RELACIONAMENTO COM DEUS ATRAVÉS DA MEDIAÇÃO
A ORAÇÃO DE MEDIAÇÃO PARA TRATAR CONFLITOS SOMENTE DEVE SER REALIZADA QUANDO SE TEM A REALIDADE DA INFORMAÇÃO DO OCORRIDO PELO DOIS LADOS… A PARCIALIDADE PODE GERAR UMA PETIÇÃO A DEUS DESCONECTA DA VERDADE.
PORTANTO FAZ-SE NECESSÁRIO PRIMEIRO IDENTIFICAR A REAL CAUSA, PARA DEPOIS TRATAR A SITUAÇÃO QUE GEROU O PROBLEMA, E NÃO A CONSEQUÊNCIA.
O que é mediação de conflitos?
A mediação é uma forma facilitada de negociação de conflito na qual as partes, por livre e espontânea vontade, aceitam que um terceiro imparcial ajude a resolver a situação.
O mediador tem como papel principal facilitar a comunicação dos participantes utilizando diversas técnicas.
O mediador jamais pode oferecer sugestões, ele precisa permitir que as partes criem suas próprias ideias e estratégias para resolver as questões.
Esse terceiro, na verdade é um facilitador e as outras pessoas, nesse caso, renunciam parte do controle do litígio.
É importante destacar que, a qualquer momento, as partes podem suspender ou abandonar o litígio ou mesmo retomar as negociações.
Isso ocorre porque ninguém está ali de forma obrigatória e sim espontânea.
O mediador tem um papel essencial na resolução do conflito, pois ele é o responsável por fazer com que as partes se entendam.
Normalmente, essa é uma situação complicada por envolver problemas emocionais, especialmente nos casos em que a família está envolvida.
Como os conflitos costumam surgir?
Primeiro, é preciso que conceituamos o que vem a ser conflito. Ele começa quando duas ou mais pessoas divergem de opinião em relação a algo como metas, objetivos e interesses diversos que são incompatíveis.
O conflito acaba envolvendo uma série de fatores emocionais e físicos que não são palpáveis, mas que acontecem de fato.
Por exemplo, você já deve ter ouvido falar de uma pessoa que era hipertensa e que infartou ao discutir com alguém.
Assim, o conflito pode desencadear muitos outros problemas além do litígio em si.
Os participantes do conflito costumam adotar muitas práticas ruins como culpabilizar outras pessoas integralmente, responsabilizar o outro pelos seus problemas, reprimir comportamentos, julgar a forma de agir e de pensar do opositor, dentre outras coisas.
Apesar de tudo isso, é do que as pessoas costumam pensar, o conflito não pode ser algo negativo.
Aliás, ele pode até mesmo ser o gatilho para que as coisas melhorem no futuro, para que as partes resolvam as suas diferenças e possam voltar a ter um relacionamento normal.
Também promove o amadurecimento e o crescimento desses indivíduos como ser humano, melhorando a forma com a qual olham o mundo e sendo mais compreensivos.
Há também um mecanismo que os estudiosos chamam de espirais de conflito.
Isso quer dizer que, para cada ação, há uma reação posterior ainda mais agressiva e isso torna-se um ciclo vicioso no qual o conflito apenas se agrava.
No final das contas, muitos acabam esquecendo porque a “briga” se iniciou de fato e agora os motivos são: raiva, ressentimentos e mágoas.
O mediador está à frente da situação justamente para evitar a formação dessa espiral e assim, o agravamento do conflito.
Quando as partes aceitam participar do processo de mediação é sinal de que as duas concordam em algo: querem resolver logo o problema da melhor forma possível.
Como resolver conflitos familiares?
Para realizar uma oração coerente para resolver os problemas de conflitos, tenha como base as seguintes premissas:
1-) Saiba ouvir
Somos ávidos para impor nossa opinião quando estamos em um conflito. Queremos de toda forma provar que estamos certos (mesmo que estejamos errados).
A Bíblia, porém, nos ensina que saber ouvir é um poderoso segredo para não passarmos vergonha e sermos insensatos diante dos conflitos familiares:
“Quem responde antes de ouvir, comete insensatez e passa vergonha.” (Pv 18:13).
Aprenda a ouvir mais! Aprenda a deixar a outra pessoa expor o ponto de vista dela. Muitos conflitos ocorrem e se mantém pelo simples fato de uma pessoa não ouvir a outra. Às vezes o problema gerador do conflito nem é tão grande, poderia ser facilmente resolvido, mas como ninguém se ouve, não há como dialogar sobre o conflito e solucioná-lo.
2-) Não interrompa quando a outra pessoa estiver falando
Tão importante quanto saber ouvir é saber respeitar o espaço de cada um. Interrupções acaloradas enquanto o outro fala só vão jogar mais lenha na fogueira. Diante dos conflitos familiares é preciso chamar o domínio próprio para participar e aprender a respeitar o espaço do outro em sua argumentação, ainda que esteja errado.
Interrupções atrapalham a compreensão de cada parte e o problema acaba não sendo resolvido. Aprenda a controlar a raiva, o ressentimento ou qualquer outro sentimento negativo envolvido e deixe o outro falar.
3-) Escolha a melhor hora para falar
Apesar de ser sempre importante que a verdade seja dita, precisamos aprender que a verdade não pode ser dita de qualquer jeito, em qualquer momento. A Bíblia nos ensina:
“Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele.” (Pv 29:20).
Diante dos conflitos familiares sempre reflita se aquele momento mais acalorado é o momento ideal para um diálogo verdadeiro. Às vezes algumas verdades precisam sim ser ditas, mas em um novo momento, num momento mais ideal, onde cada um possa pensar com a cabeça mais “fresca”.
4-) Não resolva nada enquanto estiver com a cabeça quente
Sabemos que conflitos familiares exigem a tomada de decisões para que os problemas sejam sanados. O problema é que muitos tomam essas decisões enquanto estão de cabeça quente. Resultado? Muitas decisões equivocadas. Alguém já disse que nunca devemos tomar decisões quando estamos tristes demais e nem quando estamos alegres demais. Isso é verdade, pois quando estamos alterados emocionalmente nossas decisões tendem a não ser racionais. Se estiver vivendo um conflito familiar prefira tomar decisões quando a cabeça estiver “fria”.
A Bíblia nos ensina que
“O ânimo sereno é a vida do corpo…” (Pv 14:30).
Procure essa serenidade tão importante para que seus problemas de relacionamentos sejam resolvidos de forma saudável.
5-) Defina claramente qual é o problema
Alguém já disse que o problema não é o problema. O problema em si é apenas uma situação que se descontrolou de alguma forma. Esse não é o problema em si. O problema é a falta de capacidade das pessoas em lidarem com o problema e resolvê-lo. Isso se dá porque geralmente levamos os conflitos familiares para o lado pessoal. Ou seja, sempre nos achamos agredidos de alguma forma. Isso atrapalha enxergar realmente qual é o problema e como tratá-lo racionalmente. Não é difícil algum familiar ficar magoado com outro porque ele “falou alto comigo” ou porque “não me ama mais” ao invés de tentar, com argumentos e reflexões sensatas, entender o porquê estão em conflito e solucionar a partir da causa real.
6-) Pense em como resolver o problema
Ao invés de partir para qualquer tipo de agressão, parta para a solução. Vale muito a pena manter a paz no ambiente familiar. Por isso, no que depender de você busque soluções, mesmo que isso implique em ser humilde e abrir mão de uma opinião que tenha, em favor da paz.
A Bíblia nos ensina que
“O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apazigua a luta.” (Pv 15:18).
É muito mais sábio apaziguar conflitos familiares resolvendo as diferenças do que colocar mais gasolina na fogueira e aumentar a dor de cabeça. Seja um solucionador de problemas e não um causador de mais.
7-) Reconheça se estiver errado
Todos que entram em uma discussão se consideram a parte que está certa. Mas no fundo no fundo, quem está errado sempre tem alguma consciência disso. Se você estiver errado, mesmo que seja uma mínima consciência de que está errado, reconheça o erro.
A Bíblia ensina que
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28:13).
O poder da atitude de reconhecer um erro e pedir perdão é muito maior do que imaginamos. Muitos pensam que somente os fracos perderiam uma discussão, mas a Bíblia é clara e ensina que os fracos são os que encobrem seus erros. Ter humildade para reconhecer que está errado dentro dos conflitos familiares é uma atitude capaz de resolver definitivamente o conflito.
😎 Não jogue as coisas “na cara” da outra pessoa
É muito comum nos conflitos familiares que as partes comecem a jogar as coisas na cara um do outro. Ressuscitam erros do passado, evidenciam defeitos, tudo para ter munição para atingir o outro. É bem claro que essa atitude só agrava o conflito familiar. Quando estiver diante de um conflito familiar esvazie os bolsos de qualquer munição que possa ferir a outra pessoa. Não somos chamados para machucar, mas para curar pessoas.
A Bíblia ensina que
“Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.” (Pv 16:24).
Aqueles que conseguem fazer uso de boas palavras em um conflito familiar têm muito mais chances de curar esse conflito do que aqueles que usam suas palavras como armas para ferir.
9-) Exercite o perdão
Dificilmente os conflitos familiares se resolverão se o exercício do perdão não acontecer. Por isso, esteja disposto a perdoar. Sem perdão a família tende a ruir diante dos conflitos, já que todos erramos em muitas coisas e acabamos atingindo o próximo de alguma maneira.
Daí Jesus ensinar que devemos perdoar setenta vezes sete (Mateus 18:22).
Daí Jesus ensinar que devemos orar para sermos perdoados, mas antes fazermos a nossa lição de casa que é perdoar os nossos devedores (Mateus 6:12).
10-) Use a oração
O ideal é que os conflitos familiares começassem a ser resolvidos com oração, mas sabemos que no calor da situação é difícil que isso aconteça. Mas no desenrolar do conflito precisamos incluir Deus como participante da solução. Por isso, acostume-se a convidar as pessoas a pedir a ajuda de Deus para a solução dos conflitos.
Você vai se surpreender com o resultado de convidar um familiar para orar a fim de que resolvam a situação com a ajuda de Deus.
Orar ajuda a acalmar os ânimos e a declarar perante Deus que se precisa de ajuda para resolver a questão.
Se não for possível que a outra pessoa ore junto, ore sozinho, clame ao Senhor, peça sabedoria, direção, calma, enfim, tudo aquilo que você precisa e que está faltando para solucionar o problema.
JESUS – ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS
Um mediador é aquele que faz a mediação, ou seja, aquele que age como um intermediário para trabalhar com lados opostos a fim de trazer uma solução.
Um mediador tenta influenciar um desacordo entre as duas partes com o objetivo de resolver uma disputa.
Há apenas um mediador entre a humanidade e Deus, e esse é Jesus Cristo.
Deus tem uma disputa conosco por causa do pecado.
O pecado é descrito na Bíblia como transgressão da lei de Deus (1 João 3: 4) e rebelião contra Deus (Deuteronômio 9:7; Josué 1:18).
Deus odeia o pecado, e o pecado se interpõe entre todos nós e Ele.
“Não há justo, nem um sequer” (Romanos 3:10).
Todos os seres humanos são pecadores devido ao pecado que herdamos de Adão e devido ao pecado que cometemos em uma base diária.
A única penalidade justa por esse pecado é a morte (Romanos 6:23), não apenas morte física, mas a morte eterna (Apocalipse 20: 11-15).
A punição justa para o pecado é uma eternidade no inferno.
Nada que pudéssemos fazer por nossa conta seria suficiente para mediar entre nós e Deus.
Nenhuma quantidade de boas obras ou observância da lei nos torna justos o bastante para estarmos diante de um Deus santo (Isaías 64:6; Romanos 3:20; Gálatas 2:16).
Sem um mediador, estamos destinados a passar a eternidade no inferno, pois por nós mesmos a salvação do nosso pecado é impossível.
No entanto, há esperança! “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2: 5).
Jesus representa aqueles que colocaram a sua confiança nEle diante do trono da graça de Deus.
Ele medeia por nós, tanto quanto um advogado de defesa medeia pelo seu cliente, dizendo ao juiz: “Meritíssimo, meu cliente é inocente de todas as acusações contra ele.”
Isso é verdade para nós também.
Algum dia teremos de enfrentar Deus, mas vamos fazê-lo como pecadores totalmente perdoados por causa da morte de Jesus em nosso favor.
O “advogado de defesa” tomou a pena por nós!
Vemos mais uma prova dessa verdade reconfortante em
Hebreus 9:15: “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.”
É por causa do grande Mediador que somos capazes de estar diante de Deus vestidos com a justiça de Cristo.
Na cruz, Jesus trocou o nosso pecado pela sua justiça (2 Coríntios 5:21).
A sua mediação é o único meio de salvação.
Jesus Cristo é o nosso único e suficiente Mediador, e isso por algumas razões:
1. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque Ele é Deus-Homem. Jesus é Deus e Homem ao mesmo tempo.
Ele é perfeitamente Deus e perfeitamente Homem. É uma só Pessoa, mas com duas naturezas distintas. Jesus não deixou de ser Deus ao tornar-se Homem.
Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo, desceu da glória, esvaziou-se e fez-se carne. Vestiu a nossa pele, nasceu numa manjedoura, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz.
Ele é a ponte que nos liga a Deus, o caminho que nos dá acesso ao Pai e a porta de entrada da bem-aventurança eterna.
2. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque é o nosso representante e fiador.
Jesus veio ao mundo para ser nosso representante e fiador.
Não veio apenas para estar ao nosso lado, mas em nosso lugar. Não veio apenas para falar por nós, mas para morrer por nós. Não veio apenas para nos defender, mas para nos substituir. Sua morte na cruz foi um sacrifício, um sacrifício substitutivo.
Ele morreu a nossa morte. Ele pagou a nossa dívida. Ele sofreu o duro golpe da lei que deveríamos sofrer. Ele sorveu sozinho o cálice amargo da ira de Deus que nós deveríamos beber. Ele recebeu em si mesmo a merecida punição do nosso pecado. Ele cumpriu com todas as demandas da justiça divina ao morrer em nosso lugar, em nosso favor, para nos oferecer perdão e vida eterna.
3. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque ressuscitou, venceu a morte, triunfou sobre os principados e potestades e nos fez assentar com ele nas regiões celestes.
A morte de Cristo na cruz não foi um sinal de fraqueza e derrota, mas de retumbante vitória. Ele matou a morte e arrancou seu aguilhão, quando ressuscitou dentre os mortos. A vitória de Cristo é a nossa vitória.
Morremos com ele e com ele ressuscitamos. Estamos escondidos com Cristo em Deus. Estamos assentados com ele nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade. Nele somos mais do que vencedores.
Por meio dele temos livre acesso ao trono da graça e chegaremos ao Céu, ao Paraíso, ao Seio de Abraão, à Casa do Pai, à Cidade Santa, à Nova Jerusalém.
Ele é nosso irmão mais velho e seguindo suas pegadas, entraremos pelos portais da glória trajando vestes alvas e com palmas em nossas mãos.
Com ele, assentar-nos-emos em tronos e, com ele, reinaremos em seu reino de glória, para todo o sempre.
Porque Cristo foi tudo para nós na terra, no tempo, na vida e na morte, ele será tudo para nós no céu, na glória e isso, por toda a eternidade.