O amor é a base de toda a atividade cristã, e a compaixão é um ingrediente divino.
Nesse estudo sobre o Relacionamento com Deus, somos introjetados por esse amor e passamos a compreender a importância desse ingrediente tão importante para a humanidade: A COMPAIXÃO DE CRISTO.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que Ele deu Jesus. E Jesus nos amou de tal maneira que Ele Se sacrificou por nós.
Paixão é humana, volátil, afetada pelas circunstâncias; compaixão é divina.
Cristo foi uma revelação viva de interesse imutável, uma luz na escura selva de paixões selvagens.
O Evangelho é uma declaração da constante abertura do Senhor para com a raça humana.
“ Por causa do grande amor de Deus nós não somos consumidos, pois a sua compaixão nunca falha.” (Lamentações 3:22).
O amor do Senhor por nós não muda; ele não está sujeito à disposição de ânimo.
A compaixão pode ser o que mais vai nos diferenciar nos dias atuais.
E como uma demonstração desse amor tão grande Ele disse:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30)
A palavra hebraica (hamal) e grega (splanchnisomai), às vezes traduzidas como “compaixão” também têm um significado mais amplo, como “mostrar pena”, “amar” e “mostrar misericórdia.”
Outros sinônimos próximos de compaixão é “ser amado por”, “mostrar preocupação com”, “ser compassivos,” e “agir com gentileza.”
Ter compaixão não é ter um sentimento de piedade pelo outro e seguir em frente.
É agir na direção daqueles pelos quais nos compadecemos, assim como Cristo fez em nossa direção e na direção de tantos quando esteve no mundo.
O Sólido Fundamento
O Evangelho se apóia sobre o sólido fundamento da fiel bondade de Deus para com as pessoas inconstantes.
Compaixão celestial responde a paixões terrenas.
O Senhor foi tentado no Sinai; as tábuas dos Dez Mandamentos que Ele havia acabado de escrever, foram destruídas e lançadas, espalhadas a Seus pés.
O povo O ofendeu profundamente, mas Ele usou aquele momento para proclamar quem Ele era:
“Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo, grande em misericórdia e fidelidade; que usa de misericórdia em mil gerações; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado;” (Êxodos 34:6-7).
Um Deus de graça ilimitada foi um conceito revolucionário no mundo antigo carregado de temor aos deuses traiçoeiros e cruéis.
Jonas o profeta orou, “pois eu sabia que és Deus clemente e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.” (Jonas 4:2)
Mandado a Nínive, a cidade mais depravada da terra, ele se tornou o primeiro missionário na história e o único profeta em Israel que levou uma cidade ao arrependimento.
Sua profunda consciência da verdade fundamental sobre Deus como revelado no Sinai talvez explique porque o Senhor escolheu um caráter tão relutante como o seu enviado à perversa Nínive.
Mas Jonas não estava sozinho no seu entendimento da natureza de Deus; todos os profetas de Israel manifestaram uma paixão espiritual na tarefa de trazer o povo de volta pra Deus.
Esta paixão resultou de um mesmo conhecimento da graciosa presteza de Deus de receber a todos os que vem a Ele.
A profecia de Oséias, por exemplo, retrata o clamor do coração de Deus por uma Israel adúltera, enquanto a profecia de Miquéias termina com frases similares as do Sinai – como o explendor do sol em um céu tempestuoso.
Ele acrescenta: “Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Miquéias 7:19).
Jesus Se movia através da compaixão.
A compaixão era um sentimento que O acompanhava em cada estender de mão a alguém.
Foi por compaixão que Ele curou os cegos quando saía de Jericó.
“Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram.” (Mateus 20:34)
Quando nos movemos em compaixão na direção das pessoas, Deus nos usa para trazer alívio em diferentes momentos, como podemos aprender com Jesus.
Para cada situação, Jesus Se movia em compaixão para suprir a necessidade daqueles que iam em Sua direção.
Hoje, como Igreja apostólica somos na terra o reflexo de Jesus.
Logo, devemos agir como o nosso Mestre e nos mover em compaixão para ajudar aqueles que se submetem ao nosso cajado ou que, de alguma forma, buscam socorro em nós.
Quando uma grande multidão se reuniu ao redor de Jesus para ouvir a Sua sabedoria e aprender os princípios do Reino de Deus, ficou ali por três dias, que passaram como fração de segundos, tamanha a inteligência e sabedoria do Mestre.
Após discorrer sobre vários assuntos, era necessário que cada um voltasse para a sua casa e colocasse em prática o que havia aprendido.
Só que Jesus sabia que se despedisse o povo com fome, eles morreriam, e os princípios, outrora ensinados, seriam perdidos.
Então, agiu com compaixão e providenciou oferecendo além do alimento espiritual, a comida física para suprir a necessidade do povo.
“Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm que comer.” (Marcos 8:2).
Jesus nos dará uma grande multidão e com ela virá a compaixão para administrarmos com sabedoria.
Levaremos várias formas de alívio à vida dos que precisam, como:
ALÍVIO DA INDIFERENÇA
A indiferença é o antônimo da compaixão.
Não podemos olhar com indiferença as pessoas que estão ao nosso lado sofrendo.
Jesus, mesmo sabendo da indiferença que existia entre judeus e samaritanos, não hesitou em conversar com a mulher samaritana, como vemos em João 4.
O maior diálogo do Mestre com alguém foi com a mulher samaritana, esclarecendo suas dúvidas, anseios, consertando a sua vida de prostituição e ensinando a ela como beber de uma Água que saciaria toda a sua sede.
Foi um diálogo que transformou uma vida e arrebanhou uma cidade inteira aos pés de Jesus.
“Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito.
Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. […] E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.” (João 4:28-30,39-42)
ALÍVIO DA DOR E SOFRIMENTO CAUSADOS PELA MORTE
Quando alguém que amamos morre, experimentamos dor e um sofrimento terrível.
Somos obrigados a conviver com a saudade causada pela ausência daquele que não mais vamos poder ver, abraçar, sentir…
Jesus viu a dor e o sofrimento da viúva de Naim.
Ela, além de já ter perdido o marido, também perdera o filho.
O texto de Lucas 7:13 deixa claro que Jesus, movido de compaixão, tocou o caixão e restituiu a vida ao jovem, entregando-o à sua mãe.
“E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.” (Lucas 7:13)
ALÍVIO DA ENFERMIDADE E VERGONHA
Pela lei, uma pessoa acometida de lepra deveria viver isolada da comunidade.
Quando o leproso de Marcos 1:41 aproximou-se de Jesus, ele não queria apenas ser curado da lepra, do mal que tomava conta do seu corpo, mas desejava também ser devolvido ao convívio com a sociedade.
Diante do clamor da alma daquele homem, Jesus estendeu a Sua mão para socorrer a necessidade que tinha e restituir-lhe o que havia perdido: o direito de viver.
“E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.” (Marcos 1:41)
ALÍVIO DO CANSAÇO
A Bíblia deixa claro que Jesus não Se preocupava apenas em pregar o Evangelho do Reino e curar a enfermidade do povo ou alimentar os que estavam famintos.
Jesus também tinha compaixão ao ver o povo cansado e sobrecarregado.
Ele sabia que o cansaço poderia atrapalhar todo processo ensino/aprendizagem do povo.
Ao olhar para as multidões, a Bíblia registra mais um momento em que Jesus, movido de compaixão, viu a aflição na qual o povo se encontrava, cansado e sobrecarregado, como ovelhas que não tinham um Pastor que se importasse, de verdade, com suas necessidades.
“E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9:36)
No Seu ministério terrestre, repetidas vezes vemos a compaixão de Cristo.
Ao olharmos aquela verdade maravilhosa, lembremo-nos que Jesus disse: Quem me vê a mim, vê o Pai (Jo 14.9).
Se você quiser ver a Deus, olhe para Jesus.
Jesus é a vontade de Deus em ação.
E, no Seu ministério terrestre, Ele sentia compaixão pelas pessoas…
Mateus 9:36-38
36 – E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.
37 – Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
38 – Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.
Jesus tinha compaixão das pessoas, e nos pediu para que compartilhássemos daquela compaixão ao orarmos que o Senhor da Seara enviasse trabalhadores para o campo.
Jesus Se compadecia e curava os enfermos:
Mateus 14.14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou o seus enfermos.
A compaixão de Jesus levou-O a alimentar os quatro mil:
Mateus 15:32 E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.
Na Sua compaixão, Jesus curava os cegos:
Mt 20.34 Condoído Jesus, tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a vista, e o foram seguindo.
A compaixão levou à cura do leproso:
Marcos 1:40-41
40 – E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
41 – E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.
Na Sua compaixão, Jesus curava toda pessoa que Lhe pedia (Mc 6.56; Lc 6.19; Mt 4.23-24).
Jesus ensinava Seus discípulos a compartilharem da Sua compaixão, ao enviar os Doze (Lc 9.1-6) e os Setenta (Lc 10.1-19).
Sua compaixão tinha de ser continuada após a Sua ascensão, pois Ele fez da cura um dos sinais daquele que crê (Mc 16.16-18).
Sua compaixão era demonstrada após a Sua Ascensão (At 5.15-16; 19.11-12; 28.8-9)
Todas as vezes que Jesus ficou compadecido, houve libertação para as pessoas.
A simpatia humana diz: “Sei como você se sente; lastimo muito”.
A compaixão divina diz: “ Sei como você se sente”, e liberta a pessoa.
Jesus sentia a mesma coisa que Maria e Marta, quando Se agitou no espírito, comoveu-Se e também chorou.
João 11:33-35
33 – Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.
35 – Jesus chorou.
A compaixão de Jesus trazia a libertação. Se tivermos a divina compaixão de Jesus, haverá libertação.
Mas temos que avaliar as ocasiões em que temos tentado libertar as pessoas, mas sem a compaixão divina. É aí que entram a oração e a intercessão.
Chorar com aqueles que choram traz libertação (Rm 12.15).
Quando vemos uma pessoa sentenciada de morte, e ouvimos seus gemidos ou gritos de dor, parece-nos que de alguma maneira, passamos a sentir uma compaixão divina…
É assim que a gente faz na intercessão.
Passamos a sentir os sofrimentos de Jesus. Começamos a sentir aquilo que Jesus sente. Porque Jesus pode ser tocado com as sensações das nossas enfermidades
Hebreus 4:15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
De algum modo, a compaixão de Jesus, o amor de Deus, consegue penetrar no coração das pessoas enfermas, em seu espírito, e são curadas sobrenaturalmente.
Os cristãos dedicados poderão entrar naquela área da compaixão por um só caminho – e não se consegue chegar ali por nenhum outro caminho – é através da comunhão com Deus.
Não podemos ter comunhão com Deus… não podemos sentar-nos na Presença do Grande Deus deste universo… sem Seu amor permear o nosso ser… sem Sua compaixão fluir para dentro de nós.
E é quando conseguirmos chegar até essa condição que poderemos fazer conforme disse Jesus:
João 14:12 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
As obras que Ele fazia nasceram do amor e da compaixão.
As obras que são feitas por aqueles que crêem são produtos de compartilharem do seu ministério de amor e compaixão.
CONCLUSÃO
Então podemos concluir que se você não sentir de fato em seu coração uma forte dor pelo sofrimento alheio seja ele devido a uma enfermidade ou a um aprisionamento espiritual ou principalmente fato desta pessoa estar longe dos caminhos de Deus,
você simplesmente não tem o requisito básico para ser um instrumento nas mãos de Deus para operar os Seus milagres, e se você tem essa dor no coração pelo sofrimento alheio mas não tem vontade ou não faz absolutamente nada para ajudar,
você não tem compaixão, você tem apenas dó e isso não serve para nada não tem eficácia nenhuma não é um sentimento válido e genuinamente cristão.
Ou seja se o milagre a cura a salvação está em falta em nossas vidas, em nossas igrejas, em nossos ministérios, é apenas a profecia de Jesus em Mt 24 se cumprindo
é o amor se esfriando em nossos corações pelos perdidos aflitos e necessitados,
muito diferente do que nós víamos em Jesus,
então se desejamos de fato pelas, motivações corretas, sermos luz em meio as trevas e manifestar a glória do Senhor com curas, sinais, maravilhas
e principalmente a salvação de nossa família, comunidade, país e até mesmo as nações como era na igreja primitiva,
devemos clamar pelo sentimento mais primitivo de todos quando o assunto é a fé cristã a COMPAIXÃO.
Hoje, como Igreja apostólica, como tem sido o nosso comportamento?
Será que temos nos movido com compaixão ou temos trilhado o caminho oposto ao ensinado pelo Mestre, o da indiferença?
Faça uma reflexão sobre a sua vida, mas não pense apenas em como as pessoas têm deixado de socorrer as suas necessidades, em como elas não têm agido com compaixão na sua direção.
Pense em como você tem agido com aqueles que têm ido em sua direção, clamando por ajuda e você não tem escutado…
É tempo de arrependimento e de salvação!
Se fomos alcançados, é porque Jesus Se moveu em compaixão por nós, de forma que não poupou Sua própria vida para nos salvar.
E o que temos feito?
Essa é uma pergunta que não pode ser respondida na coletividade, mas no seu interior. É você com o Espírito Santo…
Ore e peça: Derrama sobre nós Senhor o mesmo sentimento que havia em Cristo Jesus, derrama sobre nós o maior dom de todos, derrama sobre nós Senhor a Tua essência, Derrama sobre nós Senhor o Teu AMOR!
Portanto, se mova por esse amor que Deus introjeta em nosso coração e, por compaixão, cuide, proteja, defenda, evangelise, leve as vidas para Jesus, expulse os demônios, cure as pessoas, se preocupe com o seu próximo.. por amor… pela compaixão, em Nome de Jesus, Amém!