parte da sua intercessão?

JESUS INTERCESSOR

Quando Jesus terminou o Seu curto ministério terreno, deu início ao ministério de intercessão à destra do Pai Celestial.

Hoje Ele está sentado “a sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos seus pés” (Ef.1:20-22).

Cristo está assentado no seu trono.

E o que Ele faz ali? Está descansando do trabalho que realizara na terra por três anos e meio? Esperando ser curado das feridas feitas em seu corpo pelos seus algozes? Concedendo entrevistas aos santos que morreram? Ou passando o tempo posando para as lentes das câmeras dos paparazzi angelicais?

A Bíblia nos informa que Ele está “à destra de Deus…e também intercede por nós” (Rm. 8:34).

Jesus tem um sacerdócio permanente, e vive sempre para interceder (Hb. 7:24-25).

Vejamos em que o sacerdócio de Cristo está respaldado:

No Seu Próprio Sangue

Mediante o sacrifício único do seu corpo partido, Jesus removeu o grande véu que separava Deus dos homens e nos deu acesso direto ao Santo dos santos, onde podemos entrar na presença do próprio Deus! (Hb.10:1920).

O sangue de Jesus derramado no Calvário aboliu a Antiga aliança e efetivou a Nova aliança, através do qual podemos orar sobre uma base sólida.

A oração tem, por fundamento, a Nova aliança -“O sangue do Cordeiro derramado no Calvário”.

Se orarmos sobre esta base, as nossas orações atingirão o Trono da graça de Deus Pai (Hb.4:16), pois o próprio Jesus é o nosso sacrifício perfeito e também o nosso intercessor.

Deste modo, quando Jesus derramou o Seu sangue na cruz do Calvário se tornou o nosso Intercessor eterno à destra de Deus! Seu sacerdócio está respaldado no Seu próprio SANGUE!

Na Sua Divindade e Humanidade

O fato de Jesus ser Deus-homem, Ele pode representar a humanidade à destra de Deus.

A Palavra de Deus diz em Hebreus 7:25: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”.

Quando você pensar que está sozinho, lembre-se: “Jesus também é homem e nos representa legalmente à destra do Pai celestial e está intercedendo a nosso favor”.

Ele é um intercessor humano que nos representa perante Deus, isto é, Jesus não se coloca diante do Pai em nosso favor como Deus, porém, como HOMEM.

E como será que Jesus se coloca diante de nós, a favor de Deus? Como DEUS! Sabem por quê?

Porque Jesus é DEUS-HOMEM. Isto não é fantástico? Temos um Intercessor DIVINO e perfeitamente HUMANO.

Se Jesus fosse apenas divino não poderia se tornar o nosso Intercessor, e se ele fosse somente humano o Seu sacrifício não teria o valor devido, portanto, foi necessário que o Filho eterno de Deus nascesse por meio de uma virgem e como homem apresentasse a Deus um sacrifício perfeito tornado-se por meio dele o nosso Sumo-sacerdote.

Logo chegamos à seguinte conclusão: Em Jesus Cristo há um homem no Céu, junto ao trono da graça. Ele também é Deus.

É o Deus-homem o que torna possível o Seu sacerdócio à destra de Deus Pai.

Ele está na brecha, entre Deus e nós. Ele é o nosso perfeito Intercessor! (Ver I Tm.2:5).

Na Necessidade de um Intercessor

Provavelmente um dos grandes versículos sobre intercessão, destacando a qualidade e a necessidade do Intercessor perfeito, está em

Jó 9:32,33: “Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo. Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos”.

O que Jó está querendo dizer com estas palavras?

As palavras de lamento dele eram exatamente estas: “Deus não é homem como eu. Gostaria de chegar diante dele e apresentar a minha causa, mas Ele não é meu igual, e não tenho alguém (um intercessor) que se coloque entre nós dois. Não posso ir a Deus, não há alguém que coloque a mão no meu ombro e no ombro d?Ele”.

Que quadro triste Jó nos mostra! Esse homem de Deus está afirmando que não havia um intercessor à altura que pudesse fazer intercessão entre Deus e ele.

Jó estava certo na sua afirmação: Havia necessidade de um intercessor! Mas quem poderia tapar a brecha entre Deus e a humanidade?

Quem poderia preencher os pré-requisitos de um Intercessor perfeito?

Só uma pessoa pode apresentar-se a Deus qualificado para suprir a necessidade de um Intercessor: JESUS, O DEUS-HOMEM!

A intercessão é tão vital, que Deus providenciou um Intercessor que não pode falhar.

Esse Intercessor é o FILHO DO HOMEM, nasceu na Terra, recebeu um corpo humano, logo, legalmente, Ele pode se colocar diante de Deus a favor da humanidade.

Em contrapartida, Ele também é o FILHO ETERNO DE DEUS e pode Se colocar diante da humanidade a favor de Deus. Destarte, JESUS É O ÚNICO INTERCESSOR que pôde suprir a necessidade de um Intercessor, e por a Sua mão intercessória no OMBRO DE DEUS e NO OMBRO DO HOMEM! É nisto que se respalda o sacerdócio de Cristo!

Na Sua Vitória contra o pecado

Se Jesus tivesse pecado, quando aqui esteve, Ele não poderia ser o nosso perfeito Intercessor.

Todavia, sua vida foi santa, sem pecado, pois assim testemunham as Escrituras a seu respeito:

“Cristo,… Cordeiro imaculado e incontaminado… Santo, inocente… sem pecado… (I Pd.1:19; Hb. 4:15; 7:26).

Ele obteve vitória sobre o pecado! Jesus experimentou todas as fraquezas humanas, porém, sem ceder ao pecado.

Portanto conhece, por experiência pessoal, a urgência e intensidade das nossas necessidades.

Para ver como a Epístola de Hebreus dá ênfase a este fato, leia cuidadosamente 2:11-18;4:14-16; 5:1-10.

O Senhor Jesus conhece, experimentalmente, a fraqueza humana, as tentações que procedem das limitações da natureza humana: e conhece o poder, a sutileza e a crueldade de Satanás.

Ele conhece todas estas coisas, embora nunca tenha cedido a uma tentação sequer.

Pense demoradamente neste ponto, pois é uma das bases em que o Seu sacerdócio está respaldado!

Quando Arão entrava para interceder pelo povo de Israel, levava sobre o seu peitoral sobre o qual estavam inscritos os nomes das doze tribos (Êxodo 28:29).

Assim, Jesus leva sobre o Seu peito o nome de cada um de nós, que somos Seus irmãos, enquanto intercede por nós diante do Seu Pai e nosso Pai.

Jesus entende o que nós passamos, porque Ele vivenciou as limitações e as fraquezas humanas, mas sem pecado.

Hoje, Ele é o nosso Intercessor qualificado para interceder por cada um de nós, junto ao Pai celestial, pois conhece, por experiência própria, as nossas limitações e fraquezas:

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb. 4: 15).

Os dois tipos de intercessão que Jesus realiza no Céu

Intercessão Silenciosa

Quando Arão entrava no lugar Santíssimo, conduzia consigo parte do SANGUE que tinha sido derramado ao pé do altar e espargia-o sobre o propiciatório da arca, na imediata presença de Deus (Ver. Lv. 16:15).

Isto era uma prova, aos olhos de Deus, que os pecados do povo tinham sido expiado, pela morte de um substituto por Deus mesmo indicado.

Assim, também, quando Cristo ofereceu a Si próprio na Cruz, subiu aos céus para apresentar as provas da sua morte diante de Deus, o Pai:

“… mas no mesmo céu para agora aparecer diante de Deus por nós” (Hb. 9:24).

De que modo Ele está ali diante dos olhos de Deus?

Diz o livro de Apocalipse: “Vi no meio (diante) do trono… um Cordeiro em pé, como se tivesse sido morto” (Apc. 5:6, 7;).

Cristo está agora nos céus perante aos olhos de Deus expondo as provas da Sua morte: as feridas das Suas mãos, dos pés e do Seu lado.

As feridas recebidas no calvário constituem as súplicas silenciosas, efetivas, em nosso favor.

Esta é a sua intercessão silenciosa!

Intercessão Ativa

Quando Arão entrava no Santo dos Santos para ministrar a favor do seu povo, na presença de Deus, tomava consigo não só o sangue, mas também um INCENSÁRIO cheio de incenso (Ler Lv.16:12,13).

Na Bíblia, o incenso é símbolo universal da oração. Salmos 141:2; Lucas 1:10; Apocalipse 5:8.

Assim também Cristo como nosso Sumo sacerdote, não está somente, de modo silencioso, intercedendo a nosso favor apresentando as provas da Sua morte, diante dos olhos de Deus.

Ele está igualmente, de modo ativo, intercedendo por nós, oferecendo a Deus, Pai, petições definidas em nosso favor.

Para que e por que Ele intercede?

Será que podemos saber quais são estas petições que Jesus apresenta ao Pai, em nosso favor?

Cremos que sim, pois estamos lembrando da Grande oração sacerdotal do capítulo 17 de João, na qual apresentou ao Pai pedidos definidos pelos Seus discípulos, e por aqueles que haveriam de crer nEle através dos testemunhos dos próprios discípulos.

E Quais são esses pedidos?

Voltemos ao capítulo 17 de João e procuremos cuidadosamente:

a) Para que sejamos guardados do maligno:

“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós” (vs. 9-11).

b) Para que sejamos santificados:

“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade” (vs.17-19).

c) Para que sejamos um:

“E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim” (vs.20-23).

d) Para que sejamos glorificados:

“Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo” (v.24).

Guardados, santificados, unificados, glorificados.

Tais são as petições que Jesus está atualmente apresentando a Deus, o Pai, em nosso favor.

Lembremo-nos também de que, enquanto a obra de Jesus na Terra foi realizada no passado e efetuada uma vez por todas,

Mas, sua obra intercessória nos céus é presente e contínua.

Observe a ênfase do tempo presente dos verbos, em Hebreus 9:25; 7:25; Romanos 8:34.

CONCLUSÃO

JESUS, É O ÚNICO MEDIADOR

“Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”
1Tm 2.5

Assim como existe um só Deus, também há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.

Jesus é a escada mística de Jacó que liga a terra ao céu.

Jesus é o caminho para Deus e ninguém pode ter acesso ao Pai, senão por ele. Jesus é a porta do céu e ninguém pode entrar no paraíso senão por ele. Jesus é o Advogado justo e ninguém poderá ser absolvido no tribunal de Deus, senão por ele.

Jesus é o Sumo Sacerdote e ninguém pode oferecer um sacrifício perfeito e eficaz por nós, senão ele.

Jesus é o intercessor legal junto ao Pai e ninguém pode ficar livre das acusações terríveis do diabo senão por meio dele.

Jesus, por meio de sua morte, abriu para nós um novo e vivo caminho para Deus.

Por meio dele temos livre acesso ao trono da graça.

Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.

Deus não lançou sobre nós mesmos os nossos pecados; lançou-os sobre Jesus.

Na cruz, Jesus pagou completamente a nossa dívida.

Finalmente, Deus depositou em nossa conta a completa justiça de Jesus. Fomos justiçados pelo seu sangue.

Agora não pesa mais nenhuma condenação sobre nós.

I João 2.1. Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
2. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.

Portanto, podemos fazer com toda segurança a seguinte oração:

Amado Deus, o teu amor me libertou da condenação de todos os meus pecados.

Agora, eu posso viver livre do peso da culpa, pois Cristo pagou a minha dívida. Em nome de Jesus. Amém.

…havendo considerado os pontos básicos, importa agora, conhecermos o maior de todos os intercessores: Jesus.

 

Jesus foi e continua sendo o maior de todos os intercessores… Ele se apresentou diante do Pai, em nosso lugar, e fez isto não apenas com palavras e orações, mas com o próprio sangue.

 

A palavra de Deus nos mostra diversos ações de Jesus, assumindo papéis vitais para a humanidade. Entre diversos, vamos destacar alguns que tem a ver com o Ministério de Intercessão:

Romanos 8:34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

Nessa passagem vemos Jesus como Intercessor, e essa é a expressão do imenso amor de Deus por nós, através da ação intercessória constante de Jesus.

Mas o ato intercessório de Jesus é muito mais completo e complexo do que apenas relatado nessas passagens, e é o que vamos ver a partir desse momento:

 

A NATUREZA DA OBRA INTERCESSÓRIA DE CRISTO:

É impossível dissociar a obra intercessória de Cristo de Seu sacrifício expiatório na cruz. Este é apenas um aspecto da obra sacerdotal de Cristo.

A essência da Intercessão é a Expiação de Cristo. A Expiação é real – um sacrifício e uma oferta reais, e não um mero sofrimento passivo – porque, em sua própria natureza, é uma intercessão ativa e infalível; ao passo que, por outro lado, a Intercessão é uma Intercessão judicial, representativa e sacerdotal, e não uma mera influência a favor de alguém – porque é essencial que haja Expiação, ou seja, uma oblação substitutiva, feita uma vez por todas no Calvário, agora apresentada perpetuamente e usufruindo perpétua aceitação no céu.

Hebreus 10:9-14

9 – Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.

10 – Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.

11 – E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados;

12 – Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus,

13 – Daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés.

14 – Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.

 

Exatamente como o sumo sacerdote, no grande dia da Expiação, entrava no lugar santíssimo, isto é, no Santo dos Santos, com o sacrifício consumado, para apresentá-lo a Deus, assim Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, entrou no Lugar Santíssimo, isto é, no Tabernáculo Celestial, pelo sacrifício de Si mesmo, santo, perfeito, imaculado, insubstituível, único e imutável.

 

Hebreus 9:24 Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;

Há também um elemento judicial na intercessão, precisamente como na expiação. Mediante a expiação, Cristo Jesus satisfez as justas exigências da lei, de modo que nenhuma acusação legal pode, com justiça, ser feita contra aqueles pelos quais Ele pagou o preço. Contudo, Satanás, o acusador, sempre está a lançar acusações contra os eleitos e remidos; mas o Senhor e Salvador Jesus Cristo nos justifica pela apresentação de Seu próprio Sangue e Obra Expiatórios, diante de Deus.

Apocalipse 12:11E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.

O apóstolo Paulo, afirma em

Rm.8:33,34 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

Aí está o elemento judicial presente claramente.

Um outro ponto relativo à Obra intercessória de Cristo, é que ela está relacionada com a nossa santificação completa, integral (posicional, vivencial ou prática-progressiva e final). Quando nos dirigimos ao Pai, em Nome de Cristo

Mateus 18:18-20 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

João 14:13 E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.

as nossas orações imperfeitas são aperfeiçoadas nEle; os nossos pecados são perdoados por Ele; as nossas limitações humanas e materiais são plenamente suplantadas e superadas pela Sua divindade eterna. Aleluia! Leia-se:

Hebreus 2:17-18 Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.  Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.

Hebreus 4:14-16 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.

I Pedro 2:4-5 E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.

 

POR QUEM ELE INTERCEDE?

O Senhor Jesus Cristo intercede por todos aqueles por quem Ele fez expiação, e somente por estes. Pode-se inferir disto do caráter limitado da expiação somente os que creem, os que são nascidos de novo, é que são beneficiados por ela, embora o Sacrifício de Cristo tenha sido feito por todos

Mateus 10:32-33 Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.

Marcos 16:16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Em passagens como:

Romanos 8:1PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Romanos 8:34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

Hebreus 7:25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

Hebreus 9:24 Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;

a palavra “nós” se refere somente aos salvos. Além disso, na oração sacerdotal registrada em Jo.17, o Senhor Jesus Cristo diz ao Pai que ora por Seus discípulos que ali estão e “por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra” (v.9,20).

No versículo 9, do mesmo capítulo, Ele faz uma declaração sumária a respeito do caráter restritivo de Sua intercessão, quando diz: “É por eles que Eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste”. E o versículo 20, nos ensina que Ele não intercede somente pelos discípulos presentes, mas por todos os que ainda haveriam de ser salvos.

Neste sentido, o Senhor Jesus Cristo está posto como Sumo Sacerdote dos que são declarados filhos de Deus, por meio dELE. Não significa, no entanto, que Ele nunca interceda pelos que não são salvos, como lemos em

Lucas 23:34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.

pois aqui o vemos como Filho do Homem, em seu estado de humilhação.

Agora, porém, não O vemos desta forma, mas como Aquele que está à direita de Deus Pai, glorificado e que intercede por nós: “o Sumo Sacerdote dos bens futuros”. Leia-se, ainda,

João 17:24 Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.

Hebreus 4:14-16 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.

 

ORAÇÃO INTERCESSÓRIA DE CRISTO

A oração intercessória de Cristo é uma oração que nunca falha. Junto ao túmulo de Lázaro o Senhor Jesus expressou a certeza de que o Pai sempre O ouve,

João 11:42 Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.

Suas orações intercessórias em favor do Seu povo estão baseadas em Sua obra expiatória. Os remidos de Deus podem auferir consolo e fortaleza do fato de contar com um intercessor tão eficaz junto ao Pai!

João 14:13-14 E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.

 

MOTIVOS DA INTERCESSÃO DE CRISTO

Jesus Cristo é o nosso único e suficiente Mediador, e isso por algumas razões:

 

1. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque Ele é Deus-Homem. Jesus é Deus e Homem ao mesmo tempo. 

 

Ele é perfeitamente Deus e perfeitamente Homem. É uma só Pessoa, mas com duas naturezas distintas. Jesus não deixou de ser Deus ao tornar-se Homem.

 

Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo, desceu da glória, esvaziou-se e fez-se carne. Vestiu a nossa pele, nasceu numa manjedoura, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz.

 

Ele é a ponte que nos liga a Deus, o caminho que nos dá acesso ao Pai e a porta de entrada da bem-aventurança eterna.

 

 

2. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque é o nosso representante e fiador. 

 

Jesus veio ao mundo para ser nosso representante e fiador.

ü  Não veio apenas para estar ao nosso lado, mas em nosso lugar.

ü  Não veio apenas para falar por nós, mas para morrer por nós.

ü  Não veio apenas para nos defender, mas para nos substituir.

 

Sua morte na cruz foi um sacrifício, um sacrifício substitutivo.

Ø  Ele morreu a nossa morte.

Ø  Ele pagou a nossa dívida.

Ø  Ele sofreu o duro golpe da lei que deveríamos sofrer.

Ø  Ele sorveu sozinho o cálice amargo da ira de Deus que nós deveríamos beber.

Ø  Ele recebeu em si mesmo a merecida punição do nosso pecado.

Ø  Ele cumpriu com todas as demandas da justiça divina ao morrer em nosso lugar, em nosso favor, para nos oferecer perdão e vida eterna.

 

 

3. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque ressuscitou, venceu a morte, triunfou sobre os principados e potestades e nos fez assentar com ele nas regiões celestes. 

 

A morte de Cristo na cruz não foi um sinal de fraqueza e derrota, mas de retumbante vitória.

 

Ele matou a morte e arrancou seu aguilhão, quando ressuscitou dentre os mortos.

 

Ø  A vitória de Cristo é a nossa vitória.

Ø  Morremos com ele e com ele ressuscitamos.

Ø  Estamos escondidos com Cristo em Deus.

Ø  Estamos assentados com ele nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade.

Ø  Nele somos mais do que vencedores.

 

Por meio dele temos livre acesso ao trono da graça e chegaremos

ü  ao Céu,

ü  ao Paraíso,

ü  ao Seio de Abraão,

ü  à Casa do Pai,

ü  à Cidade Santa,

ü  à Nova Jerusalém.

 

Ele é nosso irmão mais velho e seguindo suas pegadas, entraremos pelos portais da glória trajando vestes alvas e com palmas em nossas mãos.

 

Com ele, assentar-nos-emos em tronos e, com ele, reinaremos em seu reino de glória, para todo o sempre. Porque Cristo foi tudo para nós na terra, no tempo, na vida e na morte, ele será tudo para nós no céu, na glória e isso, por toda a eternidade.

 

 

CONCLUSÃO:

 

A obra que permanece inacabada é a intercessão, porque milhões ainda estão para ser salvos.

Na verdade, saber que Jesus continua seu Ministério de Intercessão à direita de Deus é bastante edificante e encorajador para nós. Isso implica que Jesus tem se empenhado no Ministério de Intercessão por mais de dois mil anos.

Também fica claro que a intercessão é a mais alta prioridade na mente de Jesus. E continuará até que Ele volte em glória para julgar os vivos e os mortos. Isso não deixa dúvidas sobre a importância inestimável da intercessão para a salvação das almas.

Na intercessão, entramos no círculo onde partilhamos o mesmo fardo com Jesus e somos capazes de ouvir o clamor das pessoas que ainda estão para serem salvas.

 

Jesus entregou sua vida em favor de cada pessoa que já viveu nesse mundo. E agora, como nosso Sumo Sacerdote e Intercessor, Ele vive sempre para levar pessoas a aceitarem sua proposta de salvação conquistada por sua Paixão, Morte e Ressurreição.

…havendo considerado os pontos básicos, importa agora, conhecermos o maior de todos os intercessores: Jesus.

 

Jesus foi e continua sendo o maior de todos os intercessores… Ele se apresentou diante do Pai, em nosso lugar, e fez isto não apenas com palavras e orações, mas com o próprio sangue.

 

A palavra de Deus nos mostra diversos ações de Jesus, assumindo papéis vitais para a humanidade. Entre diversos, vamos destacar alguns que tem a ver com o Ministério de Intercessão:

Romanos 8:34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

Nessa passagem vemos Jesus como Intercessor, e essa é a expressão do imenso amor de Deus por nós, através da ação intercessória constante de Jesus.

Mas o ato intercessório de Jesus é muito mais completo e complexo do que apenas relatado nessas passagens, e é o que vamos ver a partir desse momento:

1)    JESUS INTERCEDEU PELO HOMEM LOGO QUE ELE PECOU, SE COLOCANDO NA BRECHA E ASSUMINDO A BATALHA DIRETA COM SATANÁS, DECLARANDO QUE PISARIA NA CABEÇA DA SERPENTE

Gênesis 3:15 E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

 

2)    POR AMOR, JESUS VEIO PARA INTERFERIR NOS PLANOS DE SATANÁS, SALVANDO-NOS DA MORTE ETERNA

João 3:16-17 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

 

3)    COMO BOM PASTOR, ELE TEM CUIDADO DE NÓS

João 10:11-18

11 – Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

12 – Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas.

13 – Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas.

14 – Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

15 – Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.

16 – Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.

17 – Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.

18 – Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.

 

Jesus, no seu ministério terreno,

      orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10).

      Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41).

      Orava pelos seus discípulos,

         tanto individualmente (ver Lc 22.32)

         como pelo grupo todo (Jo 17.6-26).

      Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34). 

 

 

 

4)    PORQUE ELE É SACERDOTE ETERNO

Hebreus 7:21-25

21 – Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque),

22 – De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.

23 – E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer,

24 – Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.

25 – Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

Hebreus 7.27 Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.

 

5)    COMO SUMO SACERDOTE ELE TEM UM SACRIFÍCIO SUPERTIOR A OFERECER DE UMA VEZ POR TODAS

Hebreus 8.3 Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.

João 15:13 Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.

Hebreus 10:5-10

5 – Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste;

6 – Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.

7 – Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a tua vontade.

8 – Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei).

9 – Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.

10 – Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.

 

Isaías 53:4-6

4 – Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.

5 – Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

6 – Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

 

Isaías 53:8 Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.

 

Isaías 53:10-12

10 – Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão.

11 – Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.

12 – Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

 

A expiação pelos pecados realizou-se na Cruz. A paixão de Cristo, culminando em sua morte na Cruz, é o maior ato de intercessão oferecido por Jesus.

 

6)    E O SEU SANGUE FOI DERRAMADO COMO PROPICIAÇÃO PELOS NOSSOS PECADOS

 

Hebreus 9:14-22

14 – Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?

22 – E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.

 

 

7)    PELO SEU SACRIFÍCIO, O VEU DA DIVISÃO FOI RASGADO

 

Lucas 23:44-45

44 – E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;

45 – E rasgou-se ao meio o véu do templo.

 

 

Hebreus 10:19-22

19 – Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,

20 – Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,

21 – E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus,

22 – Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,

 

 

8)    NA SUA OBEDIÊNCIA, ELE RECEBEU UM NOME COM SUPERIOR AUTORIDADE

 

Filipenses 2:5-11

5 – De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,

6 – Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,

7 – Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

8 – E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.

9 – Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;

10 – Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,

11 – E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai.

 

 

9)    E ESSA AUTORIDADE ELE DERRAMOU SOBRE A IGREJA

 

Efésios 1:19-23

19 – E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,

20 – Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus.

21 – Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;

22 – E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja,

23 – Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.

 

 

10) E VENCENDO A MORTE E O DIABO, E O MUNDO, ELE SUBIU AO CÉU

João 16:33 Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

Hebreus 10:12-13

12 – Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus,

13 – Daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés.

Hebreus 9:24 Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;

Depois de ter morrido e ressuscitado dos mortos, o Ministério de Intercessão de Jesus continua à direita de Deus, para onde Ele ascendeu:

 

11) PARA SER O ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS

 

I Timóteo 2:5-6

5 – Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.

6 – O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.

 

Ele é o mediador no sentido absoluto da palavra, de uma forma que ninguém mais pode ser.

 

O objetivo principal de sua mediação é a salvação de cada pessoa humana no sentido de restaurar a amizade entre Deus e o homem

 

 

12) E ADVOGAR A CAUSA DOS FILHOS DE DEUS COMPRADOS COM SEU SANGUE

I João 2:1 MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.

 

13) POIS ELE VIVE ETERNAMENTE INTERCEDENDO POR CADA UM DE NÓS, COMO IGREJA

Hebreus 7:25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles

 

14) POIS COMO VENCEDOR INVICTO, O INIMIGO ESTÁ SUBJUGADO

Apocalipse 19:11-16

11 – E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.

12 – E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.

13 – E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.

14 – E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.

15 – E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.

16 – E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.

 

Apocalipse 12:10-11

10 – E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.

11 – E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.

 

A natureza da Obra intercessória de Cristo:

É impossível dissociar a obra intercessória de Cristo de Seu sacrifício expiatório na cruz. Este é apenas um aspecto da obra sacerdotal de Cristo.

A essência da Intercessão é a Expiação de Cristo. A Expiação é real – um sacrifício e uma oferta reais, e não um mero sofrimento passivo – porque, em sua própria natureza, é uma intercessão ativa e infalível; ao passo que, por outro lado, a Intercessão é uma Intercessão judicial, representativa e sacerdotal, e não uma mera influência a favor de alguém – porque é essencial que haja Expiação, ou seja, uma oblação substitutiva, feita uma vez por todas no Calvário, agora apresentada perpetuamente e usufruindo perpétua aceitação no céu.” Hb.10:9-14.

Exatamente como o sumo sacerdote, no grande dia da Expiação, entrava no lugar santíssimo, isto é, no Santo dos Santos, com o sacrifício consumado, para apresentá-lo a Deus, assim Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, entrou no Lugar Santíssimo, isto é, no Tabernáculo Celestial, pelo sacrifício de Si mesmo, santo, perfeito, imaculado, insubstituível, único e imutável. Hb.9:24.

Há também um elemento judicial na intercessão, precisamente como na expiação. Mediante a expiação, Cristo Jesus satisfez as justas exigências da lei, de modo que nenhuma acusação legal pode, com justiça, ser feita contra aqueles pelos quais Ele pagou o preço. Contudo, Satanás, o acusador, sempre está a lançar acusações contra os eleitos e remidos; mas o Senhor e Salvador Jesus Cristo nos justifica pela apresentação de Seu próprio Sangue e Obra Expiatórios, diante de Deus. (Ap 12.11).

O apóstolo Paulo, em Rm.8:33,34, afirma: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”. Aí está o elemento judicial presente claramente.

Um outro ponto relativo à Obra intercessória de Cristo, é que ela está relacionada com a nossa santificação completa, integral (posicional, vivencial ou prática-progressiva e final). Quando nos dirigimos ao Pai, em nome de Cristo (Mt.18:18-20; Jo.14:13), as nossas orações imperfeitas são aperfeiçoadas nEle; os nossos pecados são perdoados por Ele; as nossas limitações humanas e materiais são plenamente suplantadas e superadas pela Sua divindade eterna. Aleluia! Leia-se: Hb.2:17,18; 3:1-6; 4:15;1Pe.2:4,5.

Por quem ele intercede?

O Senhor Jesus Cristo intercede por todos aqueles por quem Ele fez expiação, e somente por estes. Pode-se inferir disto do caráter limitado da expiação somente os que crêem, os que são nascidos de novo, é que são beneficiados por ela, embora o Sacrifício de Cristo tenha sido feito por todos (Mt.10:32,33; Mc.16:16; 1Jo.2:1,2).

Em passagens como Rm.8:1,2,34; Hb.7:25,26 e 9:24, a palavra “nós” se refere somente aos salvos. Além disso, na oração sacerdotal registrada em Jo.17, o Senhor Jesus Cristo diz ao Pai que ora por Seus discípulos que ali estão e “por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra” (v.9,20).

No versículo 9, do mesmo capítulo, Ele faz uma declaração sumária a respeito do caráter restritivo de Sua intercessão, quando diz: “É por eles que Eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste”. E o versículo 20, nos ensina que Ele não intercede somente pelos discípulos presentes, mas por todos os que ainda haveriam de ser salvos.

Neste sentido, o Senhor Jesus Cristo está posto como Sumo Sacerdote dos que são declarados filhos de Deus, por meio dELE. Não significa, no entanto, que Ele nunca interceda pelos que não são salvos, como lemos em Lc.23:33, pois aqui o vemos como Filho do Homem, em seu estado de humilhação. Agora, porém, não O vemos desta forma, mas como Aquele que está à direita de Deus Pai, glorificado e que intercede por nós: “o Sumo Sacerdote dos bens futuros”. Leia-se, ainda, Jo.17:17,24; Hb.4:14-16; 10:21,22; 1Pe.2:5.

A oração intercessória de Cristo é uma oração que nunca falha. Junto ao túmulo de Lázaro o Senhor Jesus expressou a certeza de que o Pai sempre O ouve, Jo.11:42. Suas orações intercessórias em favor do Seu povo estão baseadas em Sua obra expiatória. Os remidos de Deus podem auferir consolo e fortaleza do fato de contar com um intercessor tão eficaz junto ao Pai! (Jo 14.13-14).

Jesus Cristo é o nosso único e suficiente Mediador, e isso por algumas razões:

1. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque Ele é Deus-Homem. Jesus é Deus e Homem ao Até amanhã… tempo. Ele é perfeitamente Deus e perfeitamente Homem. É uma só Pessoa, mas com duas naturezas distintas. Jesus não deixou de ser Deus ao tornar-se Homem. Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo, desceu da glória, esvaziou-se e fez-se carne. Vestiu a nossa pele, nasceu numa manjedoura, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz. Ele é a ponte que nos liga a Deus, o caminho que nos dá acesso ao Pai e a porta de entrada da bem-aventurança eterna.

 

2. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque é o nosso representante e fiador. Jesus veio ao mundo para ser nosso representante e fiador. Não veio apenas para estar ao nosso lado, mas em nosso lugar. Não veio apenas para falar por nós, mas para morrer por nós. Não veio apenas para nos defender, mas para nos substituir. Sua morte na cruz foi um sacrifício, um sacrifício substitutivo. Ele morreu a nossa morte. Ele pagou a nossa dívida. Ele sofreu o duro golpe da lei que deveríamos sofrer. Ele sorveu sozinho o cálice amargo da ira de Deus que nós deveríamos beber. Ele recebeu em si mesmo a merecida punição do nosso pecado. Ele cumpriu com todas as demandas da justiça divina ao morrer em nosso lugar, em nosso favor, para nos oferecer perdão e vida eterna.

 

3. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque ressuscitou, venceu a morte, triunfou sobre os principados e potestades e nos fez assentar com ele nas regiões celestes. A morte de Cristo na cruz não foi um sinal de fraqueza e derrota, mas de retumbante vitória. Ele matou a morte e arrancou seu aguilhão, quando ressuscitou dentre os mortos. A vitória de Cristo é a nossa vitória. Morremos com ele e com ele ressuscitamos. Estamos escondidos com Cristo em Deus. Estamos assentados com ele nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade. Nele somos mais do que vencedores. Por meio dele temos livre acesso ao trono da graça e chegaremos ao Céu, ao Paraíso, ao Seio de Abraão, à Casa do Pai, à Cidade Santa, à Nova Jerusalém. Ele é nosso irmão mais velho e seguindo suas pegadas, entraremos pelos portais da glória trajando vestes alvas e com palmas em nossas mãos. Com ele, assentar-nos-emos em tronos e, com ele, reinaremos em seu reino de glória, para todo o sempre. Porque Cristo foi tudo para nós na terra, no tempo, na vida e na morte, ele será tudo para nós no céu, na glória e isso, por toda a eternidade.

 

A obra que permanece inacabada é a intercessão, porque milhões ainda estão para ser salvos. Na verdade, saber que Jesus continua seu Ministério de Intercessão à direita de Deus é bastante edificante e encorajador para nós. Isso implica que Jesus tem se empenhado no Ministério de Intercessão por mais de dois mil anos.

Também fica claro que a intercessão é a mais alta prioridade na mente de Jesus. E continuará até que Ele volte em glória para julgar os vivos e os mortos. Isso não deixa dúvidas sobre a importância inestimável da intercessão para a salvação das almas.

Na intercessão, entramos no círculo onde partilhamos o mesmo fardo com Jesus e somos capazes de ouvir o clamor das pessoas que ainda estão para serem salvas. Jesus entregou sua vida em favor de cada pessoa que já viveu nesse mundo. E agora, como nosso Sumo Sacerdote ou Intercessor, Ele vive sempre para levar pessoas a aceitarem sua proposta de salvação conquistada por sua Paixão, Morte e Ressurreição.