Romanos 8:32-36
32 – Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
36 – Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.
Quando nos relacionamos com Deus, precisamos em primeiro lugar ter a compreensão de que não estamos tratando de um relacionamento com qualquer pessoa.
Estamos lidando com Deus, o Criador, o Todo-Poderoso, O Deus-Santo.
Ele é completamente Santo, perfeito, imutável.
Não existe um erro em sua essência, não exista nada que o contamine, que fira seu Ser.
Ele É, nunca foi criado e nunca deixou de existir.
Diante de Deus nós precisamos perceber que é pela sua graça que nos aproximamos Dele.
Não existe ninguém que chega diante de Deus, sem ser consumido, senão pela graça e misericórdia. Este fato precisa estar claro em nossas mentes.
Outra verdade que precisa fazer parte desta relação é que mesmo este Deus sendo tão grandioso, Ele tem interesse em se relacionar conosco.
Diante de quem estamos falando – Deus –, e tendo em vista que Ele deseja ter um relacionamento profundo conosco, se torna necessário uma entrega total, uma total submissão.
Afinal, como responder a esta graça? A única resposta a darmos para ela, para este Deus que entrega tudo por nós, é que: “nada temos a oferecer, porém tudo o que temos é Seu!”.
É um processo de humilhação.
E, como exigência do Senhor, para que essa relação seja mantida, é que não podemos nos apresentarmos diante de Deus com as mãos vazias.
Êxodo 23:15b …. e ninguém apareça com as mãos vazias perante mim;
Porque a nossa entrega é tão importante para Deus?
Porque a nossa entrega, como oferta agradável ao Senhor, ela é uma oração de Entrega, pois ela fala diante de Deus
Hebreus 11:4 Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.
A entrega de Abel, não somente agradou a Deus, como fala diante do Senhor até hoje.
Um outro exemplo desse nível de relacionamento da nossa oferta diretamente com o Senhor, é o caso da viúva pobre… preste atenção como a oferta dessa viúva falou com Jesus, sem aquela mulher ter falado nada audivelmente….
Lucas 21:1-4
1 – E, OLHANDO ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro;
2 – E viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas;
3 – E disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva;
4 – Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha.
por isso, temos que tomar muito cuidado, pois, nem tudo o que entregamos para o Senhor Ele aceita
Gênesis 4:4-5
4 – E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.
5 – Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.
Pois, o dar, entregar, é uma lei espiritual, que, não somente precede, mas estabelece o que vamos receber:
Lucas 6:38 Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.
A dimensão da nossa entrega produz retribuição na mesma medida
II Coríntios 9:6 E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
Jeremias 17:10 Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração e provo os seus pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, e segundo o fruto das suas ações.
Deus revela seu desejo de ter um povo completamente rendido a Ele, entregue a Ele, como a oração de entrega do apóstolo Paulo:
Gálatas 2:20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.
Por isso, nosso relacionamento com Ele deve ser pautado em uma entrega total, sem que nada nos prenda, senão Ele!
Mas o que implica esta entrega total? Temos um exemplo quando o jovem rico diz que deseja seguir ao Senhor.
A sua riqueza o prendia a este mundo a tal ponto dele se entristecer no momento em que Jesus o pede para vender tudo e dividir com os pobres.
O coração daquele menino estava preso as riquezas, porém, viver com Cristo implica em abandonar TUDO por Ele.
Jesus afirma que Ele veio ser motivo de “espada” (Mateus 10:34-39), pois o simples fato de segui-lo, implica em nadarmos contra a correnteza de TUDO o que é contrário a Cristo.
A cada dia com o Senhor, quanto mais próximo de Deus, mais seremos transformados por Ele.
Alguns cristãos de hoje em dia dão o limite de até onde Deus pode ir.
“Entra na minha família, mas não no meu trabalho”, “Entra no meu trabalho, mas não no meu computador”, “Entra na minha igreja, mas não em todos os meus pensamentos”, “Entra no meu carro, mas não no meu rádio”…
A entrega deve ser total. Não há negociação!
Quando os ataques do mundo coincidem com os da carne, resultando angústia, frustração e desânimo, gerando um conflito entre o homem interior e o homem exterior, e a preocupação parece não ter fim, é a hora de entregar tudo ao Senhor, tomar os fardos e colocá-los ao pé da cruz e descansar n’Ele – (Sl. 37.5; Lc. 23.46; Fp. 4.6,7; I Pe. 5.6,7).
Foi assim com Abraão.
Deus lhe dera o filho da promessa, Isaque, que trouxe riso e alegria para a família. Isaque era o milagre de Deus inquestionável: o filho da velhice, da impossibilidade, da cura da esterilidade, o filho prometido (Gn 20.5-7).
Quando tudo ia tão bem na casa de Abraão, o Senhor resolve colocá-lo à prova, e lhe pede que sacrifique em holocausto o seu filho Isaque.
Era algo impensável para Abraão. Era algo sem lógica para a mente humana: gerar o milagre do filho da promessa para vê-lo morrer sobre um altar, como um sacrifício ao Deus que o amava e tinha Se revelado a ele de forma tão maravilhosa e tão cheia de bondade, justiça e amor.
Mas Abraão conhecia o Senhor. Ele sabia que Deus poderia ressuscitar Isaque das cinzas (Hb 11.19), pois para Ele não haveria impossíveis, conforme suas próprias palavras diante da esterilidade de Sarah e sua avançada idade (Gn 18.14).
Em algumas circunstâncias, e, por que não dizer, em todas as circunstâncias adversas em nossas vidas, as quais devemos ver como provas de nossa fé, devemos fazer esta silenciosa oração de entrega,
Entregando ao Senhor, o nosso coração, as nossas expectativas humanas e o direito sobre as nossas decisões, e as nossas atitudes,
E o descanso virá. A provisão virá. A resposta clara do Senhor virá. Basta entregarmos tudo ao Senhor.
Colocarmos sobre o seu altar tudo o que somos e temos, pois, na verdade, tudo já pertence a Ele.
O Senhor deseja apenas que vivamos descansados Nele e prontos a confiar em todo o tempo. Experimente orar entregando tudo ao Senhor.
mas lembre-se que fé sem obras é morta, portanto, não adianta apenas declarar em oração a sua entrega…
É preciso entregar de fato, para não fazer oferta de todos..
Experimente colocar não somente os seus problemas, mas também suas impossibilidades, suas carências, suas necessidades, suas angústias e medos, suas decisões e a própria vida, e se dará conta de que o nosso Deus é suficiente para fazer infinitamente mais além de tudo o que pedimos ou pensamos, segundo o Seu poder que opera em nós (Ef 3.20).
Experimente a oração de entrega agora mesmo. Deus nunca falha!.
.Descanse e veja os resultados de Sua promessa.
“E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus” (2 Coríntios 8:5).
Se detivermos partes dos nossos corações ou das nossas vidas da sua benevolência, perderemos as bênçãos únicas que são resultados do compromisso. Se semearmos esparsamente, não ceifaremos plenamente (2 Coríntios 9:6).
Um sacrifício vivo é a expressão que Paulo usou para caracterizar a nossa auto entrega a Deus: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12:1).
Apesar do nosso ser um sacrifício vivo, o presente não pode ser menos completo do que se os nossos corpos fossem mortos.
Então a velha pessoa deverá morrer e uma nova pessoa deve nascer.
Devemos ser “crucificado com Cristo” (Gálatas 2:19). Quando isso acontecer, descobriremos que os mandamentos do Senhor “não são penosos” (1 João 5:3).
Uma entrega sem nada de reservas. Davi diz isso em Salmos 37.4,5.
O próprio salmista se expressa e pede isso com ardente desejo no coração ao Senhor para ficar na Sua presença (salmos 27.4).
Em João 3.16 há uma expressão bíblia que bem conhecemos “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho… “(grifo nosso).
Analisando a expressão “dar, entregar, devolver” percebe-se que são termos semelhantes os quais nos dão uma clara ideia de compromisso.
Deus fez isso conosco. Ele deu, ou melhor, entregou seu único filho como o cordeiro mudo por nós de uma forma tão dolorosa e triste num altar incomum: numa horrenda, dura e pesada cruz.
Dependurado por horas ele não gemeu, não reclamou e não murmurou ou rogou pragas sobre seus algozes. Ele amou… ele amou… ele nos amou até o fim!
Era a mais pura e linda entrega que o mundo já havia presenciado.
ELE estava ali entre dois ladrões malfeitores. Deus fez isso, Deus fez assim, entregou o melhor que possuía no céu por mim e por você, por nós, vis pecadores desde o ventre materno (Sl 51.5).
O altar da entrega foi na cruz, meu amado… Na rude e triste cruz!
Por tudo isso, a partir de hoje, faça uma oração de entrega do seu melhor ao Senhor, e realize isso de fato, para que Ele tenha todo o direito de te abençoar na mesma medida da sua entrega.
Pense nisso, pratique isso, e seja feliz, em Nome de Jesus, Amém!