1 Coríntios 12.1 E a outro a operação de maravilhas: e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.
Continuando com a revelação das habilitações espirituais que recebemos de Deus durante a nossa Relação com Ele, para que sejamos capacitados espiritualmente para interagir corretamente no mundo espiritual, vamos falar hoje sobre o dom de Discernimento de espíritos.
Discernimento de espíritos é um dom importante porque os inimigos contra quem nós lutamos não são visíveis ao olho humano.
Eles apenas são reconhecidos através do discernimento espiritual:
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12).
Definindo o que é discernimento de espíritos:
Discernimento de espíritos é a capacidade de avaliar as pessoas, doutrinas e situações para ver se eles são de Deus, da própria pessoa ou de Satanás.
De modo algum deve ser confundido com um espírito crítico.
O dom é um dom espiritual. Não se discernem as coisas espirituais com a mente natural.
“Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém” (1 Coríntios 2.15).
Este dom se limita ao discernimento de espíritos.
Este dom serve à igreja identificando as pessoas que dividiriam a comunhão por motivos, doutrinas e atitudes erradas.
Esse dom é estritamente limitado ao mundo dos espíritos, através dele podemos descobrir se uma manifestação é verdadeira ou fingida.
Podemos saber se um milagre ou mesmo uma profecia é procedente do Espírito Santo, do nosso espírito humano ou de espíritos demoníacos.
Muito útil no ministério de expulsão de demônios (Mc.1617).
A pessoa que tem esse dom é capacitada pelo Espírito Santo a saber o nome, a natureza e a força do demônio, e pelo dom recebe o poder de expulsá-lo em nome de Jesus.
Uma das estratégias usadas por Satanás é o engano. É por isso que o discernimento é tão importante:
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Timóteo 4.1).
Hebreus 5:13-14
13 – Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino.
14 – Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
Nesta palavra vemos que um servo de Deus que tem amadurecido além de usar o leite da Palavra como um bebê em Cristo é capaz de discernir tanto o bem quanto o mal.
E quando este está amadurecendo, é capacitado pelo Espírito de Deus, através das Escrituras, para distinguir a diferença entre o bem e o mal e, além disso, também entre o que é bom e o que é melhor.
Trata-se do dom espiritual de discernir espíritos – ou seja, a capacidade dada por Deus para distinguir entre a verdade da Palavra e as doutrinas enganosas veiculadas por demônios.
ALERTA CONTRA PERIGOS IMINENTES
A simples menção do discernimento de “espírito” nos adverte acerca de um perigo que ronda os arraiais do povo de Deus.
Também nos adverte sobre a audácia do nosso inimigo.
Imaginemos que o Senhor concedesse tantos dons, principalmente os dons de falar sobrenaturalmente (profecia, línguas e interpretação de línguas), e não nos capacitasse a julgá-los, deixando-nos à mercê dos ardis do maligno, como acontece no espiritismo.
Há muito que a obra do Senhor teria falido.
Na maioria das vezes, um médium não dispõem de elementos para dizer com exatidão se um espírito incorporado ou manifestado nele, é realmente o espírito que está dizendo ser ou se está mistificando.
Isto não deve ocorrer com o povo de Deus, porque temos elementos para discernir os espíritos.
Este dom maravilhoso que Deus colocou à nossa disposição prova que Deus é amor e tem zelo por seu povo.
1 – NÃO ESTAMOS LIVRES DOS ARDIS DE SATANÁS
Todo ser humano que passa nesta vida está sujeito às investidas de satanás.
Desde que ele conseguiu uma vitória sobre Adão que a porta se abriu e o homem tornou-se vulnerável.
Não há mente humana que não esteja sujeita a insinuações malignas, por mais bem intencionada que seja.
Também não há lugar, por consagrado que seja, que esteja livre da presença do maligno.
Exemplo: Jesus no seu retiro espiritual no deserto.
Por isso Jesus nos advertiu da necessidade de vigiarmos, além de orarmos.
1.1 – Mesmo o cristão, como um ser espiritual, está sujeito a sua influência
Exemplo típico é o de Pedro, que, no instante que havia sido usado pelo Espírito Santo, foi logo após insinuado pelo próprio diabo (Mt.16:17, 22 e 23).
Por isso…
1.2 – Toda profecia deve ser julgada – por mais espiritual que seja o profeta.
Um verdadeiro servo de Deus, zeloso da obra do Senhor, não deve se sentir melindrado por ter sido julgada sua mensagem.
Um exemplo desse tipo de discernimento encontramos em Micaías (I Reis 22:13-28), que logo discerniu a mensagem falsa e entregou a verdadeira.
É certo que ele fizera coro com os demais profetas, de início, porque Acabe estava inclinado ao erro, mas depois demonstrou claramente que sabia que aquela não era a certa e entregou a profecia verdadeira .
2 – PRECISAMOS CUIDADO AO TOMARMOS DECISÕES
Principalmente no que se refere às coisas espirituais.
É indispensável muita dependência de Deus, mas necessitamos precaver-nos também nas decisões de caráter meramente material.
Veja o exemplo de Josué com os gibeonitas: Faltou discernimento (Js. 9:14-16).
2.1 – Ao sermos assediados por doutrinas estranhas
principalmente para quem não tem muito conhecimento e base nas Escrituras, pois a Escritura é a espada do Espírito e é a pedra de esquina.
“Ela é apta para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (II Tm.3:16).
2.2 – Na escolha de líderes
dependemos quase que exclusivamente de Deus.
Pois o homem vê o que está diante dos olhos, mas o Senhor olha para o coração. Portanto, muita oração e até jejum (At.13:1-2).
Os maiores desastres e angústias e confusões que hoje existem nas igrejas decorrem da escolha precipitada e leviana de líderes.
Às vezes é um homem de Deus, mas não é o homem para aquele posto ou para aquela ocasião.
Precisamos discernir a vontade de Deus.
2.3 – Na escolha de profissão, casamento, realização de negócios
O inimigo arma ciladas de toda espécie e a todo momento que só o Espírito Santo é capaz de discernir (Gn 24:12-14).
Por isso Paulo recomenda: “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18).
O dom de discernimento de espíritos nos capacita duplamente:
a) a conhecer o Espírito de Deus;
b) a conhecer o espírito maligno e a discernir entre o que é da carne do homem e o que é de Deus.
Enfim, capacita-nos a conhecer a fonte a procedência da obra.
Paulo soube discernir entre um impedimento de satanás e um impedimento do Espírito de Deus (I Ts.2:18; At.16:7).
3 – CONHEÇAMOS NOSSO INIMIGO
Ele pode se insinuar em nosso meio de várias maneiras.
É sempre com muita sutileza. Sempre atrás de maledicências, das divisões, das heresias, das dissensões, pode-se ver a figura do espírito das trevas.
3.1 – Como anjo de luz
através de uma idéia brilhante, de uma palavra mansa, de um discurso bonito, de um sonho, de uma visão, de uma profecia, ou então através da operação de maravilhas e grandes sinais.
Exemplos: As pitonisa de Saul (I Cr 10.13), a adivinha de Filipos (At. 16:16-17), etc.
3.2 – Através de um agente seu
Satanás envia certas pessoas para o nosso meio, pessoas que não passaram por regeneração, para influenciar negativamente e levar o povo à rebelião e ao pecado.
Exemplo: O caso de Jezabel (I Reis), Balaão (Ap.2:14), Tobias (Ed.4:1-3), Elimas, o Mago (At 13.8), etc.
3.3 – Usando servos de Deus desprecavidos ou neófitos – ou orgulhosos, que caem na condenação do diabo (I Tm 3.6).
Uns são apenas inspirados pelo maligno numa ocasião de descuido, como seja o caso de Pedro (Mt 16:22).
Há também o desvio total de indivíduos que começaram bem e se foram, levando após si muita gente.
Quase todas as grandes heresias hoje nasceram de homens e doutrinas que outrora foram evangélicos.
Exemplo: A Igreja de Roma, o espiritismo, que teve suas primeiras manifestações em casas de pessoas evangélicas, etc.
Ainda soa em nossos ouvidos e constrange nossos corações o desastre ocorrido com um certo grupo avivado (Jim Jones) , que parecia ir muito bem, mas enveredou-se pelo caminho da auto-suficiência , deu ouvidos a espíritos enganadores e, por falta exatamente do dom de discernimento, teve um fim trágico. Seus líderes terminaram no suicídio coletivo (900 pessoas aproximadamente).
Isto falamos com muito temor e tremor diante de Deus, mas é necessário para a nossa advertência.
4 – DEUS É AMOR E TEM ZELO POR SEU POVO
Deus nos ama como um pai que se compadece de seus filhos.
É Ele que nos guarda. Não cochilará o Espírito de Deus que está entre nós.
É qual atalaia pronto para nos avisar ao menor sinal de ataque do inimigo.
Ele vela por nós e por sua causa em geral, por todo o mundo, defendendo-nos de satanás.
Jesus preveniu a Pedro que ele seria tentado (Lc 22.31-32) .
O Espírito através de profetas e profetisas avisou a Paulo a respeito de sua prisão em Roma (At.21:7-11). “Ele tem cuidado de vós (1 Pe 5:7).
Jesus disse que enquanto esteve no mundo, guardou os discípulos, agora, indo para o Pai, pediu-o que os livrasse do mal (Jo 17:12-15).
AMPLIAR A VISÃO – DISCERNIR
2 REIS 6:8-17
8 O rei da Síria fez guerra a Israel e, em conselho com os seus oficiais, disse: Em tal e tal lugar, estará o meu acampamento.
9 Mas o homem de Deus mandou dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passares por tal lugar, porque os siros estão descendo para ali.
10 O rei de Israel enviou tropas ao lugar de que o homem de Deus lhe falara e de que o tinha avisado, e, assim, se salvou, não uma nem duas vezes.
11 Então, tendo-se turbado com este incidente o coração do rei da Síria, chamou ele os seus servos e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel?
12 Respondeu um dos seus servos: Ninguém, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que falas na tua câmara de dormir.
13 Ele disse: Ide e vede onde ele está, para que eu mande prendê-lo. Foi-lhe dito: Eis que está em Dotã.
14 Então, enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade.
15 Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos?
16 Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.
17 Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.
EM MEIO A GUERRA TEMOS QUE APRENDER A DISCERNIR OS MOVIMENTOS DO INIMIGO.
ELISEU TINHA ESSE DISCERNIMENTO E O PODER DA VISÃO ESPIRITUAL, QUE GEAZI NÃO TINHA, E CLARO, NÃO ENXERGAVA.
ESSA É A DIFERENÇA ENTRE UMA PESSOA DE SUCESSO E OUTRA QUE SEMPRE É DERROTADA.
O dom, do qual fala Paulo em 1 Co 12.10, parece ser mesmo algo especial.
Não apenas representa discernimento, no sentido de se aferir se um espírito é bom ou mal, mas a autoridade e capacidade de pronunciar um julgamento de condenação sobre o mesmo.
Pedro aparenta exercitar este dom e prerrogativa em duas situações, no caso de Ananias e Safira (At 5) e no caso de Simão, o mago (At 8).
Neste último caso, além de aferir a oferta de dinheiro e as palavras de Simão (“…dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito Santo”),
Pedro discerne as intenções e o que está no coração (“…o teu coração não é reto diante de Deus… vejo que estás em fel de amargura, e em laços de iniquidade.”).
Ele vai, portanto, além e pronuncia uma maldição, como julgamento (“…Vá tua prata contigo à perdição, pois cuidaste adquirir com dinheiro o dom de Deus.”).
Numa situação histórica de extrema atividade dos espíritos e das hostes das trevas, era de se esperar que o Espírito assim capacitasse seus servos com este dom.
Assim, o discernimento de espíritos, no sentido de pronunciar julgamento de condenação, sendo um dom específico não parece ser uma habilidade uniformemente distribuída a todos os cristãos.
Mas a questão do discernimento dos espíritos dentro da Igreja e, especialmente, a necessidade deste discernimento em função das ações dos espíritos malignos ocorre em várias outras passagens.
Isso mostra que, no sentido de prontidão e alerta, o crente é comissionado a examinar todas as coisas e reter o bem (1 Ts 5.21).
CONCLUSÃO
As considerações que acabamos de fazer não devem servir de desestímulo para a prática dos dons espirituais.
Pelo contrário, sentimos ainda mais necessidade deles, para enfrentarmos com destemor a obra do diabo.
Nossa missão é a mesma de Jesus: “O Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo” (I Jo 3.8).
Jesus nos tranquilizou quanto à interferência do inimigo nas relações do homem com Deus, quando afirmou: “Qual o pai que se o filho lhe pedir pão lhe dará uma serpente, ou se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião?
Ora, se vós sendo maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, muito mais vosso Pai dará o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem” (Lc. 11:11-13).
Não temamos, pois, em buscar e exercer o dom de discernimento de espíritos, porque o Senhor vela por nós, em Nome de Jesus, Amém!
“Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade.” (At 18:16)
Embora os atenienses fossem religiosos e ansiosos para discutir questões religiosas, seu nível espiritual não era nada desejável, visto que viviam mergulhados em ideias meramente humanas e incapazes de salvá-los.
“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2:8)
Outro lugar interessante para se visitar em Atenas é o Areópago, bem ao lado da Acrópoles. O Areópago de Atenas era um lugar a céu aberto num cimo rochoso onde o senado se reunia. Os frequentadores do Areópago eram nobres intelectuais chamados areopagitas.
É surpreendente imaginar como o Espírito Santo capacitou Paulo a discursar no Areópago diante de um povo tão arraigado à idolatria. Havia também na cidade, supersticiosos, intelectuais, poetas, e seguidores de várias correntes filosóficas e éticas dos quais se destacavam os epicureus e estoicos com quem Paulo teve que se confrontar. Não é exagero dizer que Atenas, naquela época, era como a Índia de hoje, onde o número de deuses per capta e suas estátuas é bastante alta, a ponto de se criar adágios como: ‘É mais fácil encontrar um deus do que um homem em Atenas’.
Enquanto aguardava a chegada de Silas e Timóteo, seus companheiros de evangelização, Paulo passou a reparar os inúmeros templos, estátuas e altares que o rodeavam, e não pôde se conter: tratou de ir à sinagoga local, e à praças, onde procurava oportunidade para pregar, quando foi levado ao Areópago por epicureus e estoicos.
O famoso discurso de Paulo em Atenas deu-se por volta do ano 50-52 d.C. Paulo encontrou na cidade imagens de todas divindades gregas, inclusive, um curioso nicho reservado ao ‘Deus desconhecido’ (agnôstô Theô), o qual ele utilizou como argumento para seu discurso.
O DISCURSO DE PAULO EM ATENAS
Paulo fez no Areópago de Atenas, um hábil e perfeito discurso que todos os pregadores deveriam ter como exemplo. Embora estivesse em um ambiente totalmente pagão, ele não começou atacando ou desaprovando as crenças atenienses; pelo contrário, com prudência e muita sabedoria e conduzido pelo Espírito Santo, fez de todo o ocorrido, oportunidade para anunciar o Salvador: JESUS Cristo. Paulo tinha pleno entendimento de que o evangelho não deveria ser pregado à toa, mas a todos. Mais tarde, Paulo mesmo escreveu aos colossenses:
“Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” (Cl 4:5-6)
Analisemos o discurso de Paulo:
1. Antes de tudo, devemos enxergar que, ao contrário de o que muitos homens despreparados buscam hoje nas praças e nas igrejas, a pregação de Paulo não visou a sua autopromoção ou satisfação ao ter oportunidade de falar num lugar tão prestigiado, diante de magistrados. Podemos confirmar este pensamento do apóstolo ao lermos 1Co 15:9 que diz: “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo […]”. Já um pregador ignorante pode ser tão desastroso quanto aos ouvintes ignorantes;
2. Paulo começa elogiando a espiritualidade dos atenienses, porém, nota-se uma certa ironia: “Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos” (At 17:22);
3. Em seguida, o apóstolo procura dar recado de que mesmo sendo acentuadamente religiosos, infelizmente, os atenienses estavam na direção errada;
4. Paulo se oferece para apresentar o Deus Desconhecido que os seus ouvintes adoravam sem conhecer (At 17:23). Veja que, desta maneira, Paulo incentiva o raciocínio daqueles que se consideravam nobres mestres e filósofos;
5. Paulo dá um breve e leve toque contra a idolatria e procede anunciando o evangelho;
6. Paulo prossegue seguindo o raciocínio cativando os gentios, mas ainda com cautela e paciência, chega ao ponto culminante da sua pregação. Ao lermos as epístolas paulinas, podemos notar o amor e cuidado que Paulo tinha pelo evangelho: Para ele, pregar o evangelho não era passatempo, nem aventura, ou questão de status. Quando escreveu ao rebanho em Corinto, confessou: “[…] Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.” (1Co 9:22-23)
7. Repare que o apóstolo toma cuidado de não pronunciar o nome de JESUS, por enquanto, para evitar qualquer blasfêmia ao santo nome por parte dos seus ouvintes; afinal, Paulo estava no berço da filosofia grega, falando diante de intelectuais seculares – seguidores de filósofos como Sócrates, Aristóteles, Platão, Epicuro, Zenon, Tales e muitos outros. Ao introduzir precipitadamente o Nome do Senhor, poderia haver risco de seus ouvintes comparar o Supremo Senhor com aqueles simples mortais. Este cuidado é fundamental para qualquer pregador fiel ao Senhor;
8. Ele bem sabia que o nome de Cristo, o nosso Senhor era loucura para os gregos (1Co 1:23), no entanto, é fácil observar que, próximo ao fim de seu discurso, a atenção de toda a audiência está concentrada em JESUS Cristo, embora Seu nome não seja mencionado em todo o discurso;
9. Prosseguindo com o seu discurso, Paulo chega ao ponto onde todo evangelista deve chegar: o arrependimento e a salvação por JESUS Cristo. (At 17:30-31);
10. A decisão final fica a critério de cada um. O Senhor JESUS havia ensinado: “[…] Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.” (Mc 16:15-16). O resultado desta cuidadosa pregação começou a aparecer mesmo antes do seu término;
11. Uns impacientes, viraram-se indo embora e outros escarneceram da palavra. Mesmo com todo o cuidado em anunciar a verdade de Deus, não podemos conquistar todos, mas felizmente, alguns pecadores que ouviram atentamente ficaram com remorso e se arrependeram, dentre os quais, a Bíblia cita o areopagita Dionísio, uma mulher chamada Dâmaris e outros (At 17:34).
Parece que o número de convertidos foi muito maior nas cidades interioranas de Filipos, Tessalônica e Corinto comparado com o de Atenas – centro cultural e reduto de intelectuais da época. Mais tarde, Paulo escreveu uma epístola aos filipenses, duas aos tessalonicenses, e duas aos coríntios; mas nenhuma aos atenienses. Veja quão isto é humilhante aos orgulhosos e poderosos deste século:
“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (1Co 1:18-24)