ORAÇÃO DE ENOS

Enos – o Poder de invocar a Deus

Amados, estamos dando prosseguimento ao Estudo sobre RELACIONAMENTO COM DEUS, e essa parte estratégica trata sobre os relacionamentos com Deus realizados por diversos personagens da Bíblia,

E esse estudo tem com o objetivo nos permitir entrar numa dimensão superior no nosso relacionamento com o nosso Pa, o Verbo, Jesusi, através dos diversos exemplos que Ele expôs para o nosso bem.

O tema de hoje é o Relacionamento de ENOS.

Gn. 4.26 A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do Senhor.

Antes de iniciarmos, gostaria de chamar a sua atenção leitor e estudioso para que você não pratique uma leitura descompromissada desse tema, mas se aplique a buscar entendimento de verdades espirituais que são poderosas para sua vida, e que hão de influenciar muito o seu futuro

E, para isso, é muito importante buscar discernimento dos propósitos de Deus em tudo o que Ele descreveu na sua Palavra, pois todos os detalhes se tornam vitais para a descoberta de segredos que nos ajudarão a compreender e praticar um relacionamento que agrade o coração de Deus.

Nesse tema esteja atento a amplitude de uma ação espiritual estratégica, num momento crucial da história, pois o neto de Adão causou uma revolução pelo fato de invocar o Nome do Senhor, isto é orar com profundidade.

Entenda isso e pratique com a certeza de que grandes vitórias lhe sobrevirão.

Vamos aprender essa lição de vida:

Do primeiro casal vieram todos os seres humanos (Gn 3.20), por isso, Eva recebera esse nome especial.

Adão e Eva foi um casal que andou com Deus no paraíso, e por mais que o pecado os tenha afastado desse lugar de glória, eles não esqueceram tudo o que viveram ao lado do Senhor.

Naquele tempo não havia Bíblia escrita, fato este que só começou a acontecer na época de Moisés, isto é 1.500 anos depois da queda do homem, no monte Sinai.

Mas os 930 anos de Adão com certeza o tornou a única referência com relação as verdades do mundo espiritual e de como se Relacionar com Deus.

Isso significa que Adão foi a bíblia viva, durante toda sua vida, e que levou a diversas gerações o conhecimento de um Deus de amor e que tem um paraíso reservado para os seus filhos.

A Bíblia escrita por Moisés nos conta a história do começo da humanidade e informa que Adão e Eva tiveram muitos filhos e muitas filhas (Gn 5.4), além de Caim e Abel (que foi morto por seu irmão, Caim).

A influência dos ensinamentos de Adão promoveram sentimentos e atitudes no coração dos seus filhos, netos e todas as demais gerações

Talvez, por essa causa, Abel foi um homem de Deus, possuindo um coração contrito e quebrantado diante do Senhor.

Ele era pastor de ovelhas e procurou entre todas a mais formosa, separando “das primícias” de seu rebanho, o melhor da gordura deste, para oferecer ao Senhor Deus, Deus que seu pai tinha revelado, como sacrifício de adoração (Gn 4.4).

Caim, talvez cansado de tanto ouvir falar desse Deus do seu pai, por sua vez, ofereceu apenas do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Nada de especial.

Nada movido pelo amor e em atitude de verdadeira adoração, apenas uma obrigação, ou para atender ao apelo do seu pai ou imitar seu irmão…

E, como consequência, a oferta de Caim não foi aceita pelo Senhor.

Ele, então, abrigou pensamentos maus em seu coração, para destruir seu irmão Abel.

Ele não podia permitir que Abel fosse aceito e ele rejeitado, e o matou.

Caim permitiu que a semente do mal germinasse fortemente em seu coração, fazendo brotar a inveja, o ódio, e arquitetou a maldade e separou-se de Deus (Gn 4.16).

A descendência de Caim passou a seguir os caminhos tortuosos abertos por ele, e, distante de Deus, esta escolheu as trevas, o homicídio, a poligamia, a vingança, o ódio.

Logo após a morte de Abel, Deus consolou o coração de seus pais, Adão e Eva, dando-lhes outro filho semelhante a Abel, ao qual deram o nome de Sete.

A raiz hebraica deste nome significa “renovo”, “rebento”.

Sete foi o renovo da fé em Deus e da esperança do bem novamente habitando o coração humano, trazendo-o mais perto do bondoso Criador.

E Sete também formou uma família, gerando um filho que marcaria a sua geração: Enos.

Estimas-se que Enos tenha vivido entre 3769 – 2864 a.C.

Enos nasceu em um momento muito especial, quando se formava na sociedade humana uma distinção muito nítida entre os filhos de Deus, descendentes de Sete, e os filhos dos homens, descendentes de Caim.

A escolha dos princípios morais de cada uma dessas linhas hereditárias era clara: havia uma diferença capital entre as duas descendências.

A escolha do mal enchia o coração dos filhos de Caim e a vida humana foi se degradando cada vez mais.

Quanto aos descendentes de Sete, o registro bíblico nos informa que após o nascimento de Enos, “daí se começou a invocar o nome do Senhor”.

Há crianças que vêm ao mundo com um dom especial, um chamado para uma mudança na sua geração.

Enos marcou sua geração com o chamado para uma volta ao Deus Criador, um retorno à santidade, à busca da face do Deus Todo-Poderoso.

Abel buscou a Deus através da adoração, oferecendo o sacrifício do melhor de seu rebanho, e foi aceito.

Enos, o neto de Adão e Eva, leva seus descendentes a buscarem a Deus através da oração – da invocação do nome do Senhor.

Esta é a primeira menção que temos na Bíblia sobre a oração.

Oração tão forte e intensa que mudou a geração de Enos, pois abriu-se uma “escola de oração”, ou seja, a partir daí, todos os que queriam começaram a buscar a presença de Deus.

E da descendência de Enos veio Enoque, que buscou a Deus tão intensamente e com tanta intimidade, que foi trasladado para os céus – não foi mais encontrado na Terra, pois Deus o tomara para Si.

Invocar o nome do Senhor significa buscá-lo de todo o coração, crendo que Ele é “galardoador dos que o buscam”, isto é, que Ele responde às nossas orações e nos atende consoante a sua bondade e misericórdia, aleluia!


Enos marcou sua geração com o chamado para uma volta ao Deus Criador.

Um retorno à santidade. À busca da Face do Deus Todo-Poderoso

A descendência de Caim toda pereceu com as águas do dilúvio.

O nome Enos, no original ENOSH, significa homem.

Porém para entender melhor, é necessário conhecer as 4 palavras em hebraico que se traduzem como homem.

ADAM de onde se origina o nome “Adão”, significa homem enquanto espécie, humanidade.

ISH significa homem no sentido de gênero masculino, o contrário de “mulher” (ISHÁ).

GEBER significa homem enquanto ser racional, pensante, inteligente, superior aos animais.

E ENOSH, que significa homem enquanto criatura essencialmente fraca, frágil, que não sabe seus dias de vida, que não tem poder para tornar o cabelo branco ou preto, o homem enquanto criatura dependente de Deus.

Esse é o significado do nome do primeiro homem na Bíblia a invocar o Nome do Senhor.

E então vem JESUS e repetidamente chama a si próprio de Filho do Homem, e o termo usado por ele é BAR ENOSH.

Assemelhando-se ao homem enquanto frágil, dependente de Deus.

Mas também fazendo uma referência a Enos, à dedicação e interesse de Enos em invocar o Nome do Senhor.

Trazendo também ao povo judeu daquela época, que deixava toda a dedicação em buscar a Deus somente a cargo dos sacerdotes e levitas, que qualquer um poderia invocar o Nome do Senhor, qualquer homem, por mais fraco ou humilde que fosse, poderia invocar o Nome do Senhor.

Por que só a partir de Enos o homem passou a invocar ao Senhor?

Como foram os anos antes de Enos nascer?

Bom, não sabemos quando Enos começou a buscar ao Senhor, pois ele viveu 905 anos (Gênesis 5:11),

mas uma coisa é fato: pelo menos nos 235 anos antes dele nascer, o planeta ficou muito tempo sem que ninguém adorasse ao Senhor.

O único adorador sincero que vemos nesses 235 anos anteriores a Enos foi Abel, mas este foi morto justamente por conseguir tocar o coração de Deus (Gênesis 4:1-8).

Durante cerca de 200 anos, o que imperou no mundo foi o esquecimento das coisas de Deus.

Isso mesmo, por aproximadamente 200 anos, na humanidade não havia um representante que temesse a Deus. Nenhum!

E, por acaso, isso mudou a essência de Deus?

Deus deixou de ser Deus porque o desprezaram?

Claro que não!

O Criador conhece o fim desde o Princípio e, por isso permitiu que o homem fosse livre, porque haveria pessoas que o desejariam, que o amariam e o serviriam.

Antes de Enos, só havia Adão e Sete? Claro que não!

Depois do pecado, Adam teve Caim, Sete e mais vários filhos, que tiveram filhos e seus filhos outros filhos, assim por diante (Gênesis 5:4,7,10).

Ou seja, nos dias de Enos, já havia muita gente, mas, surpreendentemente, só em seus dias passou-se a buscar ao Senhor…

Bom, Enos teve seu filho Cainã, que gerou Maalalel, que gerou Jerede, que gerou Enoque, que gerou Matusalém, que gerou Lameque, que gerou Noé.

Enos foi contemporâneo de todos esses homens e, pelo menos três desses homens podemos destacar: Maalalel, Enoque e Noé.

Alguns traduzem o nome Maalalel por “Santo Deus” ou “Glória de Deus”, ou mesmo “glorificado por Deus”.

O sufixo “El” indica que, nesta época, os homens já citavam ao Senhor.

Maalalel nasceu quando Enos tinha 160 anos, portanto, nesta época, ele já tinha começado a invocar o nome do Senhor (Gênesis 5:12-17).

Quando Enos tinha 387 anos, nasce Enoque, que é um dos homens mais destacados de toda história.

Enoque alcançou uma intimidade tão grande com Deus que não digno de viver mais no meio de tanta corrupção humana.

Foi arrebatado, assim como um dia acontecerá com a Igreja (Gênesis 5:22-24; Hebreus 11:5; Judas 1:14,15).

O terceiro contemporâneo de Enos que também provavelmente foi influenciado positivamente por ele, é Noé, que achou graça aos olhos do Senhor, por ser justo e maduro no meio de sua geração e que andava com Deus (Gênesis 6:8,9),

designado para pregar o juízo divino e a possibilidade de salvação pela arca, o que a população mundial rejeitou (Gênesis 6:13 – 7:23; Ezequiel 14:14,20; Hebreus 11:7; II Pedro 2:5).

Enos viveu 84 anos com Noé e deixou neste homem marcas de que há um Deus nos céus e Ele é digno de ser temido.

Noé comprovou isso de forma real.

Podemos perceber, portanto, que Enos foi alguém que influenciou grandes homens.

Talvez ele não seja muito evidenciado, devido a repercussão de Enoque e Noé, mas foi o gerador de pessoas ilustres que temeram ao Senhor e que entraram para a história.

Entendo com isso que o fato de buscarmos ao Senhor pode não nos trazer popularidade.

Pelo contrário, pode até nos trazer à perseguição e, quem sabe, a morte, como foi com Abel.

Mas é importante saber que precisamos deixar uma herança aqui na Terra.

Alguém precisa aprender conosco a como amar ao Senhor e temer o Seu nome.

Se amamos ao Senhor, devemos como Enos nos relacionar com Ele, de forma mais profunda, a ponto de influenciar muitas vidas ao nosso redor,

Pois, precisamos deixar marca em alguém desse amor, como Josué, por exemplo, que influenciou toda uma geração (Juízes 2:7-10),

ou mesmo Noé, que influenciou apenas seu filho Sem (Gênesis 9:26).

5.000 anos se passaram de Enos até nós.

Mas, e se chegasse ao ponto em que o mundo todo voltasse, mais uma vez, a ignorar ao Senhor?

Sim! Isso é real, provável e bíblico.

Um dia, o Anticristo tentará fazer exatamente isso:

Mateus 24.12 e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.

Hoje há uma grande em favor do ecumenismo, que é a reunião de todas as religiões.

Essa falsa união facilitará a entrada do Anticristo no mundo.

Mas o plano do Inimigo é o seguinte: Primeiro, prova-se que todas as religiões são iguais e todos adoram ao mesmo deus.

Depois, quando todas as religiões se aceitaram, provar-se-á de que não há deus.

Simples assim!

I Tm 4.1 Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios,

Primeiro se encontra o ponto de equilíbrio em todas as doutrinas religiosas e, depois quando estão juntas, mostra-se a diferença berrante entre elas e, através das contradições, joga-se tudo no lixo.


Essa é uma das estratégias que os ateus usam hoje para tentar “provar” que Deus não existe.

E, provavelmente foi o mesmo que aconteceu lá no início, após Adão ter pecado.

Esse havia sido banido por Deus do paraíso, quando desejou ser igual a Deus, por influência da serpente que era Satanás..

A maldição que trouxe sobre o planeta não o fez se arrepender do seu pecado, nem pedir perdão a Deus, pelo contrário, acabou acusando a Deus por ter dado uma mulher que o fez pecar.

Adão disse: “Foi a mulher que Tu me deste!” (Gênesis 3:12)

O mesmo se deu com seu filho Caim, que foi rejeitado, matou o irmão e acusou Deus de fazê-lo sofrer uma culpa maior do que ele merecia ao dizer:

“É maior a minha punição do que a que eu possa suportar” (Gênesis 4:13).

E esse sentimento se multiplicou na vida de muitos naquela época

Gênesis 6.5 Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente.

Mas, glória a Deus, que, independente daqueles que desprezaram ao Senhor, sempre haverá os que ainda negam, como Enos, ao convite das trevas e invocarão o Nome do Senhor, e, a exemplo de Enos, iniciarão um novo tempo na história da humanidade!

CONCLUSÃO

Foi da descendência de Enos que nasceu Jesus o Filho de Deus.

Que veio para derrotar Satanás e o derrotou; quando na cruz bradou: “Está consumado!”

Vingando assim, o tentador do primeiro casal.

E levará uma nova geração para o céu, para viver uma vida eterna na intimidade com seu Pai.

“Mas vós sois geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

Vós que não éreis povo de Deus, mas agora sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançaste misericórdia.” (I Pe 2.9).

Deus salvou a descendência de Enos, através de Noé e sua família.

Sabemos que esta história está para se repetir novamente, quando o Senhor Jesus retornar para reinar sobre a Terra.

Ele fará separação entre os homens e reinará eternamente com os que invocam o seu nome, com os que buscam a Sua face e O amam.

Vale a pena orar! Vale a pena se relacionar com o Senhor!

Vale a pena buscar a face do Senhor, pois Ele está sempre perto dos que o buscam (Is 55.6-7)!

Experimente, e semeie um tempo de adoradores que nascerão em sua família, em Nome de Jesus, Amém!