Encorajamento no sofrimento
2 Co 1.3-7 Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das Misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiveram em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolado de Deus .
Paulo dirige-se primeiro a Deus, louvando-O enquanto reconhece que Jesus humilhou-se em sua encarnação, e o chamou de Deus, como também de Pai.
Visto que Paulo estava muito transtornado por não encontrar Tito em Trôade (2 Co 2.13), ele precisava de consolação, ou seja, encorajamento, incentivo, ânimo.
A palavra “consolação” e seus derivados aparecem dez vezes nos versículos 3 a 7 (num total de vinte e nove vezes em 2 Coríntios).
Todas derivam da raiz grega parakaleo, que tem a ideia de ajuda e encorajamento. Deus é a fonte, e o doador de todo tipo de encorajamento e ajuda (Sl 103.2-5,13).
O encorajamento de Deus vem primeiro à medida que reconhecemos que Deus é o Pai de Jesus, que é o Cristo (O Messias, “ungido”) nosso Senhor e Mestre.
Este reconhecimento dever lembrar-nos que o amor de Deus enviou Jesus a morrer por nós, enquanto ainda éramos pecadores (Rm 5.8,10), mostra também que Deus é o Pai que está cheio de compaixão, como também o Pai ( e a fonte constante) de todos os tipos de ajuda e encorajamento.
Podemos depender dEle em todos os nossos problemas, inclusive nas aflições, sofrimentos, angústias mentais, dificuldades, até as perseguições que surgem em nosso caminho.
Mas Deus não nos consola para deixar-nos à vontade, nem nos encoraja para fazer com que nos sintamos bem.
Paulo sofreu muitíssimo (2 Co 11.16-29;12.10), mas sempre estava pronto a encorajar os outros. Todos que nos cercam hoje têm problemas, aflições e dificuldades.
Os cristãos em muitas partes do mundo sofrem tremenda perseguição.
Deus nos ajuda e nos encoraja para que ajudemos e encorajemos os outros.
Ele quer que nos tornemos canais do que recebemos dEle para outros crentes que tão desesperadamente precisam de ajuda.
Fazemos isto por meio da oração, e dos dons do Espírito, prestando ajuda prática onde quer que seja possível. Deus não quer que guardemos para nós o que temos recebido dEle.
Da mesma forma que Deus está ao nosso lado para nos animar até mesmo nas provas mais difíceis, assim devemos estar ao lado dos que estão sendo provados.
Os sofrimentos de Cristo terminaram quando Ele disse: “Está consumado” (Jo 19.30).
Mas as mesmas atitudes que mandaram Jesus para cruz levaram os incrédulos e os falos crentes causarem uma série de sofrimentos a Paulo e seus companheiros, não só em Corinto, mas também na província romana da Ásia (2 Co 1.8-9).
Assim, ele podia falar da “comunicação de suas aflições [dos sofrimento de Cristo]” Fp 3.10; Jo 15.20,21; At 14.22; Rm 8.17,18,36; Cl 1.24).
Os sofrimentos eram equilibrados pela transbordante consolação e encorajamento que vêm por meio de Cristo.
Paulo e sua equipe suportaram todo esse sofrimento e aflição para ganhar as pessoas para Cristo e fundar a igreja em Corinto.
O que Paulo queria que os coríntios soubessem era que Deus permite que coisas aconteçam para levar-nos ao nosso extremo, até onde podemos suportá-las, a fim de nos ensinar a confiar nEle.
O Deus que ressuscita os mortos não nos abandonará. Ele nos ama e quer que confiemos nEle, (2 Co 1.9).
Esta oração de consolo é um forte apoio para ele em todas as suas provações,
Muitas são as dificuldades da guerra do cristão, mas a sua persuasão da capacidade de Deus para guardá-lo,
Salmos 34:19 Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas.
1 . O encoraja ao dever.
O caminho do dever é, por vezes, muito difícil e muitos já desmaiaram no mesmo, ou foram desviados dele; mas nós podemos ver nos jovens hebreus que a persuasão do poder de Deus terá efeito.
Eles enfrentaram a fornalha acesa, a partir da consideração que Deus poderia livrá-los, ou de lhes apoiar no meio dela,
Daniel 3:17-18 Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. 18 E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.
E, assim, todo cristão se encoraja em Deus, e se fortalece no Senhor e na força do seu poder.
2. O fortalece para a batalha.
Sob tentações de Satanás, ou da ocultação da face de Deus, o cristão mais experiente iria afundar, se ele não fosse amparado por esta esperança: “Eu teria desmaiado”, diz Davi, “a menos que eu tivesse crido verdadeiramente em ver a bondade do Senhor na terra dos viventes.”
Mas o pensamento de que a graça de Cristo era suficiente para ele, transformaria todas as suas tristezas em alegria; ele iria repreender o espírito abatido, Sl 42.11, e voltar novamente para a batalha, sabendo que afinal, ele seria mais que vencedor por meio daquele que o amava.
3. Lhe capacita a suportar sofrimentos.
Muitos e grandes eram os sofrimentos de Paulo, no entanto, ele diz:
“Porém em nada considero a minha vida preciosa para mim mesmo.”
Assim, cada cristão deve “passar por muitas tribulações no caminho para o reino,” mas ele aprende, não somente a suportar, mas a se “gloriar na tribulação”, porque lhe dá uma experiência mais ampla do poder e da graça de Deus, e, assim, confirma a sua esperança, que nunca deve envergonhá-lo.
II Corintios 12:9-10 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 10 Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
4. Lhe assegura a vitória final.
Aqueles que não têm visões de Deus são deixados em doloroso suspense, mas aqueles que sabem em quem eles têm crido, são tão certos da vitória, como se todos os seus inimigos estivessem mortos a seus pés.
Romanos 16:20 E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés…
Vamos melhorar ainda mais o assunto,
1. É preciso ter convicção,
Todas as pessoas estão prontas a pensar que elas são dotadas da fé verdadeira e salvadora.
Mas a fé não é um mero parecer favorável às verdades do Evangelho, ou até mesmo uma aprovação delas.
Ela inclui três coisas: o confiar a alma a Cristo; uma persuasão de sua capacidade para nos salvar; e uma determinação para avançar na dependência dele, fazendo e sofrendo o que for a que sejamos chamados no caminho do dever.
Temos essa fé?
2. ORAÇÃO pedindo consolo.
Se houver alguém entre nós fraco e abatido, deixem-no voltar seus olhos para Deus como seu amigo Todo-Poderoso.
Salmos 121:1-8
1 – LEVANTAREI os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro.
2 – O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra.
3 – Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.
4 – Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.
5 – O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita.
6 – O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.
7 – O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.
8 – O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.
Deixem-no saber que “Ele é capaz para mantê-lo de pé”; “ele é capaz de fazer toda a graça abundar em direção a ele, para que, tendo sempre toda a suficiência em todas as coisas, abunde em toda boa obra.”, 2 Cor 9.8.
É o próprio Deus que sugere à alma desmaiada estas mesmas considerações, e ele não exige nada, mas que esperemos nele, a fim de que possamos experimentar a sua verdade e eficácia.
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.
Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.
Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos.
A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.” II Coríntios. 1: 3-7
A imagem que nos é passada de Deus pelos nossos pais, por parentes e conhecidos, é de um juiz cruel, um carrasco, um justiceiro que está pronto para nos punir quando pecamos.
Mesmo os cristãos têm imagens e concepções distorcidas a respeito de Deus.
Muitos sofrem há anos por não por não conhecer os atributos de Deus que lhes daria libertação para os seus sofrimentos e vitória diante de seus inimigos.
Esta mensagem tem o caráter de mostrar os atributos de Deus que dar força a alma, que levanta o abatido, atribulado, e dar consolo ao desesperançado e ao cansado.
*DOIS ATRIBUTOS DE DEUS PARA SEREM REIVINDICADOS*
1. Pai de misericórdia:
para os pecadores, debilitados de vigor, fracos, que não são suficientes fortes diante do mal, da tentação, marginalizados. (da sociedade, família), lixos da humanidade (escória), os de consciência pesada.
“O Senhor é misericordioso e compassivo: não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira, não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades”. Salmo 103: 9-10.
Sua misericórdia é grande. (Salmo 103:11)
Ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó. (Salmo 103:14)
Sua misericórdia é de eternidade e eternidade. (Salmo 103:17)
Sua misericórdia dura para sempre. (Salmo 136)
Suas ternas misericórdias permeiam toda a terra. (Salmo 143:9 )
Ele tem prazer na misericórdia. (Miquéias 7:18)
Suas misericórdias são as causas de não sermos consumidos. (Lamentações 3:22)
Suas misericórdias não têm fim. Lamentações 3:22
Deus é rico em misericórdia. (Efésios 2:4)
O Senhor é cheio de terna misericórdia. (Tiago 5:11)
2. O Deus de toda a consolação:
para os atribulados, para os feridos, para os cansados, para os desesperados. “ Quem nos separará do amor de Deus… ” Romanos 8: 35-39
HÁ PROPÓSITO NAS TRIBULAÇÕES
Tudo que nos acontece sempre tem um por quê.
No momento da aflição não compreendemos, só mais tarde.
O Salmista diz: “ Foi me bom ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus mandamentos” Salmo 119: 71.
A perseguição, as perdas, as traições, os fracassos, os muitos sofrimentos que nos acontecem, tem seus propósitos definidos para a nossa vida.
No momento pode está nebuloso, tudo trevas, os muitos porquês, as interrogações que invadem a nossa alma, ao ponto de nos entristecermos. “Porque estás abatida oh! Minha alma? Porque te perturbas dentre em Mim?” Salmo 42:5
Às vezes o único jeito que Deus tem de efetuar verdadeiro quebrantamento em nós é mediante o fracasso e as perdas
O ouro só se purifica através do fogo.
“Homens são, não sofridos, não quebrantados , são de pouco uso para Deus.”
José no Egito, odiado pelos irmãos, assediado e caluniado pela mulher de Potifar, preso por dois anos, vendido como escravo, escravizado por Potifar, esquecido pelo copeiro na prisão, treze anos de sofrimento. Foi consolado por Deus e sendo ensinado por Ele, que deu-lhe a honra depois da prova.
Deus nos consola em nossas, tribulações para consolarmos a outros.
Deus é misericordioso, e quer que firmemos nossos corações Nele.
Para que nunca percamos a esperança da vida eterna, e a de que está conosco todos os dias de nossa vida.
“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”
“Ora, àquele que é poderoso para nos impedir de cair, e nos apresentar irrepreensíveis diante da presença de sua glória com júbilo, a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Em Nome de Jesus, Amém.