1. DEUS, o criador.
Todas as grandes religiões possuem noção do sagrado e demonstram temor e respeito diante dEle.
Transcendência de DEUS e é um dos seus atributos. “DEUS está nos céus” (Ec 5-2).
DEUS está lá e você aqui! DEUS pode se humanizar (Jo 1.14), mas o homem não pode se divinizar.
Quem procurou ser igual a DEUS foi expulso do céu (Ez 28.1,2; Is 14.12-15).
CRIAÇÃO
A obra de DEUS ao trazer à existência todas as coisas. A passagem definitiva é Gn 1.1, sob a qual deve se colocar toda a teologia bíblica. DEUS, o Criador, é uma trindade pessoal, onipotente, onipresente e onisciente.
DEUS sozinho é eterno, tanto quanto imanente e transcendente com respeito à sua criação.
Criação Completa.
É de suprema importância reconhecer que as Escrituras ensinam a respeito de uma criação concluída.
Este fato é enfatizado pelas repetidas afirmações deste efeito em Gn 2.1-3, e pela instituição do sábado como um memorial da obra concluída de DEUS (veja também Ex 20.11; 31.17; SI 33.6,9; Ne 9.6; Hb 4.4,10; 2 Pe 3.5).
As Escrituras indicam que por causa da entrada do pecado, agora existe uma maldição universal sobre a terra (Gn 3.17-19; Rm 8.19-22), manifestada em uma tendência universal ao envelhecimento e à morte.
Assim, embora a mudança seja evidente em todo lugar no mundo, esta mudança não é evolucionária, mas, sim, degenerativa.
Este ensino das Escrituras é cientificamente verificado através da segunda lei da termodinâmica, que afirma que há em todos os sistemas – sejam físicos ou biológicos -uma tendência inata em direção à diminuição da ordem e da complexidade.
Resumo.
A Criação, de acordo com as Escrituras, foi realizada como uma série de atos Divinos, trazendo os seres materiais à existência, a partir do nada.
Desde o início, eram altamente organizados e em total funcionamento, e assim foram formados com uma aparência de idade.
A criação foi completa e terminada durante um período especial no passado, resultando naquele período ou dia em que DEUS “descansou” e não está mais criando, exceto em casos isolados de intervenção sobrenatural.
Os processos físicos e biológicos do presente são providenciais e não criadores, e assim não podem dar nenhuma informação sobre qualquer coisa relacionada ao período da criação.
Esta informação só pode vir através da revelação Divina, que é fornecida na Bíblia Sagrada.
Assim, não resta uma razão pela qual não possamos ou não devamos aceitar o relato da criação que nos é fornecido pelo Gênesis como histórico, literal e concreto dos eventos específicos que se passaram durante aquele período.
A CRIAÇÃO
Gn 1.1 “No princípio, criou DEUS os céus e a terra.
O DEUS DA CRIAÇÃO.
(1) DEUS se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, auto-existente e como a Causa Primária de tudo o que existe.
Nunca houve um momento em que DEUS não existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és DEUS” (Sl 90.2).
Noutras palavras, DEUS existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito.
Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela (ver 1Tm 6.16; Cl 1.16).
(2) DEUS se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (1.27; ver 1.26).
(3) DEUS também se revela como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem pecado. O pecado entrou na existência humana quando Eva foi tentada pela serpente, ou Satanás (Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9).
A ATIVIDADE DA CRIAÇÃO.
(1) DEUS criou todas as coisas em “os céus e a terra” (1.1; Is 40.28; 42.5; 45.18; Mc 13.19; Ef 3.9; Cl 1.16; Hb 1.2; Ap 10.6).
(2) A Bíblia diz que no princípio da criação a terra estava informe, vazia e coberta de trevas (1.2).
(3) O método que DEUS usou na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes está declarado: “E disse DEUS…” (1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26).
(4) Toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação. (a) O próprio Filho (“Verbo”) (b) O ESPÍRITO SANTO (c) O PAI.
O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO.
DEUS tinha razões específicas para criar o mundo.
(1) DEUS criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder.
(a) DEUS criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal com o ser humano por toda a eternidade.
(b) DEUS desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra DEUS e desobedecer ao seu mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das conseqüências do pecado (ver 3.15).
(c) A culminação do propósito de DEUS na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “…com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles e será o seu DEUS” (Ap 21.3).
CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO.
A evolução é o ponto de vista predominante, proposto pela comunidade científica e educacional do mundo atual, em se tratando da origem da vida e do universo. Quem crê, de fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro observações a respeito da evolução.
(1) A evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem e o desenvolvimento do universo.
(2) O ensino evolucionista não é realmente científico.
(3) É inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias espécies de seres viventes.
(4) Os crentes na Bíblia devem, também, rejeitar a teoria da chamada evolução teísta. “E foi a tarde e a manhã”.
DEUS não é um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário, é o Criador ativo de todas as coisas (Cl 1.16).
Dt 4.15 Novamente, temos uma repetição.
Quanto às idéias constantes neste versículo, ver Dt. 4.6,9,11,12.
Havia fogo por toda parte; a fumaça ocultava a presença de Yahweh, mas a voz da instrução soou claramente e a mensagem foi entregue de modo distinto. Uma obediência absoluta era exigida.
Yahweh dera revelação e iluminação, e a revelação fora escrita e preservada.
A adoração a Yahweh, entretanto, não se alicerça sobre nenhuma forma visível. DEUS está acima de tudo isso.
Estava proibida qualquer coisa que tendesse por desviar a mente dos homens da Presença invisível de DEUS. Cf. Rom. 1.23.0 vs. 20 daquele capítulo faz soar a mesma nota: DEUS é o Invisível; Ele faz-se conhecer através da natureza e da revelação.
Por conseguinte, é uma estupidez reduzir o culto religioso ao uso, à adoração ou à veneração de imagens feitas por mãos humanas.
Êxodo 20.4 tem a tripla proibição: coisa alguma do céu, da terra ou do Mar podia ser reduzida a um objeto de adoração.
Dt 4.19 O trecho de Êxodo 20.4 proíbe a adoração a qualquer objeto representado como existente no céu, como o sol, a lua e as estrelas.
Dt 4.20 Mas o Senhor vos tomou. Israel tornou-se uma nação distinta, altamente favorecida por DEUS, acima de outras nações. Enquanto outras nações afundavam-se na idolatria, Israel foi libertado do Egito e trazido para a Terra Prometida, para que vivesse separada como uma nação santa, favorecida pela posse da legislação mosaica, dotada de uma fé religiosa distinta.
Para que lhe sejais povo de herança. Isso fazia parte do Pacto Abraâmico (ver Gên. 15.18).
Dt 4.15,16 — Não havia nenhuma maneira de descrever ou esculpir a presença de DEUS no Sinai (Ex 20.18), pois Israel não viu a forma “física” do Senhor.
Assim, o povo não poderia elaborar qualquer representação material dela.
Embora o ser humano tenha sido criado à imagem e semelhança de DEUS, não há figura de macho ou de fêmea, isto é, objeto confeccionado pelo homem que consiga reproduzir DEUS (Gn 1.26,27).
O resultado do êxodo e do cumprimento da Lei seria um povo hereditário, visto que a nação de Israel pertencia a DEUS e, por isso, teria um glorioso futuro ao Seu lado.
Dt 4. 15-20. A revelação original não deve ser corrompida com idolatria (4.15-24).
Este parágrafo apresenta várias formas de idolatria.
Os israelitas foram advertidos a se manter longe de escultura (16; pesei, “imagem esculpida”, cf. ARA). Não deviam copiar figura ou forma.
Um fogo que consome, um DEUS zeloso (24), indica o amor ardente que não tolera rivais e destrói tudo que seja contrário à natureza divina.
Jo 1.14 — E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.
O Verbo (gr. logos), Aquele que sempre existiu se fez (gr. ginomai, uma ação concreta) carne (gr. sarx) e habitou entre nós.
O versículo 1 fala da natureza divina e eterna de CRISTO e de Suas obras, que transcendem o tempo e o espaço. Aqui, no versículo 14, o Verbo entra na dimensão do tempo e do espaço, materializa-se, faz-se carne, e muda a história da humanidade.
O Filho de DEUS que existia desde a eternidade (Fp 2.5-9), por um tempo, abriu mão de Seu estado eterno e imortal e de Sua condição divina, e fez-se homem.
JESUS CRISTO se identificou completamente conosco como homem.
Mas Ele não tinha pecado, pois o pecado não fazia parte da natureza humana antes da Queda.
Sendo assim, João usou a palavra carne neste versículo para aludir à natureza humana, e não sua propensão para o pecado (diferente do apóstolo Paulo, em Romanos 8.1-11).
DEUS habitou entre nós. O verbo traduzido como habitar é de origem grega e significa tabernacular, alude a ideia de armar uma tenda.
E vimos a sua glória. No Antigo Testamento, a palavra glória estava ligada à presença divina (Éx 33.18).
Assim como DEUS manifestou a Sua glória no tabernáculo edificado por Moisés, em CRISTO Ele revelou a Sua presença divina e o Seu caráter (Jo 18.6; 20.26,27).
Como a glória do Unigênito do Pai. JESUS é o unigênito de DEUS (Jo 3.16,18); o único Filho. O mesmo termo é usado para Isaque (Hb 11.17), embora este não fosse o único filho de Abraão, mas era o único filho da promessa. No evangelho de João, os que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de DEUS (v. 13), pela fé em CRISTO, foram chamados filhos de DEUS (Jo 1.12,13).
Mas JESUS CRISTO é o unigênito de DEUS, o único que sendo totalmente divino fez-se totalmente humano. Cheio de graça e de verdade. Quando DEUS se revelou a Moisés, Ele revelou a si mesmo como grande em beneficência e verdade (Êx 34.6).
Quando aplicado a JESUS CRISTO, esse atributo divino o identifica como o Autor da revelação e redenção perfeitas.
Jo 1.14 Em relação ao v.10 já indagamos se, afinal, o Logos de DEUS realmente poderia estar no mundo, tão alheio a ele por natureza e caracterizado por trevas?
Porém, uma vez que ele já estava nele, não deveria apenas fazer uma visita rápida, uma visita em que se dissociasse e mantivesse uma resoluta distância de tudo que fosse alheio à sua natureza?
E uma vez que ele já tinha figura humana, será que ele não agiria da mesma forma como também os gregos relatavam de seus deuses: apareciam na terra sob um disfarce qualquer, para rapidamente retornarem a seu aprazível céu, sem se envolver com todo o fardo terreno das pessoas?
Não, diz João, a mensagem de JESUS é algo radicalmente diferente de todos os mitos e lendas sobre deuses. Cada palavra da afirmação reveste-se de importância.
Pois a afirmação é assombrosa: O Verbo eterno, no qual DEUS expressou todo o seu coração e seu ser, tornou-se carne, tornou-se uma pessoa real de carne e sangue e viveu no mundo por cerca de 33 anos e meio como qualquer outro ser humano.
Isso é revelação genuína. DEUS não passou entre nós num invólucro aparente de humanidade, intocado pela verdadeira condição humana, mas DEUS se tornou verdadeiramente um de nós, numa solidariedade plena.
Por isso não se diz apenas: A palavra se tornou ―ser humano, mas, enfatizando a condição real do ser humano, ouve-se: o Verbo se tornou carne. Desde o AT carne caracteriza o ser humano em sua debilidade, transitoriedade e mortalidade; cf., p. ex., Sl 56.5; 78.39; Is 31.3; 40.6-8; Jr 17.5. O Verbo eterno – O Logos se fez carne.
Paulo imediatamente tem em mente também a cruz. João, porém, consegue formular o evangelho integral na palavra da encarnação.
O Verbo se fez carne: como isso é possível?
Para essa pergunta não há e não deve haver resposta, porque dissolveria o milagre da revelação.
Contudo, uma coisa podemos afirmar como antevisão de Jo 3.16 e sob o testemunho de João em 1Jo 4.9s, a saber, que nisso resplandece a glória do amor.
Encarnação, solidariedade plena com nossa vida humana, assumir toda a nossa existência – isso é amor, e é unicamente consumado pelo amor.
DEUS já habitou na tenda da revelação e habitou em seu santo templo.
Agora ele habita conosco em JESUS. Nesse texto, pois, fica claro que JESUS é o verdadeiro templo, dando-nos realmente aquilo que se buscava no templo de Jerusalém (e também em todos os templos do mundo).
Aqui reside a base da palavra de JESUS em Jo 2.19, do mesmo modo como da afirmação de Paulo sobre a igreja de JESUS, que como ―corpo do CRISTO é ao mesmo tempo o templo de fato, no qual DEUS agora habita sobre a terra (1Co 3.16; 14.25).
Pelo fato de que o Verbo se fez carne e habitou entre nós tornou-se possível o que João atesta em seguida:
E vimos a sua glória. João optou pelo termo ver, que assinala um ver real, atento, observador. João nos diz em sua primeira carta como esse ver é sério e real.
Porém, o que João viu?
João viu algo bem diferente: a sua glória. A palavra dóxa – glória – é a réplica grega do termo hebraico do AT kabod.
A raiz subjacente significa inicialmente ter peso e a partir daí torna-se expressão da gravidade, grandiosidade, honra, glória.
Essa glória divina João e seus amigos viram em JESUS, embora ele fosse carne, esse homem real, sofredor, moribundo.
Sim, aprenderam do próprio JESUS a ver precisamente em sua humildade a sua glória, em sua cruz a sua exaltação (Jo 3.15).
Em seguida, capítulo após capítulo, João nos permitirá vê-la também.
É justamente por isso que não temos somente as cartas do NT, com suas instruções doutrinárias sobre JESUS, mas também os evangelhos, com sua imagem de JESUS, para que também nossa fé possa ver pessoalmente algo daquele a quem ela se entrega para a vida e a morte.
Mais tarde João viu outra vez a glória de JESUS, e isso não aconteceu na carne, mas de forma direta, quando se achava em espírito e podia contemplar o mundo celestial: Ap 1.12ss.
No ser humano JESUS a luz da revelação resplandece da forma como podemos suportá-la agora.
Consequentemente, João está proferindo uma palavra santa, mas verdadeiramente alegre e grata.
É por essa razão que João acrescenta: essa glória é cheia de graça e de verdade.
Tudo isso é pura graça. Por isso, quando DEUS pronuncia seu nome perante Moisés, que quer ver a glória de DEUS, a única coisa que pode soar é: Senhor, Senhor, DEUS compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade [Êx 34.6].
É por isso que Israel, que sentia falta de poder divino em JESUS, deveria ter reconhecido, justamente com base em Moisés e no AT, a verdadeira glória de DEUS cheia de graça e de verdade em JESUS.
Jo 1.14 – “O verbo se fez carne “. Ao encarnar. CRISTO se tornou: (1) o Mestre perfeito (Fp 2.5-11); (2) o Homem perfeito (1 Pe 2.21); (3) o Sacrifício perfeito (Cl 1.15-23).
JESUS é único em espécie e em seu relacionamento com DEUS. Ele é diferente de todos os cristãos, chamados “filhos de DEUS”.
Jo 1.14- Quando JESUS foi concebido no ventre de Maria. DEUS se fez homem. Ele não era em parte humano e em parte divino; era completamente humano e completamente divino (Cl 2.9).
Ez 28.2 Filho do homem. Yahweh fala com o profeta, utilizando seu título comum (anotado em Eze. 2.1).
Dizes: Eu sou DEUS, sobre a cadeira de DEUS me assento.
Meros homens começaram a pensar si mesmos como deuses, semideuses ou filhos dos deuses.
Os “deuses” se casaram, e deuses e filhos de deusas nasceram na teologia.
As doutrinas se desenvolveram e um rei podia ser relacionado a uma variedade de conceitos.
As mitologias misturaram homens e deuses numa salada extravagante; logo, deuses estavam produzindo semideuses, filhos de mulheres mortais.
Todas estas farsas seriam expostas, e o deus de Tiro corria para encontrar seu destino amargo (vss. 6-10).
Ver Eze. 28.6,9, para uma renovação da reivindicação de divindade entre os homens.
Outros exemplos da “insanidade da prosperidade” são
Senaqueribe (II Reis 17:33-35); Faraó (Ez. 29:3);
Nabucodonosor (Dn. 3:15; 4:30; observe particularmente o autoteísmo da Babilônia, Is. 47:7-10);
Herodes (Atos 12:21-23);
“o homem do pecado ” (II Ts. 2:3, 4)
e os conquistadores que confiam em suas armas (Hc. 1:11, 16);
e todos aqueles que hoje em dia adoram “a deusa da prosperidade”.
O profeta descreve o castigo do orgulhoso príncipe (Ez. 28:1-10); e profere uma lamentação irônica sobre a sua queda (28:11-19).
O Castigo do Príncipe de Tiro por Causa de Sua Auto-Exaltação 28:1-10.
Príncipe de Tiro é chamado de nagîd, “líder”, um termo usado apenas para com os governantes israelitas, exceto aqui e em Dn. 9:25,26.
Seu aparecimento aqui sugere que ele tinha essa posição apenas por designação divina. Ele é chamado “rei”, melek, no versículo 12, exemplificando o conceito do Crescente Fértil de que o governante era o representante dos deuses, e mais do que humano. Ittobaal II era rei de Tiro nessa ocasião (Josefo, Against Apion 1. 21), mas foi o autoteísmo de Tiro, mais que qualquer governante específico, que foi acusado. Cadeira de DEUS. Antes dos deuses (RSV).
Talvez se refira
1) a um trono vazio no templo tiro reservado para o rei, ou
2) a uma situação invencível de Tiro, ou
3) à ilha como lugar consagrado aos seus deuses.
Is 14.12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã. A queda de Satanás?
Agora o rei caído é comparado a uma estrela que antes brilhava no céu, a saber, a “estrela da manhã” ou doador da luz, traduzido por “Lúcifer” na Vulgata Latina.
Dentro da mitologia Cananéia (ugarftica) havia uma divindade que era o deus do alvorecer, ou seja, a estrela da manhã, de nome Shahar, correspondente a Vênus, na astronomia moderna.
Mas o mais provável é que o profeta não estava procurando nenhum tipo de identificação astronômica.
Ele falava sobre uma luz brilhante no céu, tão poderosa que era capaz de anunciar o alvorecer.
Seja como for, a estrela estava tão baixa que primeiramente se apagou e, em seguida, caiu no sheol.
A referência a Lúcifer, na Vulgata, não deveria fazer-nos enganosamente pensar que esta passagem trata de Satanás, o que foi um desenvolvimento posterior e dificilmente está em pauta aqui.
Pelo contrário, está em vista um homem diabólico.
Ele era importante e elevado, uma espécie de deus-estrela, mas agora tinha sido deitado tão abaixo que o seu leito era uma cama de gusanos, no sheol.
Aquele homem, estando ainda na terra, derrubara nações (pintadas como florestas, vs. 8). Mas agora ele mesmo estava cortado, em solene demonstração da justiça divina.
Aquele homem, sedento de sangue, culpado de tantos e tantos crimes, foi lançado para fora do céu como objeto imundo e agora jazia em seu humilde leito no sheol.
No mundo ele fora a árvore mais elevada, mas isso não o deixara imune ao machado divino.
Is 14.13-15 Tu dizias no coração: Eu subirei ao céu. A Queda de Satanás?
O tirano se jactava doentiamente de que subiria ao céu, rivalizando com os deuses, postando-se mais alto que as estrelas de Elohim.
Lá em cima ele colocaria o seu trono.
A expressão “no monte da congregação” é uma referência pagã ao deuses que habitariam as regiões celestes no norte, em tomo das quais girariam as constelações.
No cume desse monte, estava o trono do DEUS Altíssimo (vs. 14). Cf. Eze. 28.14 e Sal. 48.2.
Algo tão simples como a morte física fê-lo tombar às partes mais inferiores do abismo (sheol).
Era isso o que ele merecia em sua arrogância.
Essa história assemelha-se à história de Lúcifer nas lendas judaicas, as quais, como é claro, baseavam-se neste texto.
Mas, conforme se pode ver, originalmente não havia uma referência ao principal anjo caído, a quem chamamos Satanás ou diabo.
A história judaica posterior passou para a interpretação cristã, como se aqui tivéssemos uma descrição da queda de Satanás.
O quadro de Satanás preso no sheol é diferente do que sabemos acerca dele. Ele está “lá fora”, causando todo o dano que puder.
Naturalmente, podemos ver aqui uma referência primária a Satanás, de quem o tirano da Babilônia era imitador.
Is 14.12 Como caíste do céu é uma figura de linguagem para designar alguém que foi derrubado de uma posição política privilegiada.
JESUS disse: E tu, Cafarnaum, serás levantada até ao céu. Até ao inferno serás abatida (Lc 10.15), e, aparentemente com o mesmo sentido: Eu via Satanás, como raio, cair do céu (Lc 10.18).
O nome Lúcifer, em hebraico, significa literalmente estrela da manhã, ou seja, o planeta Vênus.
Na linguagem poética desse versículo, vemos uma estrela brilhante desejosa de alcançar o ponto culminante dos céus desaparecer com o nascimento do Sol.
Essa imagem expressa muito bem o objetivo não alcançado do rei da Babilônia (v. 4), que aspirava a um domínio universal e eterno. Tertuliano, Milton e muitos outros atribuem essa passagem à carreira de Satanás, com base em Lucas 10.18.
Contudo, não se pode ter certeza absoluta dessa conexão.
Is 14.13 Acima das estrelas de DEUS.
Temos aqui o caso de uma estrela que deseja ser maior que as outras. Em linguagem poética, Isaías descreve um rei cujo anseio de glória é insaciável.
Is 14.14 Serei semelhante ao Altíssimo é o mais ultrajante dos desejos arrogantes do rei assírio ou babilônio.
Ele quer suplantar o Altíssimo, título atribuído ao Senhor geralmente relacionado com as nações do mundo (SI 87.5; 91.1,9; 92.1).
Trata-se de um exemplo de justiça irônica contra esse rei que queria ascender a um lugar acima dos deuses e do próprio Altíssimo.
O abismo é um sinônimo de Sheol, às vezes mencionados juntos 0n 2.2,6).
Is 12-20. Lúcifer. O nome romano para a estrela da manhã (heb. hêlêl, “a brilhante”), a qual logo desaparece diante do esplendor muito maior do sol.
Este título foi concedido ao rei da Babilônia, não se referindo a ele como indivíduo humano específico (como Belsazar, por exemplo), mas como representante ou incorporação de Satanás, que é considerado o poder por trás do trono real.
O orgulho titânico e a ambição expressas nos versículos 13, 14 estão deslocados em quaisquer lábios que não sejam os de Satanás.
A poesia épica do ugarita cananeu geralmente se refere à “montanha do Norte” ou Sapunu (equivalente ao heb. sâphôn usado aqui) como sendo a habitação dos deuses.
A ignominiosa queda do tirano da Babilônia, aqui descrito profeticamente, cujo cadáver jaz insepulto e desonrado, reflete Satanás, seu senhor.
2. Homem, a criatura.
O mesmo texto que diz “DEUS está nos céus também diz: “tu estás na terra” (Ec 5.2).
DEUS está no céu, o homem está na terra! DEUS é o Criador, o homem é a criatura.
É uma obrigação nossa saber que DEUS é DEUS e o homem é homem!
Devemos ter muito cuidado para não nos transformarmos em heróis e super crentes. Seria bom sempre nos lembrarmos de que estamos aqui “na terra”.
E mais, não apenas estamos aqui, mas somos feitos do mesmo material: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de DEUS e não de nós” (2 Co 4.7, veja (1 n 2.7).
Não há dúvidas de que essa conscientização nos levaria a sermos mais cuidadosos com nossas obrigações diante de DEUS.
Então formou o Senhor DEUS ao homem.
O nome divino, no original hebraico, é aqui Yahweh-Elohim.
Formou. No hebraico, yasar.
Esse mesmo vocábulo é usado para indicar a formação de um vaso, por parte do oleiro (Isa. 29.16; Jer. 18.4).
Pó da terra.
No hebraico há um jogo de palavras, o homem (no hebraico, adham), foi formado do pó da terra (no hebraico, adhamah), uma palavra cognata.
E foi essa palavra que deu o nome genérico à raça humana, homem, ou seja, um ser formado do pó da terra.
O primeiro homem foi chamado Adão, outro termo cognato, que veio a tornar-se seu nome próprio. Ver Gên. 2.20.
Ele não foi feito das rochas, nem de minérios ou de metal, mas do pó da superfície do planeta, muito leve e que qualquer vento pode tanger”
… lhe soprou nas narinas. DEUS animou a estátua conferindo-lhe a energia divina, e aquilo que era apenas argila tornou-se um ser vivo, já equipado com todos os sistemas necessários à vida biológica, à reprodução e ao senso de bem-estar,
O decreto divino continuou, portanto, a ser a origem de tudo. Não é antecipado nenhum processo evolutivo.
Alma vivente. No hebraico, nephesh.
A alma aparece embutida na expressão a imagem de DEUS. Em Gên. 1.26 (ver a exposição), suponho que essa expressão deve incluir a ideia da espiritualidade do homem, mesmo que essa ideia tenha ultrapassado a compreensão do autor sagrado.
Assim creio. O homem, criado como foi à imagem de DEUS, sem dúvida compartilha de Sua espiritualidade, e isso deve envolver a alma imortal.
DEUS é o Criador do homem, o Seu amigo e conselheiro desde o princípio, e assim contínua até hoje e continuará para sempre.
DEUS fez o homem tornar-se uma alma vivente quando soprou sobre ele. Após a queda no pecado, tornou-se mister insuflar vida eterna no indivíduo, para que este tivesse restaurada a sua vida espiritual e para que desfrutasse de comunhão com seu Criador.
Gn 2.7 — O verbo formou sugere um artesão moldando sua obra [em barro]. O homem foi feito do pó da terra e voltaria ao pó quando morresse fisicamente (Gn 3.19).
Embora DEUS tenha criado a luz com uma simples palavra (Gn 1.3), Ele [se envolveu pessoalmente na criação do homem], ao modelar o corpo humano no barro, transformou esta matéria-prima em uma coisa nova e, depois, soprou em seus narizes [suas narinas – ara] o fôlego da vida.
O sopro divino pode ser o jeito que o narrador encontrou de descrever a infusão do espírito no ser humano, que o dotou de capacidade intelectual, moral, relacional e espiritual.
O fato é que, com tudo isso, DEUS mostrou grande cuidado e preocupação na maneira utilizada para criar o homem.
A expressão traduzida como alma vivente do homem é a mesma que foi usada para referir-se à vida animal em Gênesis 1.24.
Isto sugere que a vida humana e a animal são parecidas; contudo, o fôlego de vida divino [o espírito] fez os seres humanos diferentes de todas as outras criaturas vivas.
EVOLUÇÃO
A palavra portuguesa evolução deriva-se do latim e (fora) e volvere (rolar).
A idéia expressa é o evolver gradual, em subdivisões, com a produção de muitos.
Isso é usualmente descrito como algo que passa do simples para o complexo, ou então como a origem da vida em suas múltiplas manifestações e formas.
«Os criacionistas têm certeza, sem evidências. Os evolucionistas têm evidências sem certeza».
Afirmamos que ninguém, realmente, conhece a verdade a respeito das origens, exceto a afirmação de que a Mente divina está por detrás de toda essa operação, desde o começo.
Mas, o modus operandi dessa operação precisa continuar sendo discutido.
Se a alma pertence a DEUS, tendo provido dele e estando destinada a retornar a ele, então, qualquer doutrina concernente ao corpo físico, por mais interessante que seja, não é crítica para a nossa fé.
O criacionismo é uma questão de fé, e não de ciência. Teologicamente falando é perfeitamente defensável, mas nada tem a ver com a biologia».
Esse mesmo autor duvida do valor de forçar a questão (o criacionismo e a controvérsia que gira em redor do mesmo) até o nível das escolas públicas, achando que seria mais aconselhável que os cristãos bíblicos apresentem os seus pontos de vista nas igrejas, ao mesmo tempo em que, nas escolas públicas, as crianças de pais evangélicos não deveriam ser expostas a ensinamentos antirreligiosos, que lhes são forçados como se fossem fatos.
Escrevi um artigo separado sobre esse assunto, bastante detalhado.
Um texto de prova da ideia que o homem evolui espiritualmente (não biologicamente) é II Coríntios 3:18: «E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o ESPÍRITO».
Para mim parece claro que a própria salvação, já nas dimensões celestiais, envolverá uma glorificação e uma transformação eternas, em que o crente vai sendo transformado à imagem do Filho de DEUS, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO.
Isso significa que os homens compartilharão da própria natureza divina (ver II Ped. 1:4), dotados da plenitude de DEUS (ver Ef. 3:19), conforme a imagem e a natureza do Filho de DEUS (ver Rom. 8:29), subindo sempre de um estágio de glória para outro, incessantemente (ver II Cor. 3:18).
Visto que há uma infinitude com a qual seremos cheios, não há que duvidar que haverá um enchimento infinito.