OBRIGAÇÕES ESPIRITUAIS

Cumprindo as Obrigações Diante de Deus

Cumprindo as obrigações diante de DEUS

 

 “Quando a DEUS fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o” (Ec 5.4).

 

 

VERDADE PRATICA

 

A nossa vida de adoração somente será verdadeira quando nos conscientizarmos dos nossos direitos e deveres diante de DEUS.

 

 

I – OBRIGAÇÕES E DEVOÇÃO

1. Obrigações natureza político-social.

2. Obrigações de natureza religiosa.

 

II – OBRIGAÇÕES ANTE A SANTIDADE DE DEUS

1. Reverência.

2. Obediência.

 

III – OBRIGAÇÕES FRENTE À TRANSCENDÊNCIA DE DEUS

1. DEUS, o criador.

2. Homem, a criatura.

 

IV – OBRIGAÇÕES DIANTE DA IMANÊNCIA DE DEUS

1. DEUS está próximo.

2. O valor das orações e votos.

 

INTRODUÇÃO

 

Em todas as esferas da vida temos responsabilidades.

 

É na família, no trabalho, na faculdade, nas amizades, enfim; em todos os lugares onde nos relacionamos está o nosso senso de responsabilidade. Com as coisas de DEUS não é diferente.

 

Ora, o Senhor nosso DEUS é SANTO, Amoroso e Misericordioso. Por isso, devemos nos empenhar no compromisso de imitá-Lo, servindo-O de toda mente e coração.

 

A vida com DEUS é para ser levada a sério e devemos vivê-la até as últimas consequências.

 

Quando o amor do Pai inunda-nos à alma, não temos dúvida do quanto podemos fazer para Ele e ao próximo que está em torno de nós.

 

O capítulo 5 de Eclesiastes é uma série de conselhos práticos, onde Salomão inicia falando a respeito da vida religiosa e da reverência que é devida na Casa de DEUS (Ec 5.1).

 

Os israelitas, desde a infância eram ensinados a reverenciarem, o sábado como dia santo e o santuário do Senhor (Lv 19.30; 26.2).

 

Será que nossos filhos sabem da importância de se adorar ao Senhor no seu templo?

 

A língua grega dispõe de duas palavras para culto: latreia e proskuneo.

 

A primeira significa adoração e a segunda reverenciar. Cultuara DEUS é adorá-lo.

 

É reconhecer que Ele é único e digno de receber toda a honra, glória e louvores.

 

Muitos confundem cultuar a DEUS com ir à igreja.

 

Às vezes os crentes até vão à igreja, mas não louvam e adoram ao Senhor.

 

DEUS busca aqueles que o adoram em espírito e em verdade (Jo 4.24).

 

Os israelitas não tinham a liberdade que nós temos hoje.

 

Na Antiga Aliança para se apresentar diante de DEUS era necessário sacrifícios e a intervenção de um sacerdote.

 

Atualmente não mais precisamos disso, pois a morte e a ressurreição de JESUS nos garante livre acesso à presença do Pai.

 

Todavia, é preciso respeito.

 

Certa vez, JESUS entrou no Templo e ficou indignado com a falta de reverência das pessoas.

 

O louvor e a adoração haviam sido substituídos pelo comércio (Mt 21.12).

 

O que se ouvia ali não eram aleluias e glórias ao Todo-Poderoso, mas o grito dos cambistas e dos que comercializavam os pombinhos que eram utilizados nos sacrifícios.

 

O Mestre ficou indignado!

 

JESUS colocou toda aquela “turma” no seu devido lugar.

 

O louvor, a adoração e a oração estavam sendo substituídos.

 

Hoje temos livre acesso a DEUS, não precisamos realizar todo o ritual litúrgico do culto Levítico, porém não significa que em nossos cultos não devemos seguir uma liturgia santa, bíblica.

 

Paulo ao ensinar a respeito do culto diz que tudo deve ser feito para a edificação:

 

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26).

 

Para muitos israelitas a ida até Jerusalém, onde estava o Templo, não era somente uma obrigação religiosa.

 

Certamente eles iam ao Templo para celebrar as festas sagradas com o coração alegre.

 

Observe o que nós diz o salmista: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” (SI 122.1).

 

Vamos à Casa do Senhor não por uma obrigação religiosa, mas porque o amamos.

 

Nos capítulos 1—4 do livro de Eclesiastes, Salomão já havia tratado praticamente de tudo aquilo que acontece “debaixo do sol”.

 

Ele mostrou que o conhecimento sem o temor de DEUS não é sabedoria, mas estultice.

 

Da mesma forma ele mostra que a busca pelo prazer e lazer pode ser simplesmente correr “atrás do vento”, se não tiverem como fim último a adoração a DEUS.

 

Dentro ainda dessa perspectiva, a aquisição de muitos bens ou posses pode transformar um pobre em um rico, mas não em alguém próspero.

 

Por último ele mostrou que o trabalho sem a visão de DEUS como fim último é mero ativismo.

 

Agora Salomão, no capítulo 5 de Eclesiastes, irá falar sobre a adoração em um contexto em que se contrastam a obrigação e a devoção.

 

Como devotos temos direitos, mas também possuímos deveres.

 

E essas obrigações não se limitarão apenas ao mundo religioso, mas também ao universo político-social.

 

Eclesiastes mostrará que essas obrigações serão melhores compreendidas quando vistas à luz dos os atributos de DEUS, tais como: Santidade, transcendência e imanência.

 

OBRIGAÇÃO

 

Essa palavra portuguesa vem do latim, obligare, que é formado por oh, «para», e ligare, «ligar».

 

A palavra «religião» também está alicerçada sobre essa palavra latina, derivada de religo, «amarrar apertado », ou, mais literalmente, «amarrar atrás».

 

Assim, a religião é aquilo que amarra ou prende a consciência.

 

Obrigação é um termo ético que indica que existem certos deveres que o individuo precisa cumprir.

 

Dentro da ética, a teoria da obrigação se chama deontologia, que vem do grego, deon, «obrigação», «necessário•.

 

As obrigações nós as devemos a DEUS, à comunidade dos homens, e a nós mesmos.

 

Há obrigações absolutas e divinas, embora também as haja de natureza pragmática.

 

Um homem sábio mostrar-se-á cauteloso quanto às práticas religiosas e devoções.

 

Terá cuidado em realizar votos, mas também será cuidadoso em não fazer votos insensatos que o prejudiquem.

 

Eclesiastes 5:1-7

1 – GUARDA o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.

2 – Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras.

3 – Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras.

4 – Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.

5 – Melhor é que não votes do que votares e não cumprires.

6 – Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro; por que razão se iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos?

7 – Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu teme a Deus.

 

Estes versículos são frequentemente interpretados como um interlúdio no argumento de Salomão.

 

São geralmente compreendidos como um trecho que fornece conselhos sobre a adoração, incluindo

 

Ø  a atitude de adoração apropriada (vs. 1):

Ø  a prática apropriada da oração (vs. 2 e 3);

Ø  e o pagamento apropriado dos votos (vs. 4-7).

 

Na realidade, entretanto, fazem parte importante do argumento de Salomão, advertindo contra seguir votos precipitados, o que leva uma pessoa a perder os frutos de seu trabalho, quando DEUS destrói o trabalho de suas mãos (vs. 6).

 

Foi assim que Salomão advertiu contra a insensatez dos votos precipitados que ele chamou de ‘sacrifícios de tolos’ (vs. 1).

 

Ele advertiu contra proferir um voto precipitado e mal considerado para com o Senhor.

 

‘Não sejas precipitado com a tua boca. Não te apresses em teu coração’ (vs. 2)” (Jz 11.1-12.7).

 

Salomão, neste capítulo, discursa:

 

I. A respeito da adoração a DEUS, receitando-a como um remédio contra todas aquelas vaidades que ele já tinha observado estar na sabedoria, aprendizado, prazer, honra, poder e trabalho.

 

Para que nós possamos não ser enganados por estas coisas, nem ter nossos espíritos afligidos com as decepções que encontramos nelas, vamos ter consciência de nossas obrigações para com DEUS e manter nossa comunhão com Ele;

mas, além disso, ele dá uma advertência necessária contra as vaidades que são também frequentemente encontradas nos exercícios religiosos, as quais os privam de sua excelência, tornando-os incapazes de evitar outras vaidades.

Se a nossa religião é uma religião vaidosa, quão grande é essa vaidade! Vamos, portanto, prestar atenção à vaidade:

 

1. Ouvindo a palavra e oferecendo sacrifício, v. 1.

2. Em oração, v. 2,3.

3. Fazendo votos, v. 4-6.

4. Fingindo ter sonhos divinos, v. 7.

 

Agora:

(1) Como remédio contra aquelas vaidades, ele receita o temor a DEUS, v. 7.

(2) Para evitar a ofensa que pode surgir do sofrimento presente das pessoas boas, ele nos direciona a voltar os olhos para DEUS, v. 8.

 

II. A respeito das riquezas deste mundo e da vaidade e aflição que as atingem.

 

Os frutos da terra são de fato necessários para o sustento da vida (v. 9), porém, da mesma maneira que a prata, o ouro e as riquezas:

 

1. Eles são insatisfatórios, v. 10.

2. Eles não têm proveito, v. 11.

3. Eles são inquietantes, v. 12.

4. Eles frequentemente provam ser cruéis e destruidores, v. 13.

5. Eles são perecíveis, v. 14.

6. Eles devem ser deixados para trás quando nós morremos, vv. 15,16.

7. Se nós não temos um coração para utilizá-los, eles causam grande inquietação, v. 17.

 

E, portanto, ele nos recomenda o uso confortável do que DEUS nos dá, com os olhos nele, que é o doador, como o melhor caminho tanto para responder ao fim de nossa posse disso quanto para prevenir as malícias que geralmente atingem as grandes propriedades.

 

Assim que, se nós pudermos aprender deste capítulo a administrar os negócios da religião e os negócios deste mundo (ambos os quais tomam uma boa parte do nosso tempo), de modo que ambos possam ter sucesso, e nem nossos sábados, ou Domingos, nem nossos dias da semana sejam perdidos, nós teremos motivo para dizer: Nós aprendemos duas boas lições.

 

I – OBRIGAÇÕES E DEVOÇÃO

 

1. Obrigações natureza político-social.

 

Há uma máxima que diz: “Primeiro a obrigação depois a devoção”.

 

Esse dualismo, que separa obrigação da devoção como se fossem duas dimensões totalmente distintas não é bíblico.

 

Eclesiastes 8:2 Eu digo: Observa o mandamento do rei, e isso em consideração ao juramento que fizeste a Deus.

 

A primeira regra de sobrevivência quando se serve a um rei perigoso, que pode ordenar a morte em um segundo, é observar estritamente o juramento de obediência feito a ele.

 

Esse juramento é sagrado, porque ele obrigou a jurar pelo nome de Deus; se ele achar conveniente matar por causa de alguma infração, pode lançar a culpa sobre Deus. a quem se teria traído, visto que se traiu o rei.

 

O juramento sagrado tem sido explicado como:

 

1. Um juramento feito a DEUS de que a pessoa mostrar-se-ia totalmente leal e obediente ao rei.

2. Um juramento feito na presença de DEUS, afirmando a fidelidade ao rei.

3. Um juramento feito ao rei como se ele fosse uma divindade: seu contexto é o Egito ou outras nações que divinizaram seus reis.

 

Provavelmente, a interpretação correta é a de número 2.

 

O rei em Israel tradicionalmente era tido como representante de DEUS, a quem o Senhor dava poder, sendo possível que até reis ímpios retivessem seu chamado “direito divino dos reis”.

 

Se você fez esse juramento sagrado, não se desanime se ele lhe ordenar ferir ou matar, ou confiscar a propriedade de um homem inocente ou outra tarefa difícil de qualquer espécie. Obedeça!

 

Você não é pessoalmente responsável, não se preocupe com a moralidade: a moralidade consiste em obedecer ao rei.

 

Você sobreviverá por mais tempo, se seguir essa regra.

 

É sábio obedecer ao rei (8.2-6). Eu digo: observa o mandamento do rei – antecipa a orientação de Paulo aos cristãos

 

Romanos 13:1-5

1 – TODA a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.

2 – Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.

3 – Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.

4 – Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.

5 – Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.

 

O conselho é o mesmo ainda que as razões não sejam idênticas.

 

E isso em consideração para com o juramento de DEUS – provavelmente significa o juramento de lealdade de alguém ao rei embora possa ter o significado que Paulo deu à responsabilidade em obedecer às autoridades civis em virtude da lealdade à vontade de DEUS.

 

Os versículos 3 e 4 são um apelo simples fundamentado na autoridade nua e crua.

 

Não te apresses a sair da presença dele – é interpretado como: “Não se rebele precipitadamente contra Ele”.

 

Nem persistas em alguma coisa má – talvez signifique: “Não brinque com coisas adversas, pois Ele faz o que quer”.

 

O versículo 4 diz claramente: “Visto que é a palavra do rei que vale, quem pode dizer a Ele: ‘O que estás fazendo?’.

 

O autor fundamenta seu conselho ao nos lembrar que Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal.

 

Diante de circunstâncias impossíveis ou de uma autoridade irredutível, a pessoa faz bem em fazer concessões se não há questões morais envolvidas.

 

É uma oração sábia aquela que diz: “Senhor, me ajuda a mudar o que pode ser mudado; me ensina a aceitar o que não pode ser mudado; e me dá a sabedoria para saber a diferença”.

 

Os versículos 5b e 6 oferecem mais uma razão para a obediência mesmo quando a exigência é injusta.

 

O coração sábio reconhece que está vindo um tempo de julgamento, ainda que hoje os homens sejam esmagados na miséria sob um governo opressor; para todos existe o tempo de julgamento;

 

 

I- Um encómio (Gabo, aplauso, louvor, elogio) da sabedoria (v. 1), isto é, da verdadeira piedade, guiada em todos os seus exercícios pela prudência e discrição.

 

O homem sábio é o homem bom, que conhece a DEUS e o glorifica, conhece a si mesmo e faz o bem para si mesmo; sua sabedoria é uma grande felicidade para ele, pois:

1. Isso o coloca acima dos seus vizinhos, e torna-o mais excelente do que eles.

2. Isso o torna útil entre os seus vizinhos e muito prestativo a eles.

3. Isso embeleza um homem aos olhos de seus amigos.

4. Isso encoraja um homem contra seus adversários, seus ataques e seu desprezo

 

II- Um exemplo particular de sabedoria imposto sobre nós, e esse é sujeição à autoridade, e uma perseverança obediente e pacífica em nossa fidelidade ao governo que a Providência colocou sobre nós.

 

Observe:

 

1. Como a obrigação dos súditos é descrita aqui.

 

(1) Nós devemos ser observadores das leis. Em todas as coisas em que o poder civil é interposto, seja legislativo ou judicial, nós temos que nos submeter às suas ordens e constituições: Eu digo; isso pode muito bem ser substituído por:

 

Eu te responsabilizo, não só como um príncipe, mas também como um pregador: ele pode fazer ambos.

Eu te recomendo isso como um conselho de sabedoria; eu digo, o que quer que eles digam e digam para mudar, observa o mandamento do rei; onde quer que o poder soberano esteja, sujeita-te a ele.

Dai a César o que é de César, mas de modo a reservar puro e inteiro para DEUS o que é dele.

 

(2) Nós não devemos nos antecipar para encontrar falhas na administração pública, ou brigar com tudo o que não está de acordo com o que pensamos, nem desistir do nosso posto de serviço sob o governo, e jogá-lo para cima, após cada descontentamento (v. 3): “Não te apresses a sair da presença dele, quando ele se desagradar de ti (cap. 10.4), ou quando tu te desagradares dele; não caia em uma cólera, nem entretenhas suspeitas dele que te tentarão a renunciar à corte ou abandonar o reino”.

 

(3) Nós não devemos insistir em um erro quando isso nos é mostrado: “Não persistas em alguma coisa má, em qualquer ofensa pela qual tu fizeste teu príncipe te humilhar, e não te justifiques, pois isso transformará a ofensa em algo muito mais ofensivo. Em qualquer desígnio mau que tu tenhas, baseado em algum desagrado, concebido contra teu príncipe, não dês prosseguimento a ele; mas, se procedeste loucamente, elevando-te, e se imaginaste o mal, põe a mão na boca”, Provérbios 30.32.

 

(4) Nós devemos prudentemente nos acomodar às nossas oportunidades, tanto para o nosso próprio alívio, se nós pensamos estar errados, quanto para a correção das queixas públicas: O coração do sábio discernirá o tempo e o modo (v. 5);

 

Ester, ao lidar com Assuero, sofreu muito para discernir o tempo e o modo, e ela se apressou adequadamente.

 

2. Que argumentos são usados aqui para nos convencer a nos submeter aos poderes mais altos; eles são os mesmos que Paulo usa, Romanos 13.1ss.

 

(1) Nós devemos, se for necessário, ser submissos, pelo bem da consciência, e esse é o princípio mais poderoso da subordinação. Nós devemos nos submeter por causa do juramento de DEUS, o juramento de fidelidade que nós aceitamos para sermos fiéis ao governo, a aliança entre o rei e o povo, 2 Crônicas 23.16.

 

(2) Devido à fúria, por causa da espada que o príncipe traz e do poder que lhe é confiado, o que o torna formidável: Ele faz tudo o que quer, ele tem uma grande autoridade e uma grande capacidade para sustentar tal autoridade (v. 4): Porque a palavra do rei, dando ordens para prender um homem, tem poder; há muitos que executarão as suas ordens, o que torna a indignação do rei, ou governo supremo, como o bramido do leão e como mensageiros da morte.

 

Quem lhe dirá: Que fazes? Aquele que o contradiz se arrisca.

 

(3) Pelo bem do nosso próprio conforto: Quem guardar o mandamento, e viver uma vida tranquila e pacífica, não experimentará nenhum mal, sobre o que o apóstolo responde

 

(Rm 13.3): Queres tu, pois, não temer a autoridade do rei? Faze o bem, tornando-te um súdito obediente e leal, e terás ordinariamente louvor dela. Aquele que não praticar o mal não sofrerá o mal, e não precisa ter medo de nada.

 

3. “Buscai primeiro o Reino de DEUS, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (v. 33).

 

Não ande preocupado com a sua vida, a vida do corpo; por que:

 

(1) Você tem coisas maiores e melhores para cuidar, a vida da sua alma, a sua felicidade eterna; esta é a sua maior necessidade (Lc 10.42).

 

(2) Você tem uma maneira mais segura, mais fácil e mais sucinta de obter as coisas necessárias a esta vida, do que oprimindo-se, preocupando-se, e queixando-se delas; e isto é buscando primeiro o Reino de DEUS, e fazendo da vida coro DEUS o seu assunto principal.

 

(3) O grande dever exigido é a soma e a essência de toda a nossa obrigação: “Buscai primeiro o Reino de DEUS” – “tenha a fé cristã como a sua grande e principal preocupação”.

 

Devemos buscar as coisas de CRISTO mais do que as nossas próprias coisas; e se elas entrarem em competição, devemos nos lembrar a qual devemos dar a preferência.

 

“Busque estas coisas em primeiro lugar; que sejam as primeiras em teus dias; que a melhor parte da tua juventude seja dedicada a DEUS”.

 

(4) A promessa da graça e da misericórdia de DEUS anexada. Todas estas coisas, os suportes necessários da vida, lhe serão acrescentados; serão dados abundantemente; portanto, estas coisas ficam na margem.

 

Você terá o que busca, o Reino de DEUS e a sua justiça, porque aquele que busca com sinceridade nunca busca em vão.

 

O Israel de DEUS não só foi levado finalmente até Canaã, mas as suas cargas foram levadas através do deserto.

 

Quão bom seria se fôssemos mais interessados nas coisas que não são vistas, nas coisas que são eternas, e menos interessados (e, de fato, precisamos ser menos interessados) nas coisas que são vistas, que são temporais!

 

Não considere tanto as suas próprias coisas (Gn 45.20,23).

 

Uma preocupação muito necessária aos discípulos de CRISTO, ou aos filhos de DEUS, é buscar, ou desejar sinceramente, ou colocar todo o coração na conquista do reino de DEUS.

 

Pois, este reino não é comida e bebida, mas justiça e paz e alegria no ESPÍRITO SANTO, Rm.14.17.

 

Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. Cada dia traz consigo o seu próprio mal.

 

Colocai cada dia, assim como ele acontece, nas mãos de DEUS. Isto trará, do amor do Pai celeste, a própria ajuda e resgate, Jr.3.23.

 

Mt 6.33. Mas buscai primeiro o Reino de DEUS.

 

Esta é uma resposta aos que só veem comentários éticos no Sermão do Monte.

 

Nas Beatitudes, JESUS descreveu o homem de coração novo.

 

Ele coloca o Reino de DEUS e a sua justiça antes da comida e do vestuário temporal.

 

Perdemos nosso testemunho (6.31-33).

 

A preocupação com as coisas materiais nos faz viver como pagãos!

 

Quando colocamos a vontade e a justiça de DEUS em primeiro plano em nossa vida, ele cuida de todo o resto.

 

É triste quando não praticamos essa verdade.

 

Mas o cristão que decide viver de acordo com Mateus 6:33 dá um testemunho maravilhoso para o mundo!

 

Mt 22, 21. Será que se deve pagar impostos a César? – Dêem a DEUS o que pertence a DEUS!

 

Mas é aqui que reside o cerne de sua resposta.

 

Isso se depreende do simples fato de que JESUS introduz na sua resposta algo que não foi perguntado, algo de que seus adversários não se aperceberam, que eles, apesar da aparência religiosa, não incluíram em sua pergunta.

 

Porém é exatamente para essa verdade que JESUS quer remeter seus adversários.

 

A princípio a discussão apenas quer mostrar como JESUS, por sua palavra cheia de autoridade, escapa da armadilha que lhe foi colocada.

 

Num sentido mais rigoroso, porém, esse reconhecimento já acontecia com o simples uso das moedas que continham a imagem e a inscrição de César.

 

“A moeda não está proibida”.

 

Assim, ficava suspensa a decisão sobre pagar ou não o imposto.

 

Os fariseus esperavam, agora, que JESUS apoiaria a exigência dos zelotes, de negar o pagamento do imposto, e esperavam que ele seria aniquilado junto com a rebelião que sua declaração desencadearia.

 

Se, porém, tomasse a decisão oposta, perderia a adesão das massas.

 

JESUS responde de uma forma pela qual se esquiva desse ataque, de modo que os adversários somente se admiram.

 

Deixam-no parado onde está e têm de afastar-se dele.

 

Por trás da admiração, porém, nota-se também algo do susto diante de JESUS, cuja sabedoria, com a qual escapa da cilada, o revela como o Messias.

 

No entanto, revela-o de tal forma que seus inimigos não conseguem pegá-lo. (Mt 8.27; 9.33; 15.31 etc.).

 

Assim como JESUS se subtrai ao ataque por meio de uma resposta inteligente, ele também concede aos seus a certeza de que no momento certo “lhes será concedido” responder com igual inteligência.

 

Nesse sentido, nosso trecho é algo como um exemplo da promessa que JESUS dá aos discípulos em Mt 10.19.

 

Na resposta acontecem duas coisas.

 

Por um lado JESUS revela a falta de sinceridade dos próprios adversários, quando aponta para a moeda que os seus adversários usam, ou seja, que eles pessoalmente nem levam a questão a sério.

 

Por outro, força-os a levar a sério a pergunta no seu fundo último, indicando-lhes que, na alternativa César ou CRISTO e na pergunta do reinado de DEUS em relação a todos os reinos mundanos, não estão primordialmente em jogo quaisquer atitudes exteriores, mas em primeiro lugar que realmente demos a DEUS o que lhe pertence. 

 

Se, com JESUS, chegou o reino de DEUS, o fim deste mundo está às portas, e as perguntas de como se comportar neste mundo se tornaram perguntas secundárias.

 

Elas possuem importância apenas na medida em que, respondendo-as, pudermos dar testemunho em prol da vinda desse reino.

 

Mt 22.21. “Dai de volta” a César o que já é de César.

 

A própria inscrição no dinheiro era um reconhecimento de dívida a César. O imposto não era um presente, mas uma dívida em troca de lei, ordem e estradas.

 

Há o dever ao estado e o dever a DEUS. JESUS já endossara o imposto do Templo.

 

A ‘efígie e inscrição’ indicavam a autoridade do imperador que cunhara a moeda.

 

As duas esferas são distintas, mas ambas existem. O cristão não deve esquivar-se de nenhuma das duas

 

UMA PERGUNTA POLÍTICA SOBRE IMPOSTOS (MT 22:15-22)

 

JESUS percebeu imediatamente o ardil do inimigo. Sabia que o verdadeiro objetivo não era obter uma resposta, mas sim colocá-lo em dificuldades.

 

Cada governante cunhava as próprias moedas e nelas colocava sua imagem. O denário trazia a imagem de César, portanto, pertencia a César.

 

“Dai, pois, a César o que é de César”, respondeu JESUS, “e a DEUS o que é de DEUS.”

 

É correto o povo de DEUS servir no governo (ver os exemplos de Daniel e José), mas é errado o governo controlar a Igreja, ou mesmo a Igreja controlar o governo.

 

 

 

2. Obrigações de natureza religiosa.

 

Se há obrigação político-social, que são de natureza civil, por outro lado, há também as de natureza religiosa ou espiritual.

 

Elas acontecem na dimensão do culto, da adoração e são de natureza mais devocional.

 

A essência do culto é a adoração!

 

De fato a palavra hebraica shachar mantém o sentido de prostrar-se com deferência diante de um superior (Gn 22.5; Êx 20.5).

 

 

Gn 22.5 Havendo adorado. Um rito religioso que ultrapassava a imaginação estava prestes a ter lugar.

 

A garganta de Isaque seria cortada (O golpe mortal); seu corpo será despedaçado; os pedaços do corpo seriam arrumados por sobre a lenha; então tudo seria consumido no fogo, até tornar-se cinzas.

 

Assim se consumaria o sacrifício de Isaque.

 

Assim adoravam os povos antigos, uma espécie de sacrifício que CRISTO eliminou para sempre na cruz.

 

Os intérpretes judeus não viam aqui a ideia de ressurreição, mas apenas afirmavam que Abraão disse isso “no espírito da profecia”.

 

 

Gn 22.5 — Se os servos de Abraão o tivessem acompanhado até o local do sacrifício, talvez tentariam demovê-lo de sua penosa tarefa.

 

Abraão lhes ordenou que ficassem com o jumento, enquanto ele e Isaque subiriam para adorar ao Senhor.

 

Abraão prometeu: Tornaremos a vós. No texto em hebraico, essas palavras são mais impressionantes do que na tradução.

 

Os verbos usados [hb. yalak, iremos; shachah, adoraremos; shuwb, retornaremos (da morte) ] mostram uma grande determinação por parte daquele que fala (Gn 12.2).

 

Ê como se dissessem: “Estamos decididos a ir, determinados a adorar, e com certeza voltaremos”.

 

Para explicar essas palavras de Abraão deduz-se que realmente ele acreditava que voltaria com o seu filho.

 

[De acordo com Hebreus 11.17-19, essa é a teoria mais correta.]

 

Abraão ouvira, muitas vezes, a promessa de DEUS de formar uma nação a partir de Isaque (Gn 12.1-3,7; 13.14-17-; 15.1-21; 17.1-22; 18.1-15), e ele ainda acreditava nesta promessa.

 

O patriarca pode ter concluído que, mesmo que tivesse de sacrificar seu filho, DEUS o ressuscitaria (Hb 11.17′ 19).

 

Somente dessa maneira pôde seguir em frente com a difícil tarefa que DEUS lhe designara. Abrão era homem de Aliança e sabia que DEUS cumpriria sua parte na aliança que fizera com ele.

 

APLICAÇÃO

 

Matar meu próprio filho?

 

Mesmo que o sacrifício de Isaque parecesse ir contra a promessa de DEUS, Abraão acreditou fielmente que, apesar de tudo, o Senhor ainda lhe mostraria uma maneira de cumprir a promessa que Ele havia feito, mesmo que para isso Ele tivesse de levantar Isaque dos mortos (Rm 4.17).

 

A ordem dada ao patriarca também foi uma lição categórica de que tudo na vida pertence a DEUS e vem dele (Gn 2.7; Jó 27.3; 33.4).

 

Neste sentido, devemos entender que a vida é apenas um empréstimo a nós, tanto aos pais como aos filhos. DEUS pode pedi-la de volta quando bem entender.

 

 Ele também é o DEUS da sabedoria. Algumas vezes, Ele nos faz pedidos que parecem estranhos. Mas se, como Abraão, acreditarmos e obedecermos, o Senhor responderá à nossa fé com a Sua bondade e a Sua integridade.

 

 

Êx 20.5 A adoração às imagens de escultura é proibida no segundo mandamento. Adoração somente ao zeloso Yahweh (Êxo. 34.14; Dt. 5.9; 6.15; 32.16,21; Jos. 24.19).

 

A idolatria e o uso de imagens eram considerados uma tão grave iniquidade que foram ameaçados poderosos juízos de DEUS contra os idólatras, envolvendo até a quarta geração dos mesmos.

 

Os descendentes dos idólatras não podiam escapar ao desprazer de Yahweh, para quem mil anos é como se fosse um dia (II Ped. 3.8; Sal. 90.4).

 

Êx 20.5 — O comando não te encurvarás a elas mostra que não é aceita nenhuma forma de adoração a outro deus.

 

DEUS é um DEUS zeloso (hb. el ganna), isto é, que zela pela verdade de que Ele é o único DEUS e tem ciúme de seus rivais.

 

O SENHOR É ESPÍRITO (20.4-6). Cf. Jo 4.24. Ele não pode ser adorado sob a forma de qualquer representação material, quer fosse produto da arte plástica, quer da pictórica.

 

DEUS zeloso (5). Isso significa que somente Ele tem o direito de ser amado pelo Seu povo. Por causa deles mesmos, e para que santificassem e reverenciassem Seu nome, é que eles deviam fugir de toda idolatria.

 

Enquanto a má conduta afeta apenas três ou quatro gerações, as consequências de uma vida pura beneficia a posteridade até um ponto quase ilimitado.

 

A ira de DEUS se estende somente até à terceira ou quarta geração; mas Sua misericórdia se estende até mil gerações.

 

Cuidados Quanto ao Adorar no Culto (5:1-7)

 

Estamos numa época de secularização de tudo, inclusive da religião.

 

A adoração a DEUS ressente-se naturalmente dessa situação, e ao escritor sagrado não escapou essa falha nas relações do homem com DEUS. O homem comum, o secularizado, não é avesso à religião.

 

Trata-a como qualquer outra atividade da sua vida secular.

 

Vai-se à igreja não tanto para adorar a DEUS, e, sim, para uma satisfação social; em alguns casos, até para assuntos de ordem particular, pois a igreja é um bom lugar para tais encontros.

 

Que resulta de tudo isso?

 

O adorador nada recebe da sua religião nem tampouco de DEUS. DEUS passa a ser tratado como um parceiro que comprasse e vendesse ou fizesse qualquer negócio; assim o adorador sente que já cumpriu o seu dever de pessoa religiosa.

 

Se vai à confissão, volta certo de que os seus pecados lhe foram perdoados e pode então começar outra caminhada Igual na vida.

 

Os serviços litúrgicos, os sermões, a recepção das ofertas dominicais, tudo cai no terreno das formalidades comuns, sem qualquer efeito sobre a vida Intima do adorador.

 

Isto quando não resvala para o pior, que é a irreverência, tão comum até em cultos protestantes, em que se conversa, se discute assuntos particulares e profanos, sem qualquer relação com os serviços divinos.

 

Foi isso que o Pregador viu no templo de Jerusalém, onde a formalidade rotineira era a mola do culto.

 

Quando ele disse: “Guarda o teu pé quando entrares na casa de DEUS, quis apenas afirmar que o templo é muito sagrado e o adorador não deve profanar o lugar santo.

 

Oferecer culto banal, frívolo, destituído do sentimento de adoração a DEUS é oportunidade para pecar.

 

Muitos voltam do culto em piores condições do que quando para lá foram, porque profanaram o lugar e desrespeitaram o Dono do lugar SANTO.

 

Se tivéssemos de procurar as causas da falência de muita gente no terreno religioso, talvez as localizássemos no Templo, onde a religião foi profanada e a vida também.

 

Ec 5.1 Guardará os teus pés.

 

Este versículo hebraico e todas as versões se juntar ao capítulo anterior Salomão, tendo antes a entender, embora muito brevemente, que a única cura contra a vaidade humana é o devido sentido de religião, agora entra mais em grande parte sobre este importante assunto, e dá algumas instruções excelentes no que diz respeito ao desempenho correto do serviço Divino, a natureza da oração vocal e mental, o perigo de erupção votos, etc.

 

O versículo inteiro pode ser mais traduzido literalmente assim: – “Guarda os teus passos como tu vai para a casa de DEUS, e disponha-te a escutar, e não para oferecer sacrifícios de tolos, pois nenhum deles tem conhecimento sobre fazer mal ”

 

Eles oferecem presentes para os seus pecados, e não se convertem da suas más obras, porque não sei distinguir entre o bem e o mal.