Romanos 8:35 Quem nos separará do amor de Cristo? A
tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o
perigo, ou a espada?
O pecado era(e é), fator gerador da separação entre Deus e o
homem(Romanos 3:23), mas o sacrifício de Jesus nos reatou ao Pai, e através de
Cristo, temos o acesso constante ao amor e ao perdão divino(1 João 2:1).
Continuamos humanos e falhos mesmo após a vinda de Jesus
Cristo e todos os seus ensinamentos.
Somos resistentes em obedecer a Deus e a Sua Palavra, mesmo
na simplicidade da Mesma.
Mas a verdade é que fatores externos não tem o poder de nos
afastar de Cristo, afinal, é o que diz o versículo chave deste texto, porém, a
maior arma do inimigo que nos circunda (1 Pedro 5:8), não é nenhuma das citadas.
Tribulações, angustias, perseguições, dificuldades
financeiras e as demais, são insuficientes para “derrubar” um cristão convicto de sua posição em Cristo
Jesus.
O maior perigo que circunda um cristão é seu próprio
“eu”.
Meu ego, minha auto suficiência. Errar e pecar todo mundo,
sem exceção faz. Minha atitude diante do
meu próprio erro é o que será crucial para minha saúde espiritual.
A palavra Satanás, que identifica o inimigo dos cristãos,
significa justamente “acusador”, ou seja, a sua principal arma contra
nossa vida é a acusação.
Não ache que seu líder ou pastor, ou discipulador esta
isento das armas do inimigo, afinal títulos e ou cargos não servem de proteção
contra o mesmo.
A maior arma conta o maligno é o genuíno arrependimento (Atos
3:19).
Vemos muitos ministérios “falindo”, sendo
abandonados pelo caminho, homens antes cheios da presença do Espirito Santo,
tomando caminhos tortuosos, e nos perguntamos abismados como pode ser isto?
A resposta quase
sempre (ou certamente sempre), estará em falta de arrependimento.
Errar e pecar, todos estamos sujeitos diariamente, mas o meu
pecado é arma de Satanás contra minha vida e contra meu ministério.
E não se assuste, o inimigo é realmente muito astuto, e ele
certamente usara pessoas próximas a você para promover sua acusação.
Não permita ao inimigo esta vantagem sobre sua vida.
“…sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” (Mateus
10.16b).
Lembre-se de que sua luta não é contra o seu irmão (pois a
nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os
dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas
regiões celestiais. – Efésios 6:12), exerça em todo o tempo o Amor.
Arrependimento esta palavra é a arma contra o agir do
“acusador” na sua vida e ministério, exerça o seu direito de ter um
advogado, Jesus Cristo, o Justo.
Ele certamente tomara sua causa e conseguira junto ao Pai o
perdão necessário para sua libertação.
O PESO DA ACUSAÇÃO
“Você não é digno de estar aqui, ministrando neste templo.
Você encontra-se em pecado, suas roupas estão sujas, seu indigno!”.
A voz de Satanás, o acusador, era rouca, cavernosa, carregada
de ira e de raiva, e estava se dirigindo em direção ao sumo-sacerdote Josué.
As pernas de Josué passaram a tremer, as lembranças vieram à
tona, recordava sua chegada em Jerusalém, há poucos dias, depois de haver
passado vários anos no exílio, em Babilônia, longe do templo, longe de Deus,
longe do serviço na casa de Deus.
Sabia que aquelas palavras eram reais e como flechas
penetravam no profundo de sua alma.
De fato, ele não era digno de ministrar na presença do Deus
Altíssimo.
Suas vestes estavam imundas, inadequadas para servir e
ministrar no templo, muito menos para ministrar louvores ou sacrifícios diante
do Senhor Todo-Poderoso.
Ainda recordando que estivera distante de Deus e da súbita
acusação, Josué, ouve uma voz diferente daquela que tinha ouvido anteriormente.
Era a voz do anjo do Senhor, que dirigia-se a Satanás e o
repreendia com muita autoridade e firmeza: “Que o Senhor te repreenda, ó
Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda! Não é este um
tição tirado do fogo?”
Satanás, de vermelho, ficou pálido, esperava tudo, menos
aquilo: ser repreendido por ter feito acusação a um pecador.
Encontrou alguém maior que ele e que estendia de sua
misericórdia e compaixão a um dos seus acusados.
Encolheu os ombros, envergonhado, sem argumentos, foi saindo
de costa para pensarem que estava chegando.
Não são poucas às vezes na vida, que somos acusados,
vilipendiados, ou que alguém levanta seu dedo em riste e diz: “você é culpado
por me fazer isso”, ou “eu estou assim é por sua causa”, “ ta vendo o que você
me fez”, “se não fosse por sua atitude eu não estaria assim, estaria muito bem”
“estou arrependido de ter casado com você”, “você acabou a minha empresa”,
“você destruiu os meus sonhos”, “Você acabou com minha vida”. “ Você me traiu”.
“Você é a pior coisa que me aconteceu”, “você é uma desastrada”. São
verdadeiros aguilhões que vão penetrando em nossos ouvidos e perturbando nosso
ser, e nos tirando a paz.
De fato, algumas atitudes que cometemos fizeram ou ainda
fazem mal a alguém.
Mas, o pior de tudo, é conviver com a acusação, que vem em
nossas mentes, nossos sentimentos, ou é externada por alguma pessoa amiga,
familiar, chefe, colega, que se levanta com argumentos que ferem a alma e
entristecem o coração.
A maior problemática de uma acusação é que ela traz em seu
bojo um caráter destrutivo, de retaliação, de vingança. Na maioria das vezes, o
acusador quer destruição e morte de seu acusado, e não o seu arrependimento, a
sua restauração ou reintegração.
O mais importante nesse tempo de acusação é não estar só,
ter alguém para nos defender, não necessariamente defender nossas faltas, mas,
nos dar uma oportunidade e nos apontar uma nova perspectiva, a fim de que
possamos fazer a coisa certa, com as reparações necessárias que nos credibilize
nova aceitação.
Josué tinha o anjo do Senhor para defendê-lo contra os ardis
de Satanás.
“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os
livra” Salmo 34:7
O anjo estava ao lado dele porque ele temia a Deus.
“ No temor do Senhor
tem o homem forte amparo, e isso é refúgio para os seus filhos. O temor do
Senhor é fonte de vida, para evitar os laços da morte”. Provérbio 14:26,27
Jesus é nosso maior defensor contra a acusação do pecado.
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não
pegueis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo,
o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos
próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”. I João 2:1,2
Deus havia escolhido Josué e tinha propósitos nobres para
sua vida e ministério. “O Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda! Não é
este um tição tirado do fogo?”
Se todos aqueles que estão em pecado soubessem quanto Deus
os ama e tem propósitos para suas vidas, com certeza, não estariam carregando o
peso da acusação e da culpa. Sobretudo, Deus amava Josué, e queria
dignificá-lo, levando-o a honra de servi-lo em santidade.
Para tanto, através do anjo, Ele repreendeu Satanás:
“Esse aí não, nesse você não vai tocar, nem destruir, retira
esta tua mão imunda, tira essa acusação, porque esse eu comprei com meu próprio
sangue!”
“Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus.” Romanos 8:1
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por
meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 5:1
Deus te escolheu e tem projetos especiais e grandiosos para
sua vida! Deus já investiu muito em tua vida, ele não vai te perder.
As vestes, na Bíblia, sempre tiveram um grande significado
espiritual. Vestes brancas significam: santidade, justiça, pureza, e salvação.
Vestes sujas significam: pecado, imundícia, contaminação, impureza, e perdição.
Josué tinha as vestes sujas, mas ele tinha consciência de
sua culpa, sentia o peso da acusação, e sabia que só Deus poderia perdoar seu
pecado e mudar suas vestes.
“.Ora Josué, vestido de trajes sujos, estava em pé diante do
anjo. Então falando este, ordenou aos que estavam diante dele, dizendo:
Tirai-lhe estes trajes sujos. E a Josué disse: Eis que tenho feito com que
passe de ti a tua iniquidade, e te vestirei de finos trajes.”
“Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se
vestes de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?”.
Respondi-lhe: Meu
Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: são estes os que vêm da grande
tribulação, lavaram as suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,
razão porque se acham diante do trono do Cordeiro…” Apocalipse 7:13,14
“Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o
óleo sobre a tua cabeça”. Eclesiastes 9:8
Josué não só foi livre de seu acusador e de sua acusação,
mas recebeu da parte de Deus o perdão do pecado, uma palavra profética e do
quanto era especial, escolhido e amado, e do propósito nobre de Deus para sua
vida e ministério.
CONCLUSÃO
Assim como aconteceu com Josué, Deus nos livra de nossos
acusadores e nos tira as vestes sujas de pecados e nos dá vestes de santidade,
afim de que possamos ministrar em Sua presença, como sacerdotes do Senhor.
Tão somente deseja que nós, em humilhação e arrependimento,
possamos reconhecer seu senhorio e seu amor sobre nossas vidas.
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdote real, nação santa,
povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” I Pedro 2:9