Obrigações Ante a Santidade de Deus

1. Reverência.

 

Todo culto possui seu ritual e sua liturgia. “…Disse o ESPÍRITO SANTO: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.1,2, ARA).

 

A palavra servindo (v.2) é a tradução do termo grego leitourgeo, de onde vem a palavra portuguesa liturgia.

 

A liturgia, portanto, também faz parte da adoração.

 

Salomão sabia disso e por isso adverte: “Guarda o pé, quando entrares na Casa de DEUS” (Ec 5.1).

 

Observe a liturgia do culto e não faça dele um local para interesses meramente pessoais.

 

Infelizmente já presenciei casos de obreiros abandonarem o culto e até mesmo a mensagem para irem atender seus celulares! Se isso não é uma blasfêmia, no mínimo é pecado!

 

O culto é um espaço reservado para a adoração.

 

Não pode se transformar na “casa de mãe Joana”.

 

É ali onde cultuamos a DEUS e prestamos-lhe reverência.

 

Então, por que não se observar a liturgia do culto?

 

Por que não evitar a movimentação sem fim dentro da nave do templo?

 

Por que não ensinar as crianças que no templo não é o local adequado para comer “petiscos”?

 

Por que não desligar o celular em vez de ficar mandando torpedo para uma outra pessoa?

 

Por que gastar um bom tempo do culto em intermináveis avisos, se alguns deles podem ser dados até um ano depois?

 

Por que permitir o uso do púlpito como palanque eleitoral?

 

Por que usar o púlpito para desabafar?

 

Por que não usar o púlpito única e exclusivamente para a glória de DEUS?

 

 

REVERÊNCIA

 

1. No AT. “Reverência” ocorre apenas três vezes no AT, todas elas traduzidas do termo hebraico yare.

 

Diversas outras palavras hebraicas poderiam ser traduzidas como “reverência”, especialmente mora e hared.

A reverência consiste de temor, respeito e profunda deferência na venerável prestação de tributo a DEUS, ou a alguma outra divindade e a objetos sagrados.

Todas as referências do AT estão relacionadas ao contraste entre o culto a Yahweh e o culto a outros deuses.

Dentre uma série de proibições encontradas em Levítico, contra a prática de magia e feitiçaria comum entre os povos vizinhos, estão também as ordens de DEUS para seu povo quanto à adoração a Yahweh.

 Uma delas aparece duas vezes: “Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário. Eu sou o Senhor” (Lv 19.30; 26.2). Mais tarde, um “profeta” atribuiu a opressão midianita à desobediência de Israel para com o mandamento dado anteriormente por DEUS: “Não temais os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais” (Jz 6.10).

 

2. No NT. Os quatro usos do termo “reverência” no NT são traduções de três palavras gregas. Paulo fala do “temor (phoboi) de CRISTO” (Ef 5.21).

 

Pedro nos admoesta: “santificai (hagiasate) a CRISTO, como Senhor, em vosso coração” (IPe 3.15), e no versículo seguinte fala de “mansidão e temor” (phobou).

 

Em Hebreus (12.28), o autor fala em servir a DEUS “de modo agradável, com reverência (eulabeiah) e santo temor”.

 

REVERÊNCIA O respeito mostrado a alguma pessoa importante ou distinta: a um rei (2 Sm 9.6; 1 Rs 1.31); ao filho na parábola da vinha (Mt 21.37; Mc 12.6; Lc 20.13); a um pai (Hb 12.9); ao marido (Ef 5.33).

 

Israel deveria reverenciar o sábado de DEUS e o seu santuário (Lv 19.30; 26.2). Devemos reverenciar e respeitar a DEUS com um senso de admiração e santo temor (SI 89.7; Hb 12.28).

 

At 13.2 A palavra aqui traduzida por (…servindo…) envolve a oração, o jejum, a meditação, a exortação, provavelmente uma combinação de todos esses elementos.

 

At 13.2 As ordens que o ESPÍRITO SANTO deu para separar Barnabé e Saulo, no meio de um culto em que os ministros das várias congregações na cidade se uniram em um jejum solene ou dia de oração: Disse o ESPÍRITO SANTO (v. 2) ou por uma voz do céu ou por um forte impulso na mente dos profetas: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

 

Ele não indica a espécie da obra, mas alude a um chamado feito anteriormente, sobre o qual os dois sabiam o significado, enquanto os demais poderiam ou não saber.

 

Quanto a Saulo, fora-lhe dito especificamente que tinha de levar o nome de CRISTO diante dos gentios (cap. 9.15), que ele seria enviado aos gentios (cap. 22.21).

 

A questão fora resolvida entre eles em Jerusalém antes deste dia. As ordens eram: Apartai-me a Barnabé e a Saulo.

 

Observe aqui:

 

1. CRISTO, pelo seu ESPÍRITO, nomeia os seus ministros.

2. Os ministros de CRISTO são separados para ele e para o ESPÍRITO SANTO: “Separai-os para mim” (v. 2, versões NTLH e RA).

3. Todos que são separados para CRISTO como seus ministros são separados para trabalhar.

4. A obra dos ministros de CRISTO, à qual eles são separados, é obra que já está determinada, para a qual todos os ministros de CRISTO, até hoje, têm sido chamados e a que eles foram, por meio de um chamado externo, orientados e escolheram.

 

 

At 13.2 — Servindo eles ao Senhor. Conforme as pessoas cumpriam aquilo que DEUS lhes tinha dado para fazer, como as funções de profetas e mestres, o ministério pessoal tornava-se o ministério para o Senhor. Sempre que servimos aos outros é como se estivéssemos servindo a DEUS (Mt 25.31-46).

 

 

At 13.2 “Enquanto eles adoravam o Senhor e jejuavam.” A palavra adorar, um típico termo religioso do Antigo Testamento, dantes descrevia o serviço dos sacerdotes no templo em Jerusalém (veja, por exemplo, Lc 1.23).

 

Mas no versículo 2, Lucas aplica a palavra, pela primeira vez, à prática cristã. Pelo emprego da palavra adorar, o autor de Atos mostra continuidade com o passado, porém indica, de forma sutil, uma ênfase diferente e espiritualizada.

 

Na nova forma de adoração, não são os sacerdotes que vemos no altar, mas cada crente na igreja em oração.

 

Nesses versículos, Lucas indica também que os cristãos em Antioquia combinavam a oração com o costume judaico do jejum; as duas práticas eram ligadas somente em ocasiões especiais (veja 14.23).

 

O culto de adoração é para todos os crentes da igreja.

 

Em segundo lugar, a igreja de Antioquia estava envolvida, em sua totalidade, no comissionamento de Barnabé e Saulo, pois ao retornarem, os missionários relataram à igreja o que DEUS havia feito (14.27).

 

E por último, o ESPÍRITO SANTO move toda a igreja a se comprometer na obra de missões, e não somente cinco pessoas.

 

Enquanto a igreja orava, o ESPÍRITO SANTO falou por meio dos profetas e tornou conhecida a sua vontade. DEUS designa Barnabé e Paulo como missionários.

 

JESUS havia chamado Paulo para ser um apóstolo aos gentios, mas tanto Barnabé como Paulo tinham estado ensinando na igreja de Antioquia.

 

Tanto Paulo quanto Barnabé tinham sido chamados para serem apóstolos aos gentios.

 

O trabalho que o ESPÍRITO SANTO designa a Barnabé e Paulo é o de familiarizar o mundo com o evangelho de CRISTO e estender a igreja até aos confins da terra (comparar com 1.8).

 

“Impuseram as mãos sobre eles e os enviaram.” Depois de um período de jejum e oração, os líderes da igreja de Antioquia impuseram suas mãos sobre Barnabé e Paulo.

 

 

2. Obediência.

A simples obediência a um conjunto de preceitos, normas e regras, sem atentar para os princípios que lhes dão fundamentação, é puro legalismo.

 

 

OBEDIENCIA

 

(vaf, escutar, ouvir reverentemente, obedecer, depositar a confiança em, escutar de forma submissa, ouvir, obedecer, seguir).

 

A Bíblia é notável em suas muitas descrições das respostas dos homens às palavras e vontade de DEUS.

 

Respostas que são claramente favoráveis, a tal ponto que, aquele que é persuadido a agir é chamado de “ouvindo”, “crendo”, ou mais simplesmente “obedecendo”.

 

Outras respostas que são apáticas ou negligenciam a Palavra de DEUS são caracterizadas como “rebelião”, “incredulidade” ou “desobediência”.

 

Estudos sobre as situações de obediência tendem a enfatizar os aspectos mais externos e formais da resposta, ou a natureza interna daquele que responde e os aspectos espirituais de sua atitude.

 

1. A natureza externa da obediência. 

 

O aspecto mais evidente da obediência é a presença de uma pessoa (ou grupo) com autoridade, que ordena ou que exige que outros sujeitem-se a seu desejo expresso.

Essa autoridade pode ser reconhecida porque normalmente é expressa por intermédio de costumes e tradições bem estabelecidos, de leis e ordenanças veneradas, cujo valor para a vida humana é inquestionável.

Obedecer é ajustar-se às exigências consideradas valiosas. Obediência, portanto, pode ser vista como sendo motivada por convenções, hábitos, medo de punição e esperança de recompensa.

Quando Moisés diz: “Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu DEUS, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu DEUS, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do Senhor, teu DEUS, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos…”

(Dt 28.1,2, veja também 30.9s.), parece evidente que a resposta da obediência frequentemente ocorre em uma matriz de causas externas e persuasão similar às mencionadas acima.

AT e NT, ignoram o aspecto espiritual mais profundo da obediência encontrado até no AT, e.g., em 1 Samuel 15.22, “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar”.

 

A ideia bíblica de obediência é distorcida se não for reconhecido que os homens também obedecem por causa de quem ordenou.

 

A vontade de DEUS era considerada ser definida para o estabelecimento de toda sabedoria e lei prática.

 

Por isso, os escritores bíblicos podiam apresentar razões práticas para a obediência e mencionar suas consequências desejáveis, mesmo sabendo o tempo todo que a verdadeira obediência à Palavra de DEUS não dependia de uma espera por recompensa.

 

O salmista, por exemplo, insta à obediência quando enfatiza a dependência do homem, como um ser criado, de DEUS, como o ser não criado (SI 95.6,7).

 

A lei de DEUS, da mesma forma, é vista como colocando os homens sob obrigação de obedecer a DEUS, porque ela foi graciosamente concedida (Ex 19.5; SI 119.1-4).

 

No NT, o homem tem a mesma obrigação à obediência, mas somente por causa do conhecimento de DEUS revelado em CRISTO.

 

De forma similar uma promessa da bênção é expressa, mas ela é mais específica, pois refere-se à esperança da apropriação da glória e excelências de CRISTO (2Pe 1.3-7).

 

A bondade comum de DEUS em relação a todos os homens é a base formal para a obediência (SI 145; At 14.17) e a obra especial de redenção realizada por DEUS é o fato que nos constrange à obediência por amor (I Co 6.20 etc).

 

Tranquilidade nas relações interpessoais também requer a complacência formal da obediência, como nos relacionamentos entre pai e filho (Ef 6.4; Cl 3.20), marido e esposa (Cl 3.18), senhor e servo (empregador e empregado) (IPe 2.18) e cidadão e governo (Lc 20.25; At 5.29).

 

2. Os aspectos internos da obediência.

 

Quando JESUS censura aqueles que obedecem à lei externamente, mas não internamente (Mt 6.2,5,16; 23.23-25), ele exemplifica a percepção de Samuel sobre o aspecto interno da obediência, quando disse que “eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar” (ISm 15.22).

 

A verdadeira obediência é mais do que submissão a uma autoridade de um modo formal, pois uma pessoa pode ser submissa sem a correspondente disposição interna para a obediência.

 

De acordo com a Bíblia, obedecer é escutar de tal forma que o assentimento interior é inseparável da atividade externa. Bultmann descreve esta atitude como o homem todo permanecendo sob e estando no que faz. Ele diz que o indivíduo “não está fazendo algo de forma obediente, mas é essencialmente obediente”

 

No NT, o escutar, ou este tipo de obediência interior, está intimamente associado ao crer. E estar unido a CRISTO (Rm 15.17,18; 16.19; IPe 1.2).

 

Uma fórmula bíblica comum afirma explicitamente que “a fé vem pelo ouvir” (Rm 10.17; cp. lTs 2.13).

 

O pensamento é que a palavra do Evangelho produz a fé naqueles que a escutam, que é então rotulada de “obediência por fé” (Rm 1.5; 16.19,26).

 

Falando através de parábolas e de sermões, JESUS retrata os crentes como aqueles que escutam a Palavra de DEUS e a praticam (Mt 7.24; Mc 4.20; 7.32-37; Lc 8.21).

 

Obediência é a marca de uma decisão pessoal, da confiança e do compromisso que caracterizam a fé.

 

 

OBEDIÊNCIA

 

As palavras hebraicas e gregas traduzidas como “obedecer” ou “obediência” são geralmente shama’ e as formas cognatas de akouo. O significado básico de ambas é “ouvir”.

 

Embora a obediência expresse uma ação que existe nas relações humanas comuns (tais como discípulos aos mestres ou filhos aos pais), sua referência mais significativa é a de um relacionamento que deve existir entre o homem e DEUS.

 

DEUS revela-se a si mesmo ao homem por sua voz e palavras.

 

As palavras devem ser ouvidas. Isto obviamente envolve uma recepção física das palavras com uma suposta compreensão mental de seu significado.

 

A atitude de ouvir verdadeiramente está ligada à fé que recebe a Palavra divina e, a traduz em ação.

 

É uma resposta de fé.

 

É uma resposta positiva e ativa, não meramente ouvir e considerar de forma passiva.

 

Ouvir é agir. Em outras palavras, ouvir realmente a Palavra de DEUS é obedecer à Palavra de DEUS.

 

No NT, a ideia de se assumir a responsabilidade de obedecer à Palavra ouvida, ou de se colocar sob esta responsabilidade, é claramente enfatizada pelo termo hupakouo, uma composição dos termos “sob” e “ouvir”.

 

“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mt 11.15; cf. 13.9,43; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 13.9).

 

O homem sábio é aquele que “ouve estas minhas [do Senhor JESUS] palavras e as pratica” (Mt 7.24).

 

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e… me seguem” (Jo 10.27). Com respeito à revelação que havia recebido em Patmos, João disse: “Bem-aventurado(s)… os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas” (Ap 1.3).

 

Não há nenhuma dicotomia entre o ouvir e o obedecer. O ouvir verdadeiro é a obediência. A fé em si envolve obediência.

 

S.N.G. No AT, pelo fato de Abraão ter crido em DEUS e obedecido à sua voz, todas as nações da terra se tornaram benditas (Gn 15.6; 22.18; 26.4,5). Obedecer à voz de DEUS é equivalente a guardar a sua aliança (Êx 19.5; cf. 23.20-22); portanto, os israelitas prometeram ser obedientes quando o Livro da Aliança foi ratificado com a aspersão de sangue (Êx 24.7,8).

 

A dedicação do povo para obedecer à lei era uma parte básica das cerimônias de renovação de aliança (Dt 27.1-10; 30.2,8,20; Js 24.24-27).

 

Ao castigar o rei Saul por sua obediência incompleta, Samuel ensinou a grande verdade de que obedecer é melhor do que sacrificar (1 Sm 15.22).

 

Em séculos posteriores, a nação foi repetidamente advertida por sua desobediência a DEUS e à sua lei (Is 42.24; Jr 3.13; 7.23-28; Sf 3.2; Ne 9.17,26).

 

A obediência, ou a falta dela, pode ser tanto interior, do coração (Pv 3.1), ou meramente exterior, no sentido de uma obediência forçada (SI 72.8-11).

 

No NT, Paulo fala da “obediência da fé” (ou “por fé”) por parte dos cristãos (Rm 1.5; cf. At 6.7).

 

A frase em grego é a mesma que foi utilizada em Romanos 16.26, onde ele escreve que o evangelho conduz à “obediência da fé”.

 

O apóstolo está, evidentemente, referindo-se ao desejo de DEUS de que os gentios, ao ouvirem o evangelho, obedeçam-no recebendo-o pela fé, confiando em seus termos (cf. 1 Pe 1.2,22; 1 Jo 3.23).

 

Paulo adverte quanto ao terrível castigo que aguarda aqueles que se recusam a obedecer ao evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO (2 Ts 1.8; cf. Rm 2.8; 1 Pe 2.7,8).

 

Ele elogia os coríntios por sua obediência ao evangelho de CRISTO que professavam (2 Co 9.13).

 

Como um exemplo de obediência, Paulo e Pedro apontam para o Senhor JESUS CRISTO que “humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte” (Fp 2.8; cf. 1 Pe 2.18,21).

 

Paulo fala da obediência de CRISTO ao fazer a expiação pelos pecadores, em contraste com a desobediência de Adão e seus descendentes (Rm 5.19).

 

A declaração em Hebreus 5.8 de que Ele “aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu”, deve significar que CRISTO fez da experiência de obedecer ao Pai algo real.

 

Ao agir assim, Ele cumpriu o propósito eterno da Divindade vivendo toda a sua vida como nosso representante, obedecendo e sofrendo em nosso lugar e por nossa causa, satisfazendo completamente a lei, em todos os seus aspectos

 

A Palavra de DEUS exorta os servos (escravos) a obedecerem a seus senhores (Ef 6.5-8; obedecerem a seus líderes (Hb 13.17); as mulheres, a obedecerem a seus maridos (Tt 2.5; Ef 5.22-24; 1 Pe 3.1-6); e os filhos, a obedecerem a seus pais (Ef 6.1; Cl 3.20; cf. Pv 6.20; 23.22; 29.15).

 

Portanto, os crentes como um todo são caracterizados como “filhos obedientes” (1 Pe 1.14; cf. Rm 6.16,17; Hb 5.9).

 

A desobediência aos pais é considerada uma marca da depravação humana (Rm 1.30) e um sinal dos últimos dias (2 Tm 3.2). Os cristãos são ensinados a obrigar cada pensamento humano a se render em obediência a CRISTO (2 Co 10.5).

 

O mais alto nível de obediência para o cristão é fazer a vontade de DEUS de todo o coração (Rm 6.17), e não por uma mera complacência exterior.

 

Ele possui um espírito de obediência que cria dentro de si o desejo de obedecer no pensamento e através de atitudes (por exemplo, Mt 5.28,44; 19.21,22).

 

O cristão tem a mente de CRISTO (Fp 2.5), pois a Palavra de DEUS está dentro de seu coração e ele deleita-se em fazer a vontade de DEUS (SI 40.8; cf. Hb 10.5-9).

 

 

I Sam 15.22 Tanto prazer em holocaustos e sacrifícios…?

 

“Este versículo contém a mais fina expressão da crítica profética dos sacrifícios (cf. Am 5.21-27; Os 6.6; Is 1.11-15).

 

“Não é a obediência à vontade de DEUS a finalidade para a qual apontam todas as fés religiosas, ritos e cerimônias?”

 

 

Tipologia. No sacrifício de CRISTO, todos os demais, de fato todo o sistema do Antigo Testamento, encontra seu cumprimento, o que explica sua descontinuação.

 

I Sam 15.22 — O obedecer é melhor do que o sacrificar.

 

Samuel enfatizou que a sinceridade e a obediência eram pré-requisitos para uma adoração que agradava a DEUS.

 

Há aqueles que usam este e outros versículos para argumentar que DEUS nunca pretendeu que a adoração em forma de sacrifícios fosse usada para honrá-lo.

 

Porém, tais versículos não anulam a adoração feita dessa forma; eles apontam para o cerne da questão: a importância da integridade de coração daquele que vem adorar o DEUS vivo.

 

I Sam 15.22,23 Este é o primeiro dentre muitos lugares na Bíblia onde é declarado o tema: “Obedecer é melhor do que sacrificar’ {SI 40.6-8; 51.16,17; Pv 21.3; Is 1.1117; J r 7.21-23; Os 6.6; Mq 6.6-8: Mt 12.7; Mc 12.33; Hb 10.8,9).

 

Samuel teria afirmado que aquele sacrifício era sem importância? Não.

 

ele exortou Saul a olhar os próprios motivos ao fazer o sacrifício ao invés de olhar o holocausto propriamente dito.

 

O sacrifício era um ritual que demonstrava a comunhão entre o homem e DEUS.

 

Mas se o coração da pessoa não estivesse verdadeiramente arrependido ou se ela não amasse o Senhor de verdade, o sacrifício era uma cerimônia vazia.

 

Cerimônias religiosas ou rituais são vazios a menos que sejam apresentados com atitude de amor e obediência.

 

“Ser religioso” (ir á igreja, trabalhar em um departamento, fazer doações à assistência social, etc.) não é suficiente se não agimos com devoção e obediência a DEUS.